Ludmilla
Eu estava furiosa.
Eu não acreditava em tudo o que estava acontecendo naquela festa.
Ver a Brunna com outra mulher me causou uma dor tão intensa que nem ao menos haviam palavras para descrever.
Eu perdi a razão quando vi aquela infeliz da Pocahontas tentando seduzir a minha namorada.Eu nunca imaginei que a Brunna e eu chegaríamos a um nível assim na nossa relação a ponto de ter uma briga tão intensa.
Eu estava cansada de brigar e só queria que as coisas se resolvessem de uma vez por todas entre nós.Estávamos ambas paradas no meio de uma das ruas do Rio e uma intensa chuva caía sobre nós.
Suspirei derrotada abaixando a cabeça, sentindo as lágrimas grossas escorrendo pela minha face.
Eu já não aguentava mais toda essa situação e ficar sem a Brunna me fez perceber que eu não via mais o lado bom da vida.Senti suas mãos sobre a minha face e ela levantou meu rosto. Encarei seus olhos e percebi que a Bru também chorava. Ficamos ali nos encarando como se não houvesse mais nada acontecendo ao redor.
Ela se aproximou ainda mais e eu não resisti. Trouxe seus lábios até os meus e os selei levemente. No inicio era apenas um roçar de lábios. Dei a Brunna a chance de desistir, porém ela suspirou e entreabriu seus lábios os encaixando em definitivo aos meus.Sentir novamente a Brunna assim em meus braços era como ter infinitos fogos de artifício explodindo em meu interior. Nossas bocas estavam se reconhecendo depois de tanto tempo separadas.
O beijo era intenso e cheio de saudade.
Sentia as gotas salgadas de nossas lágrimas se misturando ao nosso beijo.
Nos agarrávamos como se uma de nós pudesse fugir a qualquer momento.Quando a falta do ar se fez presente, Bru se afastou lentamente e eu choraminguei em protesto. Ela riu e aquele som era música aos meus ouvidos.
Eu permanecia de olhos fechados apenas apreciando a sensação de formigamento que se mantinha em meus lábios.
Passava os dedos por eles sorrindo levemente e sentia que enfim as coisas iriam se acertar entre nós.Depois de um certo tempo abri novamente os olhos e percebi que a Brunna já não mais estava ali.
Meu interior se revirou e eu me voltei em todas as direções a fim de localizar pra onde a Brunna foi.
Vi que ela já estava a uma certa distância caminhando a passos largos abraçada ao próprio corpo.- Brunna! - gritei seu nome e ela nem ao menos se virou. Corri atrás dela afim de acertar de uma vez por todas nossa relação. - Bru espera.
A alcancei depois de um certo tempo. A segurei pelo braço delicadamente e a Brunna parou respirando fundo.
Ela se voltou para mim e vi que ela ainda chorava.
A trouxe para os meus braços mesmo sentindo uma certa relutância da sua parte.
A Brunna agora chorava baixinho em meu peito e seu corpo tremia levemente. O meu não era tão diferente assim devido a chuva e o frio que fazia naquele momento.A abracei afim de que isso aquecesse a nós duas e acalmasse a Bru. Ela ainda fungava baixinho mas o tremor havia passado.
A chuva também havia diminuído e isso contribuía para que o frio também abaixasse relativamente.
Depois que percebi que ela já estava realmente mais calma trouxe seu olhar na direção do meu.A Brunna tentava desviar porém segurei seu rosto com um pouco mais de força sem que isso a machucasse e vi uma grande vulnerabilidade ali que devia ser perceptível nos meus olhos também.
Permanecemos em silencio apenas me olhando como se guardasse a minha próxima reação ou atitude.Nós realmente precisávamos conversar mas esse não era o local ideal, e o estado em que nos encontrávamos tornava tudo ainda menos propício.
- Bru, precisamos ter uma conversa sem que isso vire uma briga novamente. - ela apenas assentiu levemente. - Vamos até o meu carro e depois pro nosso apartamento ok? - perguntei olhando em seus olhos como se buscasse uma reposta afirmativa.
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The Morning After - Brumilla
FanfictionMaktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". Koi no yokan é uma expressão japonesa que se define por aquela sensação de encontrar alguém e sentir que acontecerá uma grande história de amor com o passar do...