Capítulo 28 - Os amigos

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     — Vamos, Piierce — Ele segurou minha mão e a tremedeira parou

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     — Vamos, Piierce — Ele segurou minha mão e a tremedeira parou.

   Sem coragem para dizer algo, balancei a cabeça e Daimen começou a tirar a blusa e o tênis, eu não tinha motivos para voltar atrás agora, além disso eu concordei antes com o acordo de saltar se perdesse, então não podia invalidar nossa aposta. Por isso tirei meu tênis e deixei de lado.

   Daimen segurou minha mão e mostrou nos dedos a contagem para que começássemos a correr. Quando chegou no três corri junto a ele até nos aproximarmos da beirada e então fechei os olhos antes que pudesse ver a altura.

   Foi uma queda rápida e eu gostei da forma como a água englobou meu corpo e como o peso de Daimen me levou para baixo, mas logo voltei a superfície com uma perspectiva diferente, eu não venci meu medo, mesmo assim adquiri a possibilidade de ir contra ele.

   De volta a superfície, meus olhos agora meio inchados por terem sido abertos debaixo da água, vi as ninfas voando sobre minha cabeça, elas davam risadinhas altas e gostosas de serem ouvidas como crianças levadas que fizeram arte.

   Daimen emergiu à alguns metros e nadou até mim, seus olhos brilhavam e eu não sabia o motivo, podia ser por ver uma ninfa ou por ter conseguido que eu pulasse.

     — O que achou? — Ele perguntou, esboçando um sorriso.

     — Claro que gostei, sempre gosto das coisas que faz por mim — Falei, recebendo um sorriso dele — Você não queria ver uma ninfa?

   Apontei para o alto.

     — São muitas!

   Seu brilho ficou mais luminoso, estava admirado pela beleza delas, que voavam e exibiam suas pequenas estruturas, elas eram coloridas e voavam muito rápido, isso tornava fácil de perder elas de vista.

   Uma ninfa azul, se aproximou de Daimen com um cacho de uva e o entregou na mão dele. Ele sorriu, agradecido. Pensei que iria jogar fora em seguida, mas aproximou as uvas dos lábios.

As 12 Chaves 1: O Retorno (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora