Capítulo 4

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Subo também as escadas. Bato à sua porta.

Giulia: O que queres?

Eu: Queres ir dar uma volta? - ela não responde.

Giulia: Vou me vestir.

Eu: Vou estar na cozinha. - volto a descer as escadas, indo até à cozinha. A minha mãe estava a lavar a louça, juntamente com outras 2 mulheres.

Mãe: Vais passear com a Giulia?

Eu: Sim. Ela vai se aborrecer se ficar em casa o dia todo.

Mãe: Depois dessa saída, vais querer nunca mais sair com ela.

Eu: Porquê?

Mãe: Depois vais perceber. - seca as suas mãos. Uma voz feminina fez-se ouvir vinda de longe. Os passos se aproximam - Bom dia, Sra. Kimberly. - olha para minha trás. - viro-me.

Kimberly: Bom dia. - sorri. Olha para mim - E tu quem és?

Eu: Sou a Luna González. Babysitter da Giulia.

Kimberly: Ah, que bom que o Sebas conseguiu uma babysitter para a Giu. Eu sou a Kimberly Rivera, companheira do Sebástian Copolla. - sorri, novamente. Retribuo o sorriso - Cármen, se fizer o favor, traga-me uma salada de frutas ao quarto.

Mãe: Claro. - Kimberly sai.

Eu: A Giulia está a demorar. - saio da cozinha e me dirijo até às escadas, subindo-as. Páro em frente à porta do quarto da Giulia. Bato à porta. A porta abre-se. Giulia estava tão... Elegante, apenas para um passeio de poucas horas - Porque estás assim vestida? Nós vamos apenas dar um passeio e não a uma festa das Kardashian.

Giulia: Eu preciso estar linda quando aparecer nas fotos dos paparazzis. - mete o cabelo para trás - E quando estiverem a me fotografar, afasta-te. Não quero a tua pessoa perto da minha numa foto. Isso atrapalha o meu brilho. Eu arraso a solo. - desce as escadas. Respiro fundo antes de a seguir. Deixo-a fazer o caminho para fora de casa - Onde vamos? - coloca os óculos de sol ao chegarmos à rua.

Eu: Para onde tu quiseres ir.

Giulia: Quero visitar o meu pai à empresa dele.

Eu: Não vejo porque não. - tento me lembrar o caminho para a empresa. Ao fim de alguns segundos lembro-me sigo o caminho, com Giulia ao meu lado - Que idade tens?

Giulia: Não te interessa.

Eu: Era só para tentar conversarmos.

Giulia: Eu não quero falar contigo, desconhecida. - reviro os olhos - 9.

...

Paramos em frente à entrada. Entramos. Muita gente andava de um lado para o outro. Pareciam umas baratas tontas. Uma mulher se aproxima.

Xxx: Em que posso ajudá-la?

Giulia: Ela está comigo. Ignore-a. - afasta-se. Talvez vaia ter com o pai.

Xxx: O que está aqui a fazer com ela?

Eu: Ela pediu-me para ver o pai, algum problema?

Xxx: Claro que sim! A Giulia está proibida de entrar aqui depois da última vez que cá esteve. - engulo seco.

Eu: O que aconteceu?

Xxx: Ela causou o terror cá dentro! Quase destruiu, com brilhantes, um carro que estava a ser construído! E também quase que inundou o terraço depois de deixar a mangueira aberta! Sem falar do outro lado da empresa, quando pegou na nova coleção da Polla e jogou tudo nas sanitas! Ela chegou a entupir as sanitas!

Eu: Mal fui contratada, já vou ser despedida...!

Xxx: Eu vou ligar ao Sr. Copolla, informando-o da situação. - dirige-se para o seu lugar, pegando imediatamente no telefone. Começo a andar de um lado para o outro. Aquela miúda é um perigo ambulante! Agora já entendo porque ninguém quer cuidar dela! - Ei! - olho para ela - O Sr. Copolla quer falar consigo. Piso 4. - dirijo-me até ao elevador o mais rápido possível. A porta do mesmo se abre no mesmo instante. Entro e clico no botão 4. Em pouco tempo a porta volta a se abrir. O Sr. Copolla estava sentado, com os cotovelos em cima da mesa, olhando para mim. Saio do elevador.

Sebástian: Sente-se. - sento-me à sua frente, nervosa.

Eu: Desculpe... - baixo a cabeça - Eu não sabia das asneiras da Giulia. - volto a olhar para ele.

Sebástian: Já informei os seguranças. Estão à procura dela.

Eu: Por favor, Sr. Copolla, não me despeça...

Sebástian: Quem falou em despedir? Toda a gente consegue cair na conversa da Giulia. Não lhe vou julgar por ter sido mais uma vítima.

Eu: Quando ela aparecer, eu vou dar o meu melhor para cuidar dela.

Sebástian: Eu acredito que sim... Sra. González. - o meu corpo aquece. Meu Deus, que bom.

Eu: Hoje terei de sair às 18:00.

Sebástian: Posso saber o motivo?

Eu: Eu tenho de ir para a faculdade. Entro às 19:00.

Sebástian: Está em que área?

Eu: Secretariado. Este é o meu último ano.

Sebástian: Então eu vou dar um jeito de você conseguir conciliar as duas coisas.

Eu: Três. - ele olha-me confuso - Estou a trabalhar em part time como empregada de mesa num café. A Willow também trabalha lá. Ela diz ser a sua melhor amiga. - um sorriso é esboçado no seu rosto.

Sebástian: É mesmo. Mas porque não deixa esse emprego e apenas trabalha como babysitter de dia e estuda de noite? Aliás, ganha mais num dia do que num mês inteiro nesse lugar.

Eu: Eu gosto daquele lugar...

Sebástian: Tudo bem. - levanta-se. Vai até à janela. Vira-se para mim - Amanhã vou tirar o dia. Podíamos falar um pouco mais sobre si.

Eu: Mas porquê?

Sebástian: Nada demais. Será bom conhecer melhor a mulher que cuida do meu pequeno demónio. - solto uma pequena risada.

Eu: Claro. - ouço a porta do elevador se abrir. Viro-me. Um segurança trazia a Giulia pela mão.

Xxx: Apanhei-a a tentar colocar cola na cadeira de um funcionário.

Giulia: Ele já passa o dia todo sentado, parece que tem o rabo colado à cadeira. Só lhe ajudei a tornar isso em realidade. - solta-se. Corre até ao pai, abraçando-o - Pai... A Luna é uma irresponsável... Deixou-me sozinha...

Eu: Desculpa? Tu é que saiste de perto de mim! Aliás, se eu soubesse das tuas asneiras passadas, nem teríamos posto os pés cá dentro, Giulia!

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