O Sr. Park estivera muito calado e distante desde o seu confronto com o filho. Felizmente para o alfa, nem a mulher nem os filhos tinham ouvido a conversa, mas era bem óbvio (especialmente para a Sra. Park) que algo se passava.
— Jimin? Jimin?
— Onde está o Jimin?
— Ele não vem jantar?
— Será que lhe aconteceu alguma coisa?
— Onde é que ele se meteu? Tenho fome!— Tenham calma, crianças. Ele já deve estar a chegar. — assegurou a Sra. Park, menos segura do que parecia.
— Podemos começar a comer? — perguntou Jooe, encarando o chefe de família.
O Sr. Park (que estivera a olhar para o relógio desde que se sentou à mesa), nem sequer tinha ouvido a pergunta da filha. Depois de uns segundos à espera da resposta do mais velho, a Sra. Park acabou por autorizar que se desse início à refeição.
— Chaeyoung? Está tudo bem, filha? — quis saber a ômega mais velha, quando reparou que a filha limitava-se a brincar com a comida no prato, em vez de a comer propriamente.
— Está sim, mãe — respondeu Rosé, também ela perdida nos seus pensamentos, embora a sua razão fosse diferente.
— Sabes onde está o Jimin? — questionou um dos irmãos, que começava a ficar preocupado pela ausência do mais velho.
Ao ouvir o nome do seu adorado Jimin, Gilbert começou a guinchar o nome de Jimin loucamente, como se isso fosse trazer o irmão de volta.
— Não, eu não sei onde ele está — afirmou Rosé, mantendo a cabeça baixa.
Era mentira. Jimin contara à irmã o que acontecera entre o Sr. Park e Hoseok. Também lhe disse onde é que ele e Hoseok estavam naquele momento, mas fez a ruiva prometer que não contaria a ninguém. E não contaria.
— O Hoseok também desapareceu... — notou a Sra. Park, longe de imaginar o que teria acontecido. — Algum de vocês sabe onde é que ele está?
— Se calhar teve saudades de casa — supôs Jooe, uma das crias que gostava imenso de Hoseok. — Ele gosta imenso da mãe e das irmãs, sabiam?
O Sr. Park não sabia, mas ficara a saber da pior maneira sobre o passado que nunca se interessara em descobrir.
— Acho que fizemos bem em escolhê-lo como companhia para o nosso filho — suspirou a Sra. Park, fazendo com que o marido finalmente tirasse os olhos do relógio. Também ela duvidara das capacidades de Hoseok, mas com o tempo aprendera a gostar do jeito simples do beta de cabelos ruivos.
— Sim, o Hoseok é um rapaz fantástico — concordou Rosé, não conseguindo evitar o olhar fixo ao progenitor. — Eu vou dar uma volta e arejar as ideias. Se o Jimin ou o Hoseok voltarem, avisem-me.
Sem cruzar o olhar com o pai mais nenhuma vez, a ômega saiu de casa, ainda com o relato do irmão mais velho na cabeça.
"Como é que ele teve coragem?!", perguntava-se a ômega. Agora que estava sozinha, podia finalmente resmungar em paz. "É melhor ir para casa do Jin e pergunto se posso lá passar a noite. Não consigo encarar o meu pai depois do que ele fez."
Assim que o pensou, melhor o fez. Para chegar a casa do ômega sem ser vista ou cheirada, Rosé cortou caminho por entre uma passagem nos arbustos. Foi então que sentiu dois braços a rodarem-na e uma das mãos a tapar-lhe a boca. Em pânico, a ruiva pisou o pé do vulto com toda a força que arranjou.
— Ai!
Rosé virou-se para ver a identidade do agressor e ficou surpreendida quando viu nada mais, nada menos do que Jennie Kim.
— Porque é que fizeste isso?! — perguntou a alfa, agarrada ao pé dorido.
— Desculpa? — Rosé sentiu-se indignada com aquela pergunta. — Porque é que tu me agarraste daquela maneira? Pensei que fosse algum alfa tarado ou algo do tipo!
— Acertaste na parte do alfa — brincou Jennie, voltando a equilibrar-se sobre o seu próprio pé. — O que é que fazes na rua a estas horas? Os teus paizinhos deixaram-te sair, foi?
— Na verdade, eu vim por conta própria — respondeu Rosé, de braços cruzados. — Vou a casa do Seokjin.
— Eu deveria ficar com ciúmes?
A ruiva deu-lhe um beijo.
— Tu sabes que só tenho olhos para ti, Jennie Kim.
Jennie sorriu e abraçou a sua ômega.
— Ainda te vais meter em sarilhos se continuas a sair a estas horas... — avisou Rosé, que sabia muito bem que a irmã da alfa não gostava que a morena saísse tarde.
— A minha querida irmãzinha não tem nada a ver com o que eu faço ou deixo de fazer — ripostou Jennie. — Enfim, o que é que vais fazer a casa do Seokjin?
Em poucos minutos, Rosé deu por si a contar à namorada o que se tinha passado em sua casa.
— O Jimin e o Hoseok vão passar a noite em casa do Jin e eu vou perguntar se posso ficar lá também — explicou Rosé, no fim do relato.
— Esse homem sempre me tirou do sério, mas desta vez exagerou! — vociferou Jennie, mais para ela do que para a ômega à sua frente. — Ele não te fez nada, pois não? Se ele fizer diz-me que eu mostro-lhe o que é bom para a tosse!
— Tem calma, Jennie. Ele não me fez nada — tranquilizou-a Rosé.
Jennie depositou mais um beijo nos lábios da ruiva e sorriu.
Sim, Jennie Kim, sorriu.
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Hiya everyone!Capítulo muito curtinho, eu sei, eu sei... Mas eu queria escrever um capítulo assim apenas para dar à Rosé um pequeno protagonismo dentro da história.
PELO AMOR DE DEUS, não venham brigar comigo porque eu não fiz Chaelisa (Rosé x Lisa). Sei que é o OTP de muita gente mas eu não shippo e peço que respeitem isso.
Sei que estes capítulo têm sido muito softs, sem muita ação e que posso estar a decepcionar alguns leitores, mas estes primeiros capítulos servem para construir o espaço da história. Não se preocupem, a ação está a uma distância de dois capítulos.
Queria agradecer a todos os leitores pelas mais de 50 visualizações da fic! A sério, isso motiva-me imenso e deixa-me super feliz! Obrigada a todos! ❤️
Espero de verdade que a história esteja a ser do vosso agrado. Eu esforço-me imenso para vos trazer uma boa história.
Abraços de urso para todos vocês e vemo-nos no próximo capítulo
*Minorca_56* 🐻
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Woolsey Hearts [ABO] [BTS]
Fanfiction[CONCLUÍDA] É nas florestas de Woolsey Hearts onde podem ser encontrados dois tipos de lobos extraordinários: os lobos vermelhos e os lobos brancos. Woolsey Hearts conta a história de Park Jimin, o filho mais velho do casal Park, que lidera a grand...