Capítulo 1

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Sullivan: Luna González... 23 anos... - lia em voz alta o meu currículo. Ai, eu preciso imenso deste emprego. Não é fácil pagar a universidade apenas com o salário de empregada da minha mãe. E o meu pai... Mesmo tendo sido um excelente ator durante vários anos... Agora não consegue arranjar emprego em lado nenhum, depois que saiu, nas notícias, o caso de violência doméstica contra a minha mãe... Com esse escândalo, a nossa vida deu uma enorme reviravolta. - O seu último emprego foi... - devolveu-me o currículo - Quer saber? Está contratada.

Eu: Mas... já? Ainda nem leu o meu currículo todo!

Sullivan: Não é preciso. Eu estou mesmo desesperado por uma empregada de mesa, e você foi a única que apareceu para a entrevista de emprego. - a minha alma encheu-se de alegria. Depois de tanta procura, finalmente consegui.

Eu: Muito obrigada! - guardo o currículo na minha bolsa, um pouco atrapalhada pelo entusiasmo - E quando posso começar?

Sullivan: Amanhã. O horário é das 08:00 até às 12:00. Como é part-time, acho que considere um horário flexível. Espero não me desiludir consigo Sra. González.

Eu: Está ótimo! Não vai se desiludir, muito obrigada. Até amanhã.

Sullivan: Até amanhã. - levanto-me e saio do café, com um sorriso rasgado estampado no rosto. Olho para o meu relógio de pulso. 17:45.  Tempo suficiente para chegar a casa, comer qualquer coisa, tomar um banho e ir dormir. A minha cabeça parece que vai explodir, ao lembrar-me de tudo que terei para fazer a partir de amanhã. Caminho, um pouco apressada, até à minha casa. Não fica muito longe, mas assim tenho mais tempo para dormir. Em menos de 10 minutos, consigo chegar a casa. Tiro a chave de dentro da confusão que há dentro da minha bolsa. Abro a porta. Entro e fecho a porta. Silêncio. Parece que os meus pais ainda não chegaram a casa. Vou até ao meu quarto. A porta estava aberta, tal como tinha deixado. Jogo a minha bolsa no chão. Saio do quarto e vou até à casa de banho. Ligo o chuveiro. Enquanto a água aquece, tiro a minha roupa. Coloco-a no cesto da roupa suja. Entro na box. Arrepio-me com o toque da água quente na minha pele. Suspiro. Quem me dera que todas as minhas preocupações e problemas fossem juntamente com estas gotas de água pelo ralo a baixo. Saio do mundo da lua e apresso-me a lavar-me.
Saio da box. Pego uma toalha de dentro do armário e enrolo-a no meu cabelo. Visto o meu robe, que estava pendurado num cabide perto do armário. Calço os chinelos, também ali perto. Saio da casa de banho. Vou até à cozinha. Preparo uma sandes de alface e tomate. Volto para o meu quarto com a minha sandes. Sento-me na minha cama. Dou uma dentada na sandes. Pego no meu telemóvel.

Mensagem On

Eu: Peter... 🤗

Peter: Diz, linda. 💞

Eu: Consegui o emprego!

Peter: Eh! Parabéns! Para celebrar podemos fazer aquilo...

Eu: Estava a pensar no mesmo...

Peter: Posso ir para aí agora?

Eu: Agora não. Podes passar cá pelas 20:00.

Peter: Combinado, vida. Vou contar os minutos... 👉👌🔥

Mensagem Off

Suspiro. Não, o Peter não é o meu namorado. Além de andarmos na mesma faculdade, somos grandes amigos íntimos! Para ele, qualquer coisa que aconteça é motivo suficiente para sexo. Na minha idade é sempre bom uma dose de sexo por dia. E eu gosto disto assim. Não gosto de me sentir presa. Como o resto da sandes. Levanto-me, abro o armário da roupa e tiro qualquer coisa à sorte. Tiro o robe e visto a roupa. Saio do quarto, entro na casa de banho. Tiro a toalha da minha cabeça. Pego no pente e penteio, um pouco apressada, o meu cabelo. Saio da casa de banho. Ouço alguém entrar em casa.

Mãe: Luna! Já chegaste?

Eu: Sim. - aproximo-me dela - Adivinha quen conseguiu o emprego. - digo com um sorriso estampado no rosto.

Mãe: Oh, querida, ainda bem. Só espero que não sejas despedida, como nos últimos empregos...

Eu: Não te preocupes, mãe. Desta vez vai ser diferente. - olho em redor - O pai vai chegar, outra vez, tarde?

Mãe: Não sei, querida... - senta-se no sofá. Suspira de cansaço.

Eu: Pareces cansada... Pede umas férias, mãe.

Mãe: Não, filha. Eu preciso continuar a trabalhar.

Eu: São só umas férias. Não é um pedido de demissão.

Mãe: Para o meu patrão é como se fosse.

Eu: Ele é assim tão rígido?

Mãe: Pelo que eu sei... Apenas desde que a namorada desapareceu.

Eu: Estranho isso... Mas ninguém sabe dela?

Mãe: Ninguém.

Eu: Como é mesmo o nome do teu patrão?

Mãe: Sebástian Copolla.

Eu: Ah, é o dono daquela marca, Polla. Um grande império, pelo que ando a ouvir. Filho de um espanhol chato e de uma italiana arrogante. - solto uma pequena risada perante a minha última frase - Queres ajuda para o jantar?

Mãe: Não, querida, obrigada. - levanta-se. Vou para o meu quarto. Pego no meu telemóvel. 18:45.

...

Dou uma última garfada no arroz. Limpo a minha boca com o guardanapo.

Eu: O Peter deve estar lá fora à minha espera. Não sei a que horas volto. - deposito um beijo na bochecha do meu pai e outro na da minha mãe. Levanto-me. Pego no meu prato e deixo-o na pia da cozinha. Saio de casa. Peter estava sentado na calçada do outro lado da rua. Ao notar-me, levanta-se, já com um sorriso no rosto, aproximando-se de mim. Arranca-me um beijo intenso.

Peter: Vamos para aquele motel aqui perto?

Eu: Não... Vamos para a praia!

Peter: Praia? - soltou uma risada - A esta hora?

Eu: Vamos. - pego na sua mão, puxando-o para a praia, que por acaso, não fica muito longe. Apenas a uns 10 minutos daqui. Nos aproximamos. Olho em redor. Como previa, não havia ninguém. Tiro a minha camisa. Viro-me para ele, que já estava a tirar a sua camisa. Empurro-o para a areia. Ele puxa-me, fazendo-me cair em cima dele.

Peter: Hoje quero ouvir-te gemer bem alto. - sussurra no meu ouvido.

Desistir Não É OpçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora