Atelina evitou por anos voltar à sua cidade natal, mas graças a irmã casula que foi presa por infligir as leis das constituições na comunidade de Anjos Terrestres e Vampiros, ela é obrigada a permanecer na cidade por meses. A cidade para ela é o cen...
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Com ele parado à mercê do meu toque, subi vagarosamente a mão percorrendo o caminho de seu braço com músculos firmes até fazer a curva do ombro e virando seu corpo para poder olhar nos seus olhos. Mas ele os tinha fechado. Minha outra mão fez o mesmo caminho no outro braço e agora ambas tocavam seu rosto.
Não suportando ter que evitar, seus olhos se abriram me surpreendendo com a rapidez em que buscavam os meus como se quisesse loucamente saber onde eu estava. Quando nossos olhos se encontram as faíscas voltaram. Dessa vez ele não podia negar. Eu o estava tocando e isso tornava tudo mais real.
— Não faz isso de novo — Sussurrei, notando que ainda havia ardência em seus olhos.
Avancei meu rosto na direção do seu pescoço, encostando meus lábios e inspirando o aroma cítrico da sua pele.
— Responda, Daimen. Por favor.
— Não posso — Sua voz implorava para que eu parasse, ele ainda tinha controle sobre si, mas estava encontrando dificuldades em fazê-lo com êxito. Daimen pegou minhas mãos e as tirou de seu rosto, segurando-as longe o bastante dele. Seus olhos suplicavam algo ilegível — Não posso.
— Por quê? — Retruquei.
— Não quero fazer você sofrer.
— Eu tenho certeza de que não vou sofrer, só quero saber e assumo total responsabilidade — Tentei soltar minhas mãos, mas seu aperto era firme — Por favor me diga, eu sei que se importa comigo.
— Não sou tão próximo de você para me importar a esse ponto.
Suas mãos me soltaram e ele se virou para ir embora quando voltei a segurar suas mãos próximas do meu corpo. Eu senti ele tremer novamente sob meu toque.
— No momento você está tão próximo quanto qualquer outra pessoa — Sussurrei, lentamente.
Soltei suas mãos para ver no que dava e esperei que saísse correndo porta a fora, mas ele permaneceu firme como uma grande pedra na minha frente olhando para o chão, ainda irresoluto de onde queria estar. Aproveitando-me da sua dúvida, acariciei seu rosto com delicadeza, afastando seu cabelo dos olhos quando eles se levantaram do chão. Eles eram pura confusão, enquanto ele mesmo lutava contra o desejo do próprio corpo de ir embora.
Eu ainda tentava entender o que eu queria também. Lutava alguns minutos atrás comigo mesma para não me deixar cair em tentação. Estava me sentindo como uma completa pecadora. Nunca fui de ir em igrejas, mas no momento eu queria demais ele e não tinha como negar aquele desejo crescente.
Minhas mãos se detiveram no seu pescoço. Eu esperava, não queria tomar a iniciativa. E ele parecia pensar o mesmo, estava tão distante, talvez com medo. Tentei sorri antes de fazer alguma coisa, mas consegui apenas um meio sorriso de tão forte que meu coração batia enquanto ficava na ponta dos pés para alcançar os lábios dele que estavam em linha reta sem expressão alguma.