Mundos Opostos

Cores.

Vitória Falcão.

Ao ver aquele pequeno ser, em meio ao imenso mar com um pedaço de madeira era estranho. Como ela conseguia se equilibrar?

Sem contar que ela é um dos seres mais belos que eu ja vi ao todo esse imenso mar.

O que agora me deixava agoniada era Ariel ou Shena vim atrás de mim. E se verem a Ana eles irão mata-la.

- Vih?

Olho para ela.

- Poxa mano, duas horas te chamado! Pensando em quê?

- Em Ana... Vitória está confusa. Vitória ama ela. ela linda e podia ser uma otima sereia...

Pego o pedaço de madeira e seguro-o.

- Agora me ensina?

Ela ainda me olhava encarada. Depois ela sacode a cabeça e puxa o pedaço de madeira para ela.

- Outrora. Estou cansada!

Assim ela sai. Fiquei confusa por qual motivo Ana saiu sem falar nada?

- ANA?

Ela para de caminhar. Não me olha mas espera eu dizer algo.

- Quando é outrora? O que é outrora?

Ela respira fundo e se vira para mim.

Eu não entendo, os humanos tem cada palavra estranha. Um linguajar diferente do meu.

- Outrora foi apenas o meu sotaque arrastado. Uma outra hora Vitória... Okay?

Ela se vira novamente e começa a caminhar indo para a sua cabana.

Vou atrás dela e sigo-a.

- Porra Vitória! Cacete!

Ela está com cara de gente zangada. O que eu fiz?

- Mano, na moral, vá se fu... Ferrar!

- Ana o que eu fiz?

- Tudo!

Fico confusa.

- Tipo tudo mesmo? Tudo que Vitória fez hoje foi errado? Na hora que Ana deixou Vitória dirigir, ela dirigiu ruim? Na hora que comemos junto, e depois Ana e Vitória foi a praia, foi péssimo?

Sinto uma coisa ruim no peito, algumas pessoas diziam ser decepção, mas não sei nomear o que é.

- Não... O tudo que eu falo foi o tudo de agora...

- Desculpa Vitória? Eu não sabia...

- Vitória eu não quero ser sereia, eu não sou sereia, não sou apaixonada por você, só apenas estou lhe ajudando, nada alem de amigas. Nós somos amigas... Conhecidas, pra ser exato.

Ela passa a mao em seus cabelos negros e se vira indo para o seu quarto.

Vou até ela e me escoro na porta.

- Me desculpa?

- Por favor Vitória, me deixa? Me da um tempo? Preciso ficar sozinha...

Ela solta um suspiro pesado.

De cabeça baixa eu me desescoro da porta e saio de lá.

Dou uma olhada em sua pequena cabana e solto um suspiro. Ainda sentia aquela sensação ruim dentro de mim.

Retiro o meu colar de madeira com formato de âncora e coloco na pequena mesa da sala.

Retiro o moletom da Ana e logo mais o seu short.

Se ela quer que afaste eu irei afastar.

Ainda com aquela sensação ruim em meu peito, eu saio da cabana da Ana. vagando pra algum lugar que nem eu mesma sei.