Mundos Opostos

Eu e tu.

Pov Ana Clara.

Assim que eu pedi Vitoria para se retirar, ela saiu de cabeça baixa.

Ta que foi um pouco impensável dizer aquelas coisas pra ela.

Eu amo ela sim, so que as vezes ela me sufoca, é bom a companhia dela mas não vejo ficando com ela. alem do mais, ela e eu vivemos em mundos opostos.

Saio dos meus devaneios com o barulho da porta sendo aberta e logo mais sendo fechada.

Talvez seja  a Bárbara, ou a Vitória saiu pra pensar, mas ela não pode sair, está tarde, esse mundo é um terror a noite.

Suspiro pesado e me levanto.

Me Paraliso ao ver roupas jogadas no chão e um colar.

- Não Vitória!

Estupida! Eu deveria pensar o quanto a Vitória tinha sentimentos a flor da pele e levar tudo ao pé da letra.

Pego o colar e enrolo em meu pulso esquerdo, fazendo dele uma pulseira.

Saio da cabana e analiso a praia.

- Vitória!?

Grito chamando o seu nome. Mas não obtenho resposta.

Onde ela se meteu?

- Vi.. Toria!

Me assusto ao ver ela encostada numa árvore, e que pelo o que eu percebi, ela estava chorando, estúpida eu sou muito estúpida!

Me aproximo dela e sento ao seu lado.

- Vitória?

Pego a sua mão, mas logo ela puxa se afastando o contato.

- Ei Vih?

- Vitória está muito magoada. Ana, o que você fez, magoou muito, porque eu achava que você me amava.

Ela enxuga a suas lágrimas.

- É tão doloroso não ser correspondido. Doi muito Ana, tanto é que está escorrendo água do oceano pelos meus olhos. O oceano nunca deixou de ser casa, que nesse momento ruim ele ainda esta presente, me reconfortando.

Olho pra ela e vejo a sua inocência por achar que suas lágrimas salgada é o oceano presente.

- Me desculpe por te magoar... Por te machucar?

Faço carinho singelo em sua coxa.

- Eu também lhe amo Vih.

Um sorriso no rosto da Vitoria se faz presente.

- Você me ama?

- Sim eu gosto de tu.

Seus olhos brilham.

- Então fica comigo? Seja a parceira da Vitória... Eu quero você, só você. Quero tu em meu primeiro acasalamento.

Engulo em seco e me assusto.

- Ô leãozinho?

Seguro em seu rosto acariciando-a.

- Eu lhe amo, mas amo você como amo a Bárbara. Eu amo tu como amiga, me compreende?

- Amigas?

Seus olhos perdem o brilho.

Ela segura a minha mão que estava em seu rosto.

- Eu respeito você Ana Clara, mas saiba que quando Vitória se apaixona por alguém é verdadeiro... É eterno. Eu nunca senti esse amor

Ela retira a minha mao de seu rosto. Mas eu coloco novamente.

- Então me deixa tentar... Eu ainda me sinto insegura com isso.

Ela me fita.

- Como assim, Vitória não entendeu.

Dou uma risada baixa.

- Que eu aceito, mas que você vá com calma.

- Eu acho que Vitória entendeu.

Me aproximo de seu rosto na intenção de beija- la, mas ela desvia o seu rosto.

- O que foi?

- Você pediu pra ir com calma.

Ela fica corada.

- Mas quero lhe dar um beijo, tudo bem?

- Eu nunca beijei ninguém Ana...

Ela abaixa a cabeça.

- Eu nunca beijei ninguém, e se tu não gostar? Afinal, como é se acasalar com um humano? Ainda mais, como é o acasalamento de uma serei com uma humana?

Dou uma risada.

- Não sei Vih. Mas creio que nenhuma de nós esta com pressa de fazer sexo, certo?

Dou um beijo em sua testa.

- Ninha?

Dou um sorriso pelo apelido.

- Oi?

- Eu amo você... E quando nos acasalarmos vamos ter um filho.

Ela fala tímida. E eu sinto meu coração se despedaçar.

- Você quer que eu lhe dou um filho?

- Sim! Um filho, não é isso que ocorre nas épocas de acasalamento? Nós moramos juntas e procriamos.

Solto um suspiro pesado.

- Talvez Vih, podemos morar juntas e tal, mas...

Abaixo a cabeça e sinto um aperto no peito.

- Eu não posso lhe dar um filho.

Ela olha pra mim assustada mas depois se assusta.

- Tudo certo, eu não tenho pressa.

Dou um sorriso de canto.

- Vih?

Ela me fita e da um sorriso.

- Oi?

- Eu também lhe...

Uma flecha é espetada no meio de nós duas, quase me atingindo.

- O que foi isso??

Olho para Vitória querendo uma explicação.