Traficada

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Jung S/N
Tóquio, Japão

Bordéu


- Vamos lá sua vadia, acorde! - Tossi repetidas vezes, quando senti vários jatos de água no meu rosto. - Eu não tenho o tempo todo!

- Calma, ela já está acordando. - Ouvi uma gar dizer. - Não seja assim tão dura com a menina. Ela acabou de chegar.

- Não me diga o que fazer!

Pisquei lentamente e olhei para frente. A minha cabeça estava latejando de tanta dor. Olho para cima e vejo um grande número de garotas me observando. Isso me fez gritar e me levantar como uma louca. Corri por todos os cantos já imaginando o que havia acontecido. Devo ter sido sequestrada e isso aconteceu bem debaixo do meu próprio teto!

O quão azarada eu conseguia ser?

- Fique exatamente aonde está. - Uma arma foi apontada na minha direção. Levantei os braços em sinal de redenção e recuei para trás, assustada. - É sempre a mesma coisa. Não adianta gritar, espernear, chorar e nada dessas coisas. Você está num lugar sem escapatória e quanto mais rápido você aceitar isso, mais rápido você irá se acostumar.

- N-Não sei do que está falando... - Engoli em seco. - É dinheiro que vocês querem? A minha família não tem muito, mas eu posso pegar todas as minhas economias. Elas devem valer alguma coisa.

- Nós não queremos dinheiro garota! - Gargalhou ela. - O que você acha que nós somos?

Há mais de vinte mulheres aqui nesse cômodo. E todas eram muito bonitas. Umas eram morenas, outras mais brancas, negras, asiáticas, americanas, e etc. O que me chamou a atenção foi o modo que elas se vestiam. Todas estavam usando uns vestidos bem vulgares. A maquiagem era super pesada e o batom vermelho destacava o lábio de cada uma delas.

- Uma gangue de mulheres?

Isso era a única coisa que eu conseguia pensar.

- Quem me dera se fôssemos... - Disse uma ruiva.

- Então...? - Percorri o olhar em cada uma delas, parando na mais bela dali, que ainda apontava uma arma para mim. - Quem são vocês?

- O meu nome é Lalisa. - Abaixou a arma. - Lalisa Manoban. O resto você não precisa saber o nome.

Fiquei confusa

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Fiquei confusa.

- Olha só, é o seguinte meu bem. - Continuou ela. - Eu sei que vai ser difícil de aceitar, mas eu não posso fazer nada em relação a isso, então serei bem direta. Odeio rodeios.

- Ok...vocês vão me matar? - Falei com medo. - Ou...me estuprar?

Todas riram.

- Ah, não. Nós não faremos nada disso com você não querida. Mas pode ser que alguns homens daqui a estuprem. Isso já seria um problema seu, não é meninas? - Todas assentiram. - Pois bem, você teve o azar de ter sido selecionada pelo nosso chefe.

Cartas para um Estranho | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora