Fridda

346 31 7
                                    

Ana Clara Caetano.

Fiquei andando pelo parque todo com a Vih, era um lugar lindo, meio turbulento cheio de gritos, mas eu gostava.

- Ana me acompanha!

Segura firme a minha mão e me arrasta até um local, fiquei assutada pela a sua pressa.

- O que houve?

Ela se solta de mim e se ajoelha no chão.

- Senti cheiro de dor...

Ando ate o seu lado e vejo um filhote de cachorro sangrando encolhido no chão.

- Você sentiu?

Olho para ela assutada.

-Senti!

Diz convicta, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Como eu senti o cheiro de libido naquele rapaz que tirou a fotografia.

Ela para de me fitar e se concentra em cuidar do animalzinho.

- Precisamos cuidar dele Ana.

- Mas ela é só um cachorro de rua Vitória!

Ela para de mexer no cachorro e me fita.

- Mas é uma vida... Você me deixaria morrer se eu fosse um cachorro abandonado?

Abaixo minha cabeça.

- Responda Ana!

Suspiro e seguro a pequena cachorra.

- Vamos levar ela numa clinica veterinária.

Pego a cachorra.

- O que é isso? Clínica veterinária

- Lugar onde cuidam de animais... Animais em geral.

Ando a procura do meu carro, e quando acho entrego o pequeno animal para a Vih.

- Segurar ela com cuidado.

Vih acaricia o cachorrinho. Enquanto isso eu dirigia até uma clínica veterinária que tinha na zona leste da pequena cidade.

[°°°]

- Bem meninas, a cachorrinha que vocês acharam teve um grande corte na patinha, e também esta machucada, e com sinais de que alguém chutou ela, ha marcas também...

O veterinário analisava o cachorrinho.

- Passar uma medicação, e se cuidar dela direitinho em menos de duas semanas ela estará melhor.

Ele caminha ate o balcão e puxa uma folha.

-Marcar aqui as visitas dela aqui na clinica. Toda semana ela vai ter que vir aqui para eu ver o desenvolvimento.

- Ta bom moço.

A Vih sempre alegre com aquele sorriso no rosto. Enquanto eu so pensava, como eu iria adotar um cachorro nas minhas condições, e nas condições de minha casa.

- Qual é o nome dela?

Eu olho para a Vih que logo mais me olha de volta.

- Qual vai ser o nome dela Vih?

Digo e Vitória sorri.

- O nome dela vai ser Fridda, que significa aquela que trás paz, a paz.

Fico boba com as palavras da Vih.

- Okay meninas.

O veterinário anota algumas coisas no papel e nos entrega.

- Obrigada.

Agradeço.

Logo mais olhando alguns produtos para a nova moradora.

- Vou comprar uma caminha para ela, a ração e uma coleira. Vamos precisar.

Acaricio os pelos finos do filhote e vou escolher algumas coisas para ela com ajuda da Vih.

[°°°]

Ja chegando em casa, arrumo um cantinho para por a cama de Fridda.

- Ela gostou daqui...

A cachorrinha farejava os locais mais próximos a onde estava, ja que não conseguia caminhar.

- Colocar água e essa comida para ela.

A Vih vai para a cozinha arrumar algo para a Fridda comer enquanto eu brincava com ela na sua pequena caminha.

- Vejo mesmo que você traz paz, pequena Fridda.

Acaricio ela.

- Pronto Ana.

Vih coloca a comida na vasilha e logo mais a cachorrinha ataca com voracidade.

- Parece que ela estava com fome.

Vitória sorri.

- Ela estava sim.

Seguro a mão da cacheada e faço carinho de leves. Que logo mais me fita percebendo o carinho.

- Você é incrível.

Ela beija o topo de minha cabeça.

- Você também.

Abraço ela observando o filhote comendo como um mini dragãozinho.

[°°°]

- Agora eu tô feliz Ana...

A Vih me aperta em seus braços, enquanto a agua do chuveiro caía sobre nós.

- Temos um filhote, é como um filho para nós duas, já que você não quer ou nao pode dar.

Acaricia o meu rosto me dando um beijo estalado na boca.

- Mas não se preocupe, daqui alguns dias meses ou anos eu vou te dar um filho.

Sorrio com a sua palavras.

- Não necessariamente agora Vih...

-Não.

- Mas saiba que eu quero um filho teu .

Sussurro em seu ouvido, e nem precisava eu olhar para o seu rosto para ver o sorriso mais grande estampado ali...

Mundos OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora