Capítulo 3

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Francesca: Luna González?

Eu: Sim... - ela analisa visualmente o meu rosto.

Francesca: A tua cara... Eu já vi em algum lugar... - olha para o chão. Acho que está a tentar se lembrar de algo. Num instante, ela volta a olhar para mim, com cara de quem já tinha se lembrado de algo - Já sei! És a filha do Juan González! Já vi todos os filmes e novelas em que ele participou. Mas é uma pena que já não aparece em mais nada... Ele é um excelente ator. - sorri.

Eu: É verdade. - retribuo o sorriso. Volta a sentar-se ao lado do marido. Willow volta com um tabuleiro.

Willow: Aqui têm. Dois croissants e dois cafés para as minhas pessoas favoritas. - diz com um sorriso. Ambos agradecem. Volto para trás da vitrine juntamente com Willow.

Eu: Chiques... Quem são? - sussurro. Els solta uma pequena risada.

Willow: Francesca e Pablo Copolla. Eles são os pais do meu melhor amigo, acho que conheces, o Sebástian Copolla. - sussurra de volta.

Eu: Ah, conheço sim. A minha mãe trabalha em casa dele. A sério que és melhor amiga dele? - sussurro.

Willow: Yha, nos conhecêmos no secundário. Uma pessoa incrível. - sussura de volta, novamente.

Pov Cármen ( Mãe de Luna )

Coloco a chávena de café em cima da sua secretária. No mesmo instante, coloca a cabeça para trás, passando os dedos entre os seus cabelos.

Eu: Ainda não encontrou uma babysitter para a Giulia, senhor?

Sebástian: Ainda não, Cármen. Até as melhores babysitters do país se recusam em cuidar da Giu. Porque aquela miúda tem que dar tanto trabalho?

Eu: A minha filha já trabalhou numa escola infantil... E ela já lidou com crianças, quase tão difíceis quanto a Giulia.

Sebástian: E acha que a sua filha vai aceitar cuidar daquele demóniozinho? Agora, eu aceito qualquer pessoa.

Eu: Eu posso falar com ela hoje. Mas, com quase toda a certeza, que ela aceitará. Aliás, um dinheirinho extra é sempre bom.

Sebástian: Que bom. Se ela aceitar, diz-lhe para vir ter aqui, para lhe dar algumas informações.

Eu: Com certeza. Licença. - saio do seu escritório.

...

Pov Luna

Eu: Babysitter? -  solto uma pequena risada quanto à proposta da minha mãe.

Mãe: Sim, querida. De certeza que vais conseguir cuidar da Giulia.

Eu: Mas eu não tenho experiência nenhuma em babysitting.

Mãe: Não te custa nada tentar. - respiro fundo.

Eu: Ok, amanhã, como estou de folga, eu vou. Mas é só para experimentar! Se eu for horrível como babysitter, eu desisto logo dessa ideia. - olho em redor - O pai vai voltar a chegar tarde?

Mãe: Receio que sim. - desvia o olhar - Mas já estou habituada.

...

Eu e a minha mãe entramos pela porta dos fundos. Olho em redor. Estávamos na cozinha, que, por incrível, é enorme. Parece ser o tamanho do meu quarto.

Mãe: Eu vou avisar o Sr. Copolla que já estás aqui. Já volto, meu anjo. - sai. Fico admirando cada detalhe daquela cozinha. Tudo limpo, tão brilhante. Tão luxuoso. É lindo. Em poucos segundos, a minha mãe volta - Ele mandou-te ir até ao seu escritório. Sobe as escadas, é a primeira porta à direita. - respiro fundo antes de colocar o pé para fora da cozinha. Aproximo-me das escadas e subo lentamente. Páro em frente à primeira porta à direita. Fecho os olhos e tento relaxar. Abro os olhos lentamente e bato, devagar, na porta. Ouço um entre do outro lado da porta. Abro a porta, calmamente e entro. O meu olhar se encontra com o do Sr. Copolla. Ele se levanta, lentamente.

Sebástian: Luna González?

Eu: A própria. - digo timidamente, deixando escapar um pequeno sorriso. Ele faz o mesmo.

Sebástian: A sua mãe já me disse que aceitou, mas apenas para experimentar. Por favor, sente-se. - puxa a cadeira para eu me sentar e logo depois senta-se à minha frente - Eu estava mesmo desesperado por uma babysitter. Amanhã tenho de viajar e precisava deixar a minha filha aos cuidados de alguém.

Eu: Então não se preocupe. Eu irei tentar cuidar dela.

Sebástian: Só para dizer que ela não é fácil.

Eu: Eu vou acalmar essa fera.

Sebástian: Espero que sim. Hoje, no final do dia, iremos acertar o pagamento, dependendo da escolha da Giulia. Se ela não gostar de si, irá receber o pagamento que eu pagaria a qualquer uma babysitter, um valor de 500 dólares, e se ela gostar, irá receber o dobro.

Eu: Isso tudo por cuidar de uma criança durante 1 dia? Começo a ficar assustada com essa menina.

Sebástian: Tenho a certeza que vai conseguir. Ela não pode comer guloseimas, apenas aos domingos e festas. Ela tem de estudar das 14:00 às 17:00. - olha para o seu relógio de pulso - Como já são 09:20, ela já deve estar quase a acordar. Aqui tem o meu número, caso seja necessário. - entrega-me um pequeno papel retirado do bolso das suas calças - Agora tenho de sair. Boa sorte e até logo. - nos levantamos.

Eu: Obrigada e até logo. - ele abre a porta e espera eu passar para logo depois vir atrás. A porta da frente é aberta, revelando uma menina loirinha, de pijama, com a cara mais linda que eu quando acordo. Esta deve ser a Giulia. Ela olha-me de cima a baixo com desprezo.

Giulia: Esta é que vai ser a minha babysitter desta vez?

Sebástian: Sim e quero que te comportes.

Eu: Eu sou a Luna.

Giulia: Não te perguntei. - vira-me as costas e desce as escadas com elegância.

Sebástian: Desculpe, ela é sempre assim.

Eu: Não se preocupe. Já lidei com crianças assim.

Sebástian: Então eu vou indo. Até logo.

Eu: Até logo. - desce as escadas. Desço também as escadas. Giulia estava sentada à mesa, tomando o pequeno almoço. Passo por ela, para chegar à cozinha.

Giulia: Luna. - viro-me - Traz-me uma mousse de chocolate, agora.

Eu: Desculpa? Eu sou tua babysitter e não tua empregada.

Giulia: E?

Eu: E além disso, não podes comer esse tipo de coisas. Apenas aos domingos e em festas. - ela revira os olhos. Levanta-se e sobe as escadas. Esta miúda vai me dar muito trabalho.

Desistir Não É OpçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora