Morta Ambulante

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Olá! Mil desculpas a demora. Tive inúmeros problemas com essa história, mas prometo seguir com ela e ser tão boa quanto a primeira. Agora essa história começa a seguir seu rumo direto. Boa leitura!

***

Mais que dia quente, devia ter colocado uma roupa mais fresca antes de sair, porém não queria ter ficado naquela tensão. Miro de relance no céu totalmente lindo com um sol digno da aldeia da Areia.

Apesar de tantos anos sendo mãe, não estou acostumada a brigar com os meus filhos apesar do jeito de Keiko. Bater nela talvez tenha sido demais, e vê-la correr com aquele olhar após a briga me faz sentir um arrependimento grande, me sinto perdida sem você Neji.

- Como vai, Tenten?

Sai se aproxima ao meu lado.

- Bem - abro um leve sorriso. - E você?

- Bem - na minha opinião nenhum dos dois estava sendo sincero.

Ficamos um tempo nos entre olhamos, estava estampando em nossos rostos que algo havia de errado mas nenhum perguntou nada sobre esse assunto.

- Quer um soverte? - ele oferece.

Inclino a cabeça um pouco para esquerda com um sorriso como confirmação. A soverteria fica na praça principal, não muito longe de onde estávamos. Sai mudou bastante quando se relacionou com Ino, ele ficou mais falante e comunicativo com as pessoas ao seu redor o que foi bem legal, Ino parece ter sido bom para ele assim como ele para ela.

- Como vai lá na loja de flores? - puxo assunto logo após sentarmos.

- Bem... Parece que no verão as pessoas amam dar flores uma para outras - sorrir.

- Imagino - observo a garçonete servir o soverte.

- Domo arigato! - falamo em uníssono.

Definitivamente amo tudo relacionado a chocolate, principalmente soverte, já sai parece gostar mais de menta o que é uma opção bem refrescante nesse calor.

- Como vai família? - dessa vez ele puxa assunto.

- Bem - relaxo os ombros.

- Bem mesmo? - insiste.

O olho por uns instantes e decido me desabafar, apesar de não ter tanta intimidade assim com Sai, eu preciso me abrir com alguém.

Solto um suspiro.

- Me sinto péssima às vezes na casa dos Hyuuga. Eles desprezam o meu clã e só me tratam "bem" porque sou esposa do líder deles, e para piorar estão fazendo a cabeça dos meus filhos de que meu clã não presta. Foi difícil restabelecer meu clã mas pior ainda foi fazer ele se entrosar em Konoha - enfio uma colher cheia de soverte na boca.

- Sei como se sente. Ino é de um clã reconhecido em Konoha e às vezes me sinto pouca coisa para ela também. Mas veja - ele chama minha atenção. - Pelo menos você tem clã - sorrir.

Eu não queria rir não queria parecer debochada ou algo do tipo, mas não aguentei soltei uma longa risada e fui acompanhada pelo moreno.

- Gomenasai - me desculpo parando a rir aos poucos.

- Que nada - sorrir.

- Queria fazer mais pelo meu clã - tomo uma expressão pensativa.

- Mais? Tem noção do que é juntar um clã que se desfez? - ele arregala um pouco os olhos. - Você é a heroína do seu clã, se sinta feliz com isso.

Eu nunca tinha pensado na ideia de eu ser uma "heroína" do meu clã, mas acho que ele tem razão.

- E o seu clã, Sai? Não tem nenhuma lembrança deles incluindo os seus pais? - não queria ser intrometida mas mesmo assim perguntei.

Ele me olha com o seu olhar típico caído em seguida o guia até a janela da soverteria.

- Não lembro de nada do meu clã, só me lembro de um amigo que eu chamava de irmão na Anbu, fui nascido e criado pelo mestre Danzoou e quando eu perguntava algo sobre minha família ele dizia não ter, que me encontrou jogado na floreta preste a morrer. Como se eu deve-se a minha vida a ele - solta uma sorriso de canto sarcástico.

- Acha que ele dizia a verdade?

- Sempre tive essa dúvida mas do que adianta agora, eu já tenho uma família com Ino e o meu filho, e isso é o suficiente - sorrir.

- Soka...

Ambos voltamos a comer nossos sovertes.

- Tenten... - seu tom muda.

Olho esperando Sai dizer algo.

- Fique com olhos e ouvidos atentos na casa dos Hyuuga - seu olhar é intenso.

Fico surpresa.

- Por que eu deveria ficar atenta - ergo uma sobrancelha.

- Devemos ficar sempre atentos, principalmente quando pisamos em ninho de cobras... Não acha? - sorrir como se estivesse certo.

- Mas porque você... - ele levanta da cadeira.

- Foi ótimo passar esse tempo com você, até! - volta a sorrir e sai andando.

Ele passa pelo balcão e paga a conta em seguida sai pela porta.

Mordo os lábios inferiores tentando entender o que foi isso, ele basicamente falou que vivo com cobras, mas porque ele diria isso dos Huuga. Eles são uns dos clãs mas reconhecidos de Konoha. Saio da soverteria perambulando pelas ruas de Konoha pensando em tudo, acabo passando pela casa dos meus pais que se encontra fazia, desdo dia que me casei.

Estou viva mas nunca estive tão morta, não tenho mais sonhos e nem disposição para mais nada, minhas forças e determinação estão chegando ao fim. Eu era mais viva quando morava em casa. Não quero mais viver assim. Tenho que me abrir para o Neji, o amo tanto.

Percebendo o anoitecer volto para a casa dos Hyuuga na determinação de conversar com o Neji sobre tudo, quero viver e sentir a energia que sentia antes. Eu sofria pelo Neji mas eu era uma garota cheia de emoções e vida, e depois que Neji e eu começamos a namorar foi tudo perfeito, não quero que isso mude.

Percebo que a pouca movimentação na casa e que tinha apenas um ninjas de guarda ao invés de dois na entrada. A casa está praticamente fazia com uma dou duas pessoas nos corredores, nem as crianças brincavam no pátio. Será que esta tendo algo e eu não sei?

Sigo o meu caminho até meu quarto mas não vejo Neji, porém, sua mochila estava em cima da cama que quer dizer que ele está de volta, ótimo só preciso encontrá-lo agora pela casa. Chego até a sala que é designada para os líder do clã, respiro fundo antes de entrar.

Calma Tenten, você vai apenas se abrir com seu marido e colocar algumas coisas no lugar, não é o fim do mundo. Falo comigo mesma. Abro a porta rapidamente sem bater com o calor do momento e, acabo me arrependendo de ter feito isso. Neji se encontra beijando uma membra do clã Hyuuga em sua sala.

***

Obrigada por lerem! E espero que tenham gostado!

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