Pov Alice
Depois de receber o apoio de Miguel, Lili e Camilla eles se afastam e vão para algum lugar.
Vejo o meu pai se aproximando com os pais da Lydia. Controlo as minhas lágrimas ao ver a mãe dela se aproximar, elas são tão parecidas.
- Minha filha. Esses são os pais da Lydia, Doutor Liam e a dona Sarah. - Disse meu pai.
- É um prazer finalmente conhecer você, só queria que fosse em outras circunstâncias. - Disse Sarah.
- É um prazer conhecer os senhores. - Disse.
- O prazer é nosso. Como você está querida? Percebi que não quis entrar para a cerimônia. - Disse Liam.
- Eu só não queria ver ela no caixão. - Disse.
- Eu entendo minha querida. Ela falava muito de você. Ela te amava como uma filha. - Disse Sarah.
- E eu a amava como se ela fosse a minha mãe, e ela era. - Disse e limpei algumas lágrimas que caíram.
- Depois eu preciso te entregar uma coisa que ela queria muito lhe dar. - Disse Sarah me puxando para um abraço.
- A gente precisa ir. Já estão levando o caixão. - Disse Liam.
- Vão indo. Eu vou depois. - Disse e os dois saíram andando na frente.
- Você está bem minha filha? - Perguntou meu pai.
- Poderia estar pior. A Lili, Camilla e Miguel estão aí. Eles devem estar lá para frente. - Disse.
- Eu vou falar com eles. Vamos que eles já estão andando até o túmulo. - Disse ele.
- Pode ir na frente. Eu prefiro ficar aqui atrás. - Disse.
- Tudo bem. Só não sai dos arredores.- Disse ele e saiu andando na frente.
Suspiro ao ver a movimentação de pessoas caminhando atrás de um caixão, eu não consigo acreditar que a Lydia está nele.
Vejo o Miguel saindo de perto das pessoas e caminhando em minha direção.
- Você não vem? - Perguntou ele.
- Eu prefiro ficar aqui e esperar terminar. Não quero ver isso, e muito menos ver pessoas que nem amavam ela fingindo que se importa com a morte dela. - Disse.
- Tudo bem. Eu espero aqui com você e quando todos saírem e vou com você até o túmulo. - Disse ele.
- Obrigada. Eu sei que é uma atitude egoísta demais não querer participar das cerimônias. - Disse.
- Não é egoísta. Cada um lida com a dor e o luto de um jeito. - Disse ele.
Ficamos um bom tempo em silêncio vendo as pessoas se afastarem. Eu vou até o banco que eu estava antes e me sento, Miguel vem atrás.
- Você quer conversar? - Perguntou ele.
- Não tem o que conversa. - Disse.
- Tudo bem. - Disse ele e começou a fitar a capela.
- Eu só queria saber o motivo de você ter feito tudo isso. - Disse.
- O que exatamente é tudo isso? - Perguntou ele me olhando.
- Ter vindo até aqui só por minha causa. Por que todos vocês fazem essas coisas ? Eu não mereço, eu não os trato bem. - Disse sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos.
- A gente faz tudo isso porque nós te amamos Alice. Você deveria perceber o quanto a sua mãe te ama, você deveria a perdoar porque tudo o que ela faz e já fez é porque te ama. Todos eles te amam, e assim que você perceber isso vai deixar todo esse ressentimento para trás e vai amadurecer. - Disse ele e a princípio não consigo reagir.
Deixo as lágrimas cairem sem me importar e sinto uma dor enorme no peito.
- Eu quero ficar sozinha. - Disse me levantando e dou as costas para ele.
- O que? Você realmente escutou tudo o que eu te disse? Eu não quis te magoar. - Disse ele se colocando na minha frente.
- É claro que eu escutei você me chamando de criança. Você acha que eu não perdoo a minha mãe por imaturidade. Você não faz ideia do que eu passei para me falar uma coisa dessas. - Disse chorando.
- Você está agindo como uma criança agora. Eu não falei isso, você me interpretou mal. - Disse ele.
- Você é um idiota. - Disse passando por ele com raiva.
- Você só escuta o que quer né? - Perguntou ele voltando a se colocar na minha frente.
- Do que você está falando? - Perguntei.
- Eu acabei de falar que te amo e você nem escutou. Você só interpretou mal uma coisa que eu falei. Eu não te chamei de imatura, eu só quis dizer que perdoar a sua mãe irá lhe fazer bem. - Disse ele irritado.
- O que? Você me ama? - Perguntei assustada.
- Eu estou completamente apaixonado por você e já estou mais velho e cansado de ficar negando esse sentimento. Você virou a minha vida de cabeça para baixo desde que apareceu lá na fazenda, e eu só penso em você todos os dias, mesmo sabendo que é errado por você ser menor de idade e eu já ter 26 anos... - Disse ele e eu o interrompo selando os nossos lábios.
Ele aprofunda o beijo me puxando mais para perto de si.
- Alice? - Escuto Melissa me chamar e me afasto do Miguel assustada.
Olho totalmente atordoada para a Melissa e o Steve que estava atrás dela.
- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou Miguel completamente irritado.
- Viemos prestar nossos sentimentos a Alice, mas parece que ela está otima. - Disse Melissa e não consigo controlar a minha raiva.
- Eu não acredito que você teve a cara de pau de vir aqui. - Disse e me joguei para frente e desferi um tapa na cara da Melissa.
- Você está maluca? - Perguntou ela com a mão no rosto.
- Você ainda não me viu maluca. - Disse e lhe deu outro tapa derrubando ela no chão.
Ela gritava desesperada tentando proteger o rosto e isso só me fazia ter mais raiva.
Sinto alguém me puxando de cima dela.
- Me solta! - Gritei tentando me soltar.
- Você precisa se acalmar. - Disse Miguel me apertando mais.
- Isso não vai ficar assim! Sua vadia! - Disse Melissa se levantando com a ajuda do Steve.
- Como você pode me trair ?! Nós éramos melhores amigas! - Disse.
- Eu nunca fui a sua melhor amiga. Você só era uma menina idiota que eu usava para ter o que eu queria. Você sempre foi muito burra. - Disse ela rindo.
- Eu vou acabar com você! - Disse tentando me soltar.
- Eu ainda vou devolver esses tapas. Vamos Steve. - Disse ela e os dois saíram.
- Eu não acredito que eles vieram aqui. - Disse e o Miguel me puxou para um abraço, vou me acalmando ao escutar o coração dele.
Oii gente. Espero que gostem do capítulo.
Votem e comentem.
Bjos ♡
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O caipira
Novela JuvenilAlice é uma patricinha linda e mimada. Sempre teve tudo o que quer. Um namorado lindo, vários amigos e todos a adoram. Muito popular na sua escola. Mora com seu pai. Sua mãe a abandonou para casar com seu tio e morar em uma fazenda. Miguel é um típi...