Ela é minha!

404 28 13
                                    

Ana Clara Caetano.

Depois do desespero diminur pra 92%, eu descobri que aquilo não era uma flecha e sim uma lança.

- Vih o que ta acontecendo?

Falo com os olhos marejados.

- Tá tudo bem, confia em mim!

Ela acaricia a minha mão e se levanta, logo mais eu me levanto também.

Havia quatro pessoas nuas em nossa frente, um homem mais velho, um mais novo, que pela aparência dizia ter minha idade. Tinha também uma mulher mais velha e uma moça. Todos juntos olhando pra nós duas.

O mais velho deles veio até em mim e eu me recuei para trás. Vitória segurou a minha mão.

- Quem é ela?

Ele olha para Vitória e depois segura o meu braço olhando o colar que era da Vitória.

- Vitória vai pagar caro por abandonar a tribo, desobedeceu as leis minha e me "desonrou" todos nós, trocando a sua casa pela casa dos humanos.

Ele me empurra me fazendo quase cair. Ele me olha e solta um rosnado mostrando o seus dentes afiados.

- Ande logo, vamos que eu trouxe o seu noivo, hoje será sua noite de acasalamento com ele. E não adianta fugir novamente, porque você sabe que eu irei te achar.

O rapaz mais novo vem até Vitória e segura a sua mão tentando puxa-la.

Eu me levanto as pressas e empurro aquele homem que era duas vezes maior que eu, e entro na frente de Vitória.

- Ela é minha!

Falo entre dentes fuzilando eles com o olhar.

- Não! Ela não é sua! Está comprometida com esse rapaz.

A mulher mais velha entra na conversa.

- E eu sou a mãe dela, eu é quem decido! Minha filha não ira se acasalar com humano!

Ela vem até em mim e puxa o ar sentindo o meu cheiro.

- Vamos, ela não vai vim por vontade propia. André amarre-a e traga ela. Isabel e Beatriz, vocês dão um jeito nessa humana, que nem capacidade de procriar tem.

Entro na frente de Vitória. Mesmo batendo na altura do ombro de Vitória, eu não iria arredar o pé e me fazeria de escudo.

- Eu ja disse, ela é minha... Quem é você para chegar assim e fazer o que bem entender?

Desafio ele lhe lançando um olhar matador.

- Eu sou Ariel, soberano do oceano. Rei de todos, e você deveria saber disso... E quem da as ordens aqui sou eu. A Vitória é de minha tribo, ela me pertence.

- Pois agora digo, não soube cuidar entrou outro em teu lugar. Eu quem mando aqui, fora desse mar tu não é nada. Quem da as cartas sou eu. A Vitória é minha e pronto!

- Me desculpe Ariel, mas eu não quero seguir a suas leis, quero viver fora do mar. E eu ja achei um companheiro de acasalamento, não irei a lugar algum...

Até que por fim a Vitória abre a boca, mas que foi uma péssima idéia. O tal do "soberano dos mares" se revolta e vem até em mim e me segura com força e me afasta da Vitória, logo mais segurando a mesma e arrasta-a.

- Cansei de você garota estúpida! Ninguém me desobedece.

Ele e o rapaz segura a Vitória e a amarra-a.

- Vai por bem ou vai por mal. Isabell cuide dessa garota!

- Não!

Me levanto e pego a lança e puxo-a com força.

- Solta ela!

Ameaço ataca-los.

O rapaz até então que esta pacífico no seu lugar, mostra a suas presas nada amigável e se aproxima de mim.

- Ela é minha, ela é do André!

Ele se aproxima de mim, mas logo se afasta quando um rojão é aceso perto deles.

- O que é isso?

Um foguete é estourado, eles se olham assustado.

Olho para o lado e vejo Bárbara e Lucas, só podia ser.

- Isso se chama, nunca mexa naquilo que é da Ana Clara!

Dou um passo a frente deles e puxo a Vitória.

- Peço que se retirem, enquanto estou sendo pacífica...

Desamarro as mãos de Vitória e seguro a sua mão direita, entrelaçando ela na minha, e olho para ele.

- Mas eu vou voltar, com mais pessoas, e quero ver quem vai me impedir. Você pode ser a primeira a acasalar com a Vitória, mas nunca que ira ser sua!

Ele me olha com um olhar desafiador mas logo se desmancha quando escuta outro foguete.

Saíram a passos pesados, logo mais desaparecendo na água imensa.

Vitória se ajoelha no chão e começa a chorar. Me ajoelho ao seu lado e abraço-a.

- Hey, ta tudo bem, eu tô aqui okay?

Ela balança a cabeça positivamente e me aperta mais em seu corpo.

- Hey Ana o que estava acontecendo aqui?

Bárbara e Lucas chega.

Solto um suspiro pesado e começo a contar a história para ela. Que claramente se assusta.

- Então agora você e Vitória são noivas ou algo do tipo?

- Basicamente sim. Mas não quero tocar agora nesse assunto.

Me levanto e seguro a mão de Vitória.

- Vem Leãozinho, vamos pra casa.

Ela segura a minha mão e se levanta.

- Primeiro vamos cuidar da Vitória, depois, tipo amanhã, a gente tem uma conversa...

Mundos OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora