Capítulo 12

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...

Eu: A bruxa má vai te apanhar! AAAAA! - corro atrás dela.

Giulia: Eu sou uma princesa veloz! - ri enquanto corre. Acabo por agarrá-la e caímos as duas no grande sofá da sala, completamente exaustas - Tu fizeste batota. - levanta-se e joga o cabelo para trás.

Eu: Parece que a princesa não é assim tão veloz.

Giulia: Sou sim! - joga uma das almofadas do sofá contra mim. Olho para o relógio de parede. 18:20. Os avós dela ainda não chegaram, será que o Peter está lá fora? Levanto-me e olho pela janela. O carro dele não está lá fora, deve estar perdido - Vais embora?

Eu: Ainda não, a minha boleia deve estar quase a chegar. As empregadas vão ficar contigo enquanto os teus avós não chegarem. - ouço a buzina do carro. Olho pela janela.

Giulia: Quem é? - espreita.

Eu: Um amigo. Até amanhã. - ela acena e senta-se no sofá pronta pra ligar a televisão. Dirijo-me rapidamente até à porta principal, para não ter que dar a volta - Peter. - ele aproxima-se e dá-me um beijo, puxando-me pela cintura.

Peter: Desculpa a demora, meu amor. Confundi as ruas. - solta uma pequena risada que me contagia.

Eu: Imaginei que isso pudesse ter acontecido. - ele abre a porta do carro para mim e entro. Ele fecha e entra no lugar do condutor rapidamente - Onde vamos? - liga o carro.

Peter: Surpresa. - encosto a cabeça no banco e sinto o Peter a colocar a sua mão por cima da minha.

...

Peter: Chegamos. - saímos do carro. Que lugar bonito - Não é chique mas pude imaginar que pudesses gostar. Tem vista para o mar. Eu sei como amas este tipo de paisagem. - esboça um sorriso que me contagia.

Eu: Amo muito. - ele pega na minha mão e caminhamos até à entrada.

Peter: Peter Hauser, reserva para dois. - o homem verifica na lista e confirma. O seu colega acompanha-nos até à nossa mesa - Obrigado. - pego no menu - Podes escolher o que tu quiseres, meu amor. - pega na minha mão.

Eu: Hm, este mix de legumes com sêmola parece delicioso. - ele dá uma vista de olhos no menu e imediatamente chama um dos empregados de mesa.

Peter: Para ela vai ser mix de legumes com sêmola e para mim cannelloni à bolonhesa, por favor.

Empregado: E para beber?

Eu: Água para mim.

Peter: Água com gás para mim.

Empregado: Com certeza, já volto. - acaba de anotar e retira-se.

Peter: Está tudo bem? - entrelaça os seus dedos nos meus.

Eu: Tudo ótimo. - ele sorri.

Peter: Estou tão feliz por teres me dado esta chance. Eu te amo tanto, Luna. - esboço um pequeno sorriso.

Eu: Mas não é garantido que surja algum outro tipo de sentimento por ti.

Peter: Estou ciente disso, mas mesmo assim eu quero tentar.

Depois de algum tempo o empregado volta com os nossos pedidos. Que cheirinho gostoso.

...

Ele encosta, novamente, os seus lábios nos meus.

Peter: Estou a amar este momento. - morde o meu lábio inferior - Estar contigo é tão bom.

Eu: Também gosto muito de passar tempo contigo. - encosto os meus lábios no seu pescoço, fazendo-o se arrepiar.

Peter: Eu te amo muito. - sussurra no meu ouvido.

Eu: É melhor eu ir para casa, amanhã entro bem cedo.

Peter: Ah sim, claro. - ele abre a porta do carro para mim, entro e fecha. Ele volta para o seu lugar e liga o carro.

...

Peter: Quando é que nos voltamos a ver? - passa a mão pelo meu rosto.

Eu: Amanhã, claro. - rio - Na faculdade. - ele desmancha o seu sorriso.

Peter: Estou a dizer sozinhos. Como hoje, amor.

Eu: Não sei. Talvez no fim de semana. - o seu sorriso surge novamente. E que sorriso.

Peter: Vou contar os minutos. - dá-me um beijo calmo e intenso. O beijo dele é sempre tão bom. Ele separa-se, mas no mesmo instante eu puxo-o para outro - Amo-te. - fala com a sua testa colada à minha - É tanto amor que nem cabe cá dentro, Luna.

Eu: Preciso ir. - roço os meus lábios nos dele - Até.

Peter: Até. - viro-me para entrar em casa e ele entra no carro. Abro a porta e vejo o meu pai no sofá, novamente com o portátil no colo.

Eu: Olá, pai. - fecha o portátil e olha para mim.

Pai: Olá, querida. A tua mãe tá na cozinha. Estavas com alguém até agora?

Eu: Com o Peter. - tiro os ténis.

Pai: Um ótimo rapaz. - sorri enquanto se levanta - E muito apaixonado por ti. Há muito tempo.

Eu: Eu sei. - encosto-me na parede - Mas eu não consigo retribuir.

Pai: Um dia ele vai se cansar disso e quando o vires com outra vai ser demasiado tarde.

Eu: Quando isso acontecer eu vou me sentir muito aliviada. Até dou uma força.

Pai: Se tu dizes. - sai da sala.

...

Eu: Bom dia. - coloco o meu avental.

Sullivan: Bom dia, Sra. González. - endireita algumas cadeiras.

Willow: Bom dia, Luna. - ajeita o seu rabo de cavalo.

Calvin: Bom dia, malta. - entra no café - Buenos días, linda. - pisca-me o olho. Willow estala os dedos no mesmo instante.

Willow: Oh colega, não tens mais nada para fazer?

Calvin: Fã. - vai para trás da caixa registadora.

...

12:02. Despeço-me de todos e vou apressada para casa. Graças a Deus que hoje é sexta-feira. Fim de semana à porta, café fechado e sem aulas. Vou ver se marco qualquer coisa com o Peter depois de cuidar da Giu este fim de semana.

Aqueço o arroz de ontem e faço uma pequena salada para acompanhar. Coloco o meu telemóvel em cima da mesa e começo a comer. Hm, o Sebástian ainda não falou comigo depois do que aconteceu ontem. Espero que ele não esteja chateado até agora.

Saio de casa enquanto visto um casaco. Hoje está um friozinho bem gostoso. Caminho um pouco mais rápido para tentar me aquecer um pouco.

Pov Sebástian

Kimberly: Ainda com essa cara, meu amor? Sorri, estás de férias neste lugar maravilhoso e ainda por cima comigo. - passa a mão pelo meu rosto.

Eu: Eu não queria estar aqui. - afasto a sua mão.

Kimberly: Só estás assim chateado por causa daquela babysitter esquisita. Se ela soubesse cuidar da Giu direito isso não teria acontecido. - ajeita o seu vestido.

Eu: A Luna não tem culpa.

Kimberly: Então porque ainda não lhe ligaste a pedir desculpa pelo teu ataque de ontem? - solta uma pequena risada. Passo a mão pelos meus cabelos.

Desistir Não É OpçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora