♥My Best Nightmare [Kth+Jjk]♥

⏪Ataque⏩

Ele estava com sono e frustrado, as batidas na porta não haviam cessado até o primeiro raio de sol. Dormiu a manhã toda, mas não conseguiu recuperar o sono perdido e agora se encaminhava para o hospital, pelo menos terminando sua carreira decentemente. O que faria agora para sair do tédio? Será que jogariam um processo nele por causa do cadáver?

Entrou no hospital, e andou até a sala da administração. Bateu na porta e ouviu um "entre" gritado. Adentrou a sala e se sentou de frente para o homem, que muitos tinham medo, por ter uma aparência de mau. Tinha lá seus 50 anos e muita experiência nas costas.

ㅡ Que bom que veio, Taehyung. Queria mesmo conversar com você.

ㅡ Eu queria terminar as coisas do jeito certo. ㅡ Ele respondeu.

ㅡ Terminar? ㅡ O mais velho levantou a sobrancelha.

ㅡ Sim...?

ㅡ Eu não vou te demitir, Taehyung, se é o que está pensando. Vou te dar uma segunda chance, visto que é um dos melhores enfermeiros desse hospital. E que não aconteça novamente.

O mais novo ergue as sobrancelhas.

ㅡ Uau. Obrigado.

O cinquentão se recosta na cadeira e faz um gesto, o dispensando.

ㅡ Vá buscar seu jaleco reserva, e comece seu turno.

Taehyung se move para a porta, mas então pergunta, se virando.

ㅡ O que o médico legista falou?

Agora foi a vez do mais velho levantar as sobrancelhas.

ㅡ Ele teria motivo para falar algo?

ㅡ Não, nada. ㅡ mente, em tom firme e sai.

Vai pegar seu jaleco na salinha dos empregados, e começa seu turno.

⚫⚫⚫⚫⚫⚫⚫

Taehyung se encontrava em casa, se preparando para sair para uma boate. Era um dia de comemoração. Não havia perdido o emprego e tinha dinheiro pra gastar. O álcool e uma boa foda eram seu objetivo. Tinha saído rapidamente do trabalho, e pesquisado uma boate LGBT em sua cidade, logo encontrando e decidindo pegar um Uber para chegar lá. Ele era BI, então iria aproveitar já que tinha mais opções.

Trancou a porta da frente, e se encaminhou para o carro que já lhe esperava. Havia mandado mensagem minutos antes. Entrou e disse ao motorista o endereço da boate. Ele deu a partida e logo estavam em seu destino. Pagou a corrida e saiu do carro, que foi embora.

A fachada era bonita, com um letreiro em néon, decorado com luzes. Impossível de não ser notada. A noite parecia estar movimentada, já que pessoas das mais variadas se dirigiam para a boate. Fez o mesmo e se postou na fila, onde logo chegou na vez. Mostrou a identidade falsa e o segurança lhe entregou um copinho, que continha um líquido laranja. Bebeu sem titubear.

ㅡ Aproveite a noite.

Adentrou o lugar, passado por um corredor escuro, onde o som da música eletrônica abafada, pulsava nas paredes. No final, abriu uma grossa cortina, e foi como se estivesse entrando num mundo totalmente diferente do seu. Tudo era tão colorido. Sentia a bebida já fazendo efeito e abriu um sorriso, vendo a massa de corpos dançantes, em sua frente.

Se moveu para chegar no bar, e com muito esforço conseguiu. Iria beber e então achar alguém para passar a noite. Sentou-se na banqueta e um garçom logo veio atendê-lo.

ㅡ O que vai querer?

ㅡ A bebida mais forte que tiver. ㅡ mandou uma piscada e que foi retribuída por um olhar malicioso.

Sua bebida logo foi entregue e mais outras em seguida. Quando sua visão já estava rodando e ele cambaleava, se dirigiu para pista de dança, tentando dançar no espaço minúsculo que tinha para se mover e rindo. Logo sentiu alguém rodeando sua cintura com os braços e falando em seu ouvido, com voz masculina:

ㅡ Quer companhia?

Taehyung, como resposta, pressionou a bunda contra a pélvis alheia. O homem atrás de si riu, e começou a dançar consigo. Eles estavam mais se esfregando que qualquer outra coisa, e estavam ficando excitados com isso. O homem lhe virou, e ficaram cara a cara pela primeira vez na noite. Ele era bonito e parecia ter sua idade.

ㅡ Meu nome é Jay Park e o seu? ㅡpediu, com as mãos em sua cintura, e ainda se movendo ao som da música com o parceiro.

ㅡ Kim Taehyung, prazer. ㅡ solta um sorriso safado.

ㅡ Isso eu posso te dar, quer?

ㅡ Estava esperando você pedir.

O outro puxa sua mão através das pessoas e passam por outra grossa cortina, e outro corredor escuro, mas esse tinha escadas, que levavam para o andar de cima, onde haviam quartos. Subiram os degraus aos tropeços e risadas, e pararam em frente a um homem, que lhes entregou uma chave, e se dirigiram para o quarto dado.

Abriram a porta, nem lembrando de trancá-la e logo começaram a se beijar, os hálitos com álcool e uma pitada de cigarro, da parte de Jay Park, se misturando. Eles logo se despiram, sem muito sentimentalismo. Jay Park colocou Taehyung na parede e puxou sua bunda para ficar mais empinada.

ㅡ Vamos logo! ㅡ Taehyung resmungou.

Mas antes que ambos pudessem fazer algum movimento, Jay Park foi arremessado contra o lado oposto do quarto, e seu corpo, literalmente, afundou na parede de concreto. Tudo aconteceu tão rápido, que quando Taehyung se virou, gritou ao ver seu parceiro, morto, com o corpo todo quebrado, afundado na parede. Ele levou a mão à boca, já havia broxado há tempos, e pensou que depois daquela cena, nunca mais teria uma ereção. E se o encontrassem ali, ele seria preso! Precisava ir embora!

Vestiu suas roupas e pensou em como poderia sair dali, sem ninguém notar. Andou até a janela do quarto que dava visão para a parede do prédio vizinho. Abriu ela, e constatou que ao lado, havia uma escada de emergência, que poderia usar para escapar. Precisava se concentrar para não pisar em falso, com o álcool circulando pelo corpo.

Segurou firme no metal, e se içou para fora do quarto. Olhou para baixo, garantindo que não haveria ninguém no beco. Desceu rapidamente e em terra firme, mandou mensagem para um Uber vir lhe buscar. Foi até a calçada e respirou aliviado quando o carro veio. Sua viagem para casa foi rápida.

Quando entrou, foi ao banheiro, colocar pra fora todo o líquido que havia ingerido, e escovou os dentes, depois tomou um remédio para a dor de cabeça que começava. Era uma da manhã, e ele se jogou na cama, apagando, com álcool no sangue era mais fácil ignorar o que havia acontecido. Nem escutou que essa noite, as batidas eram na porta de seu quarto.

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