Possessividade

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Bordéu
Cinco dias depois


- Deixa eu ver se eu entendi, - Descansou o copo encima da mesa. - Você quer dar uma lição no irmão dela só porque ele te atrapalhou a foder? Isso é sério?

- A gente nem chegou a foder, Namjoon. - Bufei só de lembrar. - Aquela garota já estava no papo! Você tinha que ver como eu a deixei excitada e completamente louca de desejo por mim. Eu já estava quase lá, mas aí aquele filho da puta apareceu e eu não consigo parar de pensar nisso! Não consigo parar de sentir raiva!

- Epa, calma aí garotão. Você não pode ficar assim tão bravo. Ele é só o irmão dela!

- O grau de parentesco deles não diminui o meu ódio.

- Você anda estranho demais, Chefe. - Me serviu mais algumas doses de bebida, enquanto ganhavamos uma massagem nos ombros de duas mulheres. - Nunca ficou assim por ninguém. Nunca sentiu ciúmes de ninguém.

- Mas eu não tô com ciúmes.

- Ah, não? - Riu pelo nariz. - E querer dar uma lição no irmão da sua "namorada" é o que? Diversão? - Indagou ele. - É melhor você tomar cuidado com isso. A sua possessividade poderia acabar se tornando um problema para os nossos negócios.

- Eu só quero extravasar um pouco, ok? - Relaxei na poltrona e puxei uma daquelas mulheres para o meu colo. - E você deve me ajudar em tudo. Você é meu amigo e amigos se ajudam.

- Tá né, se você diz.

Sei que isso pode parecer muito louco, mas desde aquele dia, eu venho tendo inúmeros pensamentos homicidas e todos envolviam aquele desgraçado do Taehyung. No início, eu até havia ficado com medo disso e tentei seguir adiante, mas sempre que eu pisava na casa de S/N e ele estava lá, a vontade que eu tinha era de meter dois tiros na cara dele ali mesmo! Eu também havia pedido desculpas a minha "namorada" por ter a tratado daquele jeito e a burrinha aceitou. Fui na casa dela durante todos esses cinco dias. E eu sempre levava flores, bombons e alguns presentinhos idiotas. Ela amava essas coisas.

Nós ainda usavamos aquela pulseira que compramos no nosso segundo encontro e confesso que eu já até me acostumei com ela. Não tirava nem para tomar banho. Eu também consegui me aproximar um pouco mais da mãe dela nesses últimos dias, mas aquele cara...aquele maldito irmão ainda me deixava extremamente irrtitado! Ainda mais quando ele abraçava S/N na minha frente, bancando o patético irmão meloso. Aquele ciúme doentio estava me corroendo tanto por dentro mas tanto, que eu já perdi as contas de quantas vezes já cheguei no meu apartamento enfurecido e destrui todas as coisas.

Eu estava fora de controle.

- Está tenso, patrão. - A mulher sussurrou, mordendo o lóbulo da minha orelha. - Se você quiser eu posso deixá-lo bem relaxado lá encima. Quem sabe eu te faço até um boquete.

- Talvez depois, gracinha. - Segurei seu queixo. - Agora nos dêem licença. Eu tenho assuntos mais graves a tratar aqui.

Olhei para Namjoon quando aquelas duas se retiraram e já fui direto ao assunto.

- Você acha que um pequeno acidente seria uma boa lição?

- Quer mesmo ir adiante com essas suas idéias malucas? - Suspirou ele, já imaginando o que estaria por vir. - Pois bem Jungkook, não sei se um acidente seria legal. Você deixaria a sua namorada muito abalada por ver o irmão dela assim.

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Cartas para um Estranho | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora