Ciclo 2- Cauda.

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Ana Clara Caetano.

Passava o sabão delicadamente no corpo da Vitoria enquanto a mesma passava o shampoo em meus cabelos.

- Ana?

Ela me chama em um sussurro.

- Sim.

- Agora Ana e Vitória vai morar juntas? Dividir tudo uma com a outra?

Ela para de massagear o meu cabelo e me fita.

- Sim! Basicamente isso meu amor.

Ela da um sorriso de orelha a orelha.

- Mais uma coisa que Vitória quer lhe perguntar.

- Pois diga.

- Depois de hoje Vitória vai ter um filho?

Ela liga o chuveiro e começa a retirar o shampoo.

- Agora agora não. Mas pra frente meu amor. Estamos muito nova para ter filhos.

Ouço ela soltar sua respiração pesadamente.

- Mas depois de acasalarmos agora, Ana não fez Vitória ficar grávida?

Mordo o lábio segurando a risada. Desligo o chuveiro e abro os meus olhos fitando-a.

- Gatinha...

Seguro o seu rosto com as duas mãos.

- Não é bem assim que funciona. Primeiramente porquê eu sou mulher, segundo não é que você fez sexo que você vai engravidar, okay? Você pode apenas transar e não ter filho.

Acaricio o seu rosto.

- Como eu disse para tu, eu não posso lhe dar um filho, tanto por ser mulher tanto por ser histeria. Não engravido.

Olho para o chão e solto um ar pesado.

- Mas que tal conversarmos sobre isso outra hora? E curtimos um pouco o agora?

Ela se aproxima de meu pescoço e beija, logo mais acariciado o local onde ela mordeu minutos atrás.

- Claro Ana... E Vitória está com fome.

Ela olha para mim com um bico.

Dou uma risada da tamanha inocência desse ser.

Termino de banhar e me enrolo na toalha, e sigo rumo ao quarto.

- Dois minutos e eu me visto.

Dito isto ela sai do quarto. Me enxugo e pego uma camiseta larga e visto, e depois vou arrumar o meu cabelo. Se ele estiver num dia colaborador.

- O que tu quer comer meu bem?

Vejo Vitória malinando nos objetos da estante. Ela vira e olha pra mim com um sorriso lindo de orelha a orelha.

- Peixe?

Ela se aproxima de mim e segura a minha mão.

- Vitória pode abraçar Ana?

Dou um sorriso.

- E por que tem que pedir?

Aperto a sua mão carinhosamente e puxo o seu corpo de encontro ao meu.

- Nunca é preciso me pedir. Desde um abraço a um beijo.

Escoro a minha cabeça em seu peito e fecho os meus olhos.

- Sinto paz nos teus braços...

Ela acaricia o meu cabelo.

- Vitória se sente bem com Ana em seus braços.

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