A Culpa

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Duas semanas

Já se passaram duas semanas desde o dia do atentado na mansão, no dia seguinte Matteo foi atrás de algumas pistas, mas não achou nada, além de saber que Sergio tinha se hospedado em um determinado hotel, mas que já haviam dias que ele tinha saído de la.

-- Meu amor o que tanto pensa?—pergunta ele chegando até mim

-- Nada demais meu amor, só quero saber quando vamos ter paz—falo triste—ainda não me perdoei por ter sido a culpada pelo que aconteceu com Antonella

-- Meu amor não se sinta assim, você não tem culpa e eu vou achar aquele desgraçado—fala fechando os punhos.

--Tudo bem então, vamos tentar descobrir onde ele está—falo me sentando na cama—ainda estou pensando em Felipa também, que anda bem triste por conta de tudo o que aconteceu, e não comentou com ninguém o fato de já ter perdido um bebê—falo triste

-- Sim amor, mas isso é algo dela, então devemos dar tempo pra que ela possa se abrir e falar sobre o assunto—fala Matteo e eu concordo

-- Tudo bem amor—respondo—agora vamos almoçar, que eu ainda vou sair para comprar algumas coisas, Ella precisa de uma terapia pra se acalmar—falo sorrindo

-- Sair amor? você sabe que é extremamente perigoso não é mesmo?—pergunta Matteo

-- Meu amor nada de ruim vai acontecer, pode colocar quantos seguranças quiser—falo confiante

-- Tudo bem, mas tomem cuidado então—fala

-- Pode deixar—falo e saímos em direção a cozinha para o almoço, todos já nos aguardam.

-- Boa tarde família – fala Matteo com a mão na minha cintura me conduzindo até a cadeira.

-- Boa tarde cunhado—responde Antonella—Amiga? Pronta para irmos depois do almoço?— pergunta olhando para mim, Ella está um pouco mais magra isso se dá pelo fato de que ela quase não quis comer e nem fazer nada na última semana, mas agora está melhor e vamos as compras.

-- Estou sim, vamos só comer e vamos ao shopping—falo sorrindo

O almoço correu muito bem, todos conversaram e comeram alegres, depois do almoço vamos ao shopping como o combinado e saímos da primeira loja.

-- Não gostei de nada até agora—fala Ella

-- Vamos procurar mais a fundo—falo—aquela loja ali amiga tem algumas coisas maravilhosas, vamos—puxo-a em direção a loja.

Escolhemos várias peças e depois de tomarmos algumas taças de champanhe e ter uma tropa atrás da gente de um lado pro outro, um rapaz entra com um lindo buquê de rosas vermelhas.

-- Procuro a Senhorita Mancini—fala o homem e os seguranças entraram na loja já se preparando para pega-lo quando ele diz—flores do Sr. Cattaneo—quando fala isso, todos ficam tranquilos e eu faço um gesto para que eles voltem aos seus lugares.

-- Obrigada—falo depois de pegar as flores das mãos do rapaz – são de Matteo, deixa eu ver o cartão—falo puxando o cartão do meio das rosas e abro

Querida,

você me deixou sozinho

quando resolveu se mudar para cá

Agora vim te buscar de volta

Termino de ler com as mãos tremulas e uma lágrima escorre em meu rosto

-- Amiga o que houve? – pergunta Antonella e tira o cartão de minhas mãos—ah desgraçado, filho da mãe—fala já puxando o celular do bolso e ligando para Matteo—Oi, Não—fala e começa a andar de um lado pro outro—Sim, eu quero a cabeça dele—fala com raiva—Sim, estamos no shopping, ok, estamos indo—fala e desliga e vira pra mim – vamos, estão nos esperando – fala me segurando e me puxando pela loja.

--Senhorita está tudo bem?—pergunta Joseph o segurança mais velho.

-- Vamos voltar para a mansão—falo e ele acena.

Seguimos para a mansão e eu começo a chorar dentro do carro lembrando de todas as coisas que passei com Sergio e o quanto mal ele já me fez e não contente, ele continua me procurando, nunca desejei a morte de ninguém tanto quanto estou desejando agora, ele me fez mal e ainda tirou a vida do bebê da minha amiga, lembro disso e começo a chorar mais ainda.

-- Calma amiga, vamos encontra-lo e tira-lo desse mundo, aquele desgraçado me deve—fala Antonella acariciando minha costa.

-- Amiga me perdoa, foi tudo culpa minha, se não fosse por mim ele jamais teria feito isso com você, você perdeu o seu bebê por minha culpa, me perdoa mesmo que eu não mereça o seu perdão—falo chorando ainda mais.

-- Eu não tenho o porque de te perdoar, você não tem culpa de que Sergio é um psicopata, eu perdi o meu filho sim e ele vão me pagar por isso, só eu sei a dor que senti por conta da perda, estava tão feliz por saber que eu seria mãe e ele me tirou isso—fala chorosa—mas você não tem culpa, você é como uma irmã pra mim e eu vou te proteger—fala me abraçando

-- obrigada amiga, nunca poderei fazer nada para compensar tudo o que você fez por mim, eu me sinto muito mal pelo o que aconteceu—falo a abraçando ainda mais e ela faz carinho nos meus cabelos, seguimos o caminho todo assim, até chegar na mansão.

Vejo Matteo que não está com uma cara muito boa, e muito preocupado, o carro nem para direito e ele já esta abrindo a porta do carro e me abraçando, e é nesse abraço que eu me sinto segura, nesse abraço que eu sinto que nada pode me atingir, sinto que estou protegida.

-- Eu te amo—falo baixo

-- Eu também amo você, fiquei tão preocupado com você – fala me abraçando ainda mais.

-- Eu estou bem, só preciso ficar assim com você por um tempo, preciso de você—falo o beijando.

-- Vamos deixa-los, por que parece que a adrenalina foi tão grande que eles ficaram excitados – fala Paolo sorrindo.

-- Né, arrumem um quarto—fala Stefano rindo

Matteo me puxa e entramos na casa e seguimos para o quarto e ali nos amamos por um longo tempo e depois fomos dormir.

Meu Querido MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora