A primeira coisa que sentiu foi calor. Em cima de si. Concentrado em sua cintura, como se duas mãos a segurassem. Tentou se afastar, porque realmente estava muito quente, mas foi impedido, pelo aperto firme. Depois uma respiração em seu pescoço, também quente. Estava começando a sentir cheiro de pele queimada, e então, abriu os olhos, respirando rápido.
Se arrependeu logo em seguida, pela claridade e a forte dor de cabeça que o atacou. Lembrou do sonho, ou pesadelo, vívido que havia tido. Olhou para sua cintura, e sua roupa da noite anterior, estava queimada, no formato de duas enormes mãos, e sua pele avermelhada, ardia. Mas o quê era aquilo? Olhou ao redor do quarto, não achando nada fora do lugar. Acho que não é motivo para pânico se ainda estou vivo.
Flashes da noite passada, apareceram. Havia perdido sua foda, e agora o cara, que nem lembrava mais o nome, estava morto. Será que já haviam encontrado o corpo?
Pensou em ficar mais tempo na cama, mas então pensamentos sobre todas as coisas bizarras que estavam acontecendo esses últimos dias consigo, iriam começar a lhe atormentar, e isso ele não queria. Era um ser sem coração por não se importar com tudo isso? Talvez, e ele não ligava. Na verdade, esperava mesmo estar louco, para poder se internar num hospital psiquiátrico, e lá eles o dopariam com remédios e mais remédios.
Revirou os olhos com seus devaneios, escutando batidas em sua porta. Levantou-se, resmungando, e foi abrí-la, olhando para a empregada contratada.
ㅡ Você quer que eu faça seu café, senhor? Já fiz as compras. ㅡ oferece, educada, olhando para a roupa queimada, na cintura do homem, de olhos arregalados.
ㅡ Pode sim, já irei descer. Obrigado. ㅡ Então fechou a porta na cara dela.
Foi até o banheiro de seu quarto, e lá cuidou das leves queimaduras, e também tomou um comprimido para dor de cabeça. Havia gostado do tamanho das mãos, mas queria saber como aquilo havia acontecido. Tinha certeza que não era algo normal. Mas era algo que tiraria sua vida do tédio. Sorriu, e voltou ao quarto, onde trocou de roupa, e desceu, encontrando o café feito pela empregada, que não estava presente, provavelmente já limpando a casa.
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Seu dia se passou como sempre, a única coisa diferente, foi que teve que cuidar das mãos marcadas em sua cintura. Quando estava voltando para casa, viu um cachorrinho numa caixa com vários cobertores, onde havia uma plaquinha escrita "Me Adote". Olhou ao redor, e constatou que o cãozinho fora abandonado. Em relação às pessoas, seu coração era de pedra, mas amoleceu, quando viu o filhote abanar o rabinho, e olhá-lo esperançoso.
Como iria deixá-lo ali? Mas também, como iria cuidar dele, já tinha tantos problemas e era um preguiçoso, sem meta de vida nenhuma. Caguei, pensou. Iria ficar com ele.
Pegou o cachorrinho no colo, e foi até sua casa. Arrumou uma caminha ao lado de sua cama, e depois deu parte de seu jantar para o filhote, que estava faminto. Na hora de dormir, deitou-se na cama, e teve de convencer o filhote a dormir sozinho.
Taehyung fechou os olhos. Depois de muito tempo, escutou latidos do lado de sua cama. Uma presença cheia de calor. Mãos quentes em seu pescoço, que logo desapareceram. O cachorrinho não parava de latir, e ele não conseguia abrir os olhos.
Escutou então, um alto estalo, um ganido de dor e logo um choro. Dessa vez, abriu os olhos.
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♥My Best Nightmare [Kth+Jjk]♥
Random💀"Alguns fazem da liberdade sua própria prisão" e Taehyung era um deles. A partir do momento em que foi deixado por conta própria, travou, sem saber como prosseguir. Acabou se acomodando na vida e ela estava se desgastando, mas não tinha vontade de...