Capítulo 14

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Willow: Não tens filhos, pois não?

Eu: Não. - forço um pequeno sorriso.

Willow: Então aproveita a vida enquanto podes. Quando tiveres uma pestezinha como a que eu tenho, vais implorar para ter a vida de antes de volta. - solta uma pequena risada. Dou um pequeno sorriso.

Eu: Capaz.

Willow: O Sebas ligou-me. - deposita o seu olhar na Yasmin.

Eu: Hm.

Willow: Ele perguntou como é que tu estavas. - o meu coração acelera levemente - Eu disse que estavas bem, a meu ver claro. Mas ele insistiu e perguntou se tu parecias estar chateada ou a pensar em alguma coisa. Eu disse que não. Aconteceu alguma coisa?

Eu: É... A Giu usou o colar da mãe e quando fizemos videochamada com ele, ele viu e não gostou. Diria até que se exaltou imenso. Estava muito furioso. Eu fiquei sem reação.

Willow: Entendo... Ele não gosta nada de ver a Giu a remexer nas coisas da Jennifer. Isso ainda mexe muito com ele. Acho que ele ainda não conseguiu esquecê-la. Ele contratou uma pessoa lá para investigar o caso e só vai parar quando a encontrar. - ela pega nas minhas mãos - Luna, eu não comentei nada disto com ele, mas eu acho que a Jenny não vai voltar. - ela olha fixamente nos meus olhos - Já faz tanto tempo que ela desapareceu... Eu chego a pensar que ela está morta... Se tivesse sido um rapto já teriam pedido o resgate. Ela não dá notícias nenhumas. Não liga, não manda nenhuma carta, nada! Se ela tivesse fugido com alguém ela teria, pelo menos, ligado. Ela amava a Giu, não iria deixá-la assim sem resposta. Na última vez que alguém deu notícias sobre ela disseram que a viram a entrar numa carrinha preta juntamente com outras mulheres no México. Isso foi há 2 anos. Ela está desaparecida há 4.

Eu: Não sabia...

Willow: Normal. - solta as minhas mãos e volta a olhar para a Yasmin - Ele não gosta de falar sobre esse assunto. - olha para o seu relógio de pulso - Daqui a pouco o Alex volta para casa, melhor eu ir andando. Ele deve estar cheio de saudades da nossa pequenina.

Eu: Claro, vai lá. Até segunda. - levanta-se.

Willow: Até segunda, Luna. - vai até à Yasmin e pega na sua mãozinha para irem embora.

Eu: Que história estranha... - apoio os meus cotovelos nas minhas pernas. Nada para fazer... Hm... Pego no meu telemóvel.

Ligação On

Peter: Olá, amor.

Eu: Tens algo marcado para hoje?

Peter: Nadinha, sou todo teu.

Eu: E amanhã?

Peter: Também não. Mas não entendi o motivo da pergunta.

Eu: Posso passar o fim de semana aí?

Peter: Claro que podes, meu amor. - soa como se ele estivesse a sorrir - Aconteceu alguma coisa? Brigaste com os teus pais?

Eu: Não, eu só não tenho nada marcado. Já estou a ir para aí?

Peter: Até, bebé.

Ligação Off

Levanto-me e apresso-me a ir para a casa do Peter.

Demorei um pouco mais do que eu tinha previsto mas cheguei, é isso que importa. Bato levemente na sua porta que é aberta logo de seguida. Ele sorri ao ver-me e puxa-me para dentro pela cintura.

Peter: Então vou passar o fim de semana todinho com o meu amorzinho? - coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Eu: Aham. - puxo-o para um beijo intenso. Ele faz-me andar um pouco e caímos no sofá. Ele separa os nossos lábios - Vai ser o melhor fim de semana das nossas vidas. - sussurro no seu ouvido.

Peter: Não duvido. - inicia um beijo lento. Sinto-o a puxar a minha blusa para cima. Ele afasta-se para tirar as minhas calças, que eram um pouco justas, juntamente com a minha calcinha. Rapidamente ele também se despe e enquanto isso eu tiro o meu sutiã. Ele olha para cada parte do meu corpo - Eu já disse que és linda? - afirmo com a cabeça por estar um pouco envergonhada. Sinto-me estranha quando alguém observa assim o meu corpo. Hoje em dia eu aceito-o mais. Antigamente eu detestava-o e por isso comecei a ir ao ginásio - Estás com vergonha, amor? - faz carinho no meu rosto.

Eu: Talvez...

Peter: Não fiques assim. - aproxima-se do meu ouvido - És linda, o teu corpo é lindo, tudo em ti é lindo e maravilhoso. Eu te amo. - sinto o meu coração acelerar levemente perante as suas palavras. Dou um beijo no canto da sua boca. Ele afasta-se para olhar para mim - Não tenho preservativos agora.

Eu: Pode ser ao natural mesmo. - ele pega no seu membro já duro e encaixa-o dentro de mim. Ele inclina-se e apoia-se nos cotovelos no sofá enquanto a sua boca fica muito próxima da minha.

Peter: Hoje não vai ser um sexo qualquer. - roça os seus lábios nos meus - Vamos fazer amor. - sela os nossos lábios enquanto se movimenta devagar.

#Poucos dias depois#

Ufa, mais um minuto e chegava atrasada. Abro a porta da cozinha. Giulia estava lá a beber um copo de água.

Eu: Olá, Giu. - olha para mim e pousa o copo na bancada.

Giulia: O nonna disse que o meu pai chega daqui a pouco. - ela parecia preocupada.

Eu: E não estás feliz?

Giulia: Naquele dia ele ficou furioso comigo. Tenho a certeza de que ele ainda está assim.

Eu: Não está nada. - ao longe ouço uma voz feminina. Kimberly... - Parece que acabaram de chegar.

Giulia: Eu vou ficar aqui. - estico a minha mão. Ela olha mas ignora.

Eu: Tudo bem, eu vou lá sozinha. - saio da cozinha e vejo-os a subir as escadas - Boa tarde. - eles olham para mim.

Kimberly: Queres alguma coisa?

Eu: Apenas preciso falar com ele. - ele olha para ela e faz sinal para ela subir e obedece. Sebástian olha para mim, diria um pouco receoso - A Willow disse-me o que perguntaste sobre mim. - ele desce as poucas escadas que tinha subido.

Sebástian: É... - coça a sua pequena barba - Depois do que aconteceu não consegui reunir coragem para ligar-te de novo para pedir desculpa.

Eu: Tudo bem, eu entendo a situação. Quem ficou realmente triste com esta história foi a Giulia. Ela está na cozinha e recusou-se ver-te. Tem medo que ainda estejas chateado com ela.

Sebástian: Minha pequenina... Minha Giu...

Desistir Não É OpçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora