♥My Best Nightmare [Kth+Jjk]♥

⏪Aparição⏩

Taehyung andava na rua à meia-noite, após sair de sua hora extra, com a mochila nas costas. Sentia-se esgotado, mas feliz por não correr o risco perder mais uma noite por causa de insônia, com pensamentos absurdos. A rua em que estava, era iluminada por alguns postes de madeira, precários, e possuía algumas casas. Precisava virar a esquina e estaria em sua rua. Sua casa era a última da rua, e a mais estranha, por assim dizer. Mas ele não ligava para a aparência dela, nem os boatos que lhe rondavam, só queria ser deixado em paz.

Estava indo dobrar a esquina, quando um homem usando uma máscara preta, lhe abordou com uma arma em mãos, pedindo para passar tudo. Taehyung entregou a mochila e o assaltante a pegou, e apontou a arma para sua testa, falando:

ㅡ Você não vai fazer nenhum barulho, até eu sumir.

Ele sorri e o assaltante se arrepia. Não era o sorriso de uma pessoa sã.

ㅡ Amigo, poderia me passar a arma?

O assaltante nega, e Taehyung o desarma com um rápido movimento. O ladrão dá dois passos para trás, deixando a mochila cair, e jurando para si mesmo, nunca mais assaltar ninguém à meia-noite.

ㅡ P-por favor, eu devolvo suas coisas, só não me mata. ㅡ sua voz tremia.

O outro riu.

ㅡ Pegue a mochila e corra, não queremos que seja responsável por um assassinato. ㅡ pega a arma e aponta ao lado de sua cabeça.

O assaltante arregala os olhos e sai correndo sem a mochila, querendo se afastar o mais rápido possível do rapaz louco que havia abordado.

Taehyung riu e pegou sua mochila jogada no chão, desengatilhou a arma e guardou.

As pessoas hoje em dia prezam demais suas vidas, pensou, enquanto virou a esquina, e entrou em sua rua, onde haviam mais placas de venda do que casas com moradores, sendo que ele próprio não tinha vizinhos próximos. Também tinha postes de madeira iluminando o caminho. Esta rua não era bem vista, parecia que havia parado no tempo. Suas casas eram antigas e tinham um ar sombrio e a estrada era de chão. Mas ainda assim, Taehyung sentia que era seu lar.

Em frente à sua casa, havia um poste de luz, que iluminava a entrada para a trilha que havia aberto, em meio ao mato crescido do jardim, que tinha preguiça de cortar. Se pôs a atravessar o jardim abandonado, e observou alguns vidros quebrados da casa por causa de brincadeiras malcriadas de pivetes. Ele havia abandonado a parte da frente, e morava só nos fundos, então não se estressava. Chegou na varanda de madeira gasta, e olhou para a lâmpada que havia deixado ligada. Os insetos a rodeavam, e alguns jaziam queimados no chão, por terem se aproximado demais. Estúpidos.

Pega a chave do bolso da calça e abre a porta, que range, depois a fecha e tranca novamente. Nem ligou a luz, pois já sabia o caminho, e não tinha nada para atrapalhá-lo, sendo que havia vendido todos os móveis. Segue até a outra porta, que separava as partes. Entrou na parte em que morava, e subiu as escadas e foi ao seu quarto, onde largou a mochila no chão, indo tomar um banho.

Enquanto se ensaboava, desligou o chuveiro. Abriu a janelinha acima de si, e sentiu o ventinho gelado da noite. Depois liga novamente o chuveiro e termina seu banho, colocando um pijama e querendo ir dormir logo, seus olhos já pesavam. Foi deitar sem comer, pois havia jantado pouco antes da hora extra acabar e estava sem fome. Se enrolou nos cobertores, como num casulo, e fechou os olhos, esperando o sono chegar.

Do lado de fora, embaixo do poste de luz, uma figura negra encapuzada observava a casa, e no chão, onde devia ter uma sombra, não havia nada.

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