Capítulo 13: Indomável Vida Nova.

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— Bom dia amor, eu amo ver você dormindo até acordar é a coisa mais fofa do universo. — Sussurrou delicadamente em meu ouvido logo após me dar um belo beijo de bom dia.
— Amor, você que é um fofo, eu só não queria ter que sair dessa cama hoje. — Respondi me espreguiçando ainda na cama.
— Ora Senhor Arthur Lucchesi, o senhor tem uma reunião muito importante no escritório hoje, pode ir se arrumar já! — Disse ele me empurrando para fora da cama.
— Poxa Senhor David Lucchesi, eu queria passar o dia inteirinho com você em casa sem fazer nada, apenas nos amando. — Disse fazendo uma careta de "cãozinho que caiu do caminhão da mudança".
— Eu me casei com um advogado de respeito, não com um preguiçoso manhoso... — Murmurou David só de cueca em cima da cama.
— Eu sou esses dois em um, as vezes um advogado de respeito, as vezes um preguiçoso manhoso, são os meus dois estados de espíritos. — Disse subindo na cama e voltando a beijá-lo.
Nos beijamos mais um pouco e então eu decidi ir me arrumar para o trabalho, nós estávamos morando no mesmo prédio em que o meu pai mora, em um apartamento exatamente igual ao dele.
Vou até o nosso closet, escolho o meu melhor terno preto, a minha melhor gravata vermelha e o meu melhor par de sapatos pretos, me visto, me banho de perfume da Versace que o David adora, só para provocá-lo, olho pela janela do closet a magnifica vista da Park Avenue, o dia estava perfeito, claro com bastante raios de sol, mas sem estar calor do jeito que eu gosto me olho no espelho do closet e fico me admirando.

" com 25 anos e ainda estou com essa carinha de novinho, eu realmente sou muito bonito."

Volto para o quarto, mas David não estava mais lá, o tempo lá fora de repente havia mudado drasticamente, uma enorme tempestade estava prestes a cair em NY, sai procurando o David por todos os cômodos, sala, sala de jantar, cozinha, escritório, lavanderia e banheiro e nada dele, eu volto para o nosso quarto e me sento na nossa cama e o ambiente começa a ficar muito frio e eu começo a me tremer, assim que me levanto para pegar uma blusa o David aparece na porta do quarto chorando.
— Amor o que aconteceu? — Perguntei indo em sua direção, mas ele desapareceu novamente. Eu fiquei uns instantes parado na porta do quarto sem entender o que estava acontecendo, até que vi David novamente aparecendo do nada, só que dessa vez, na sala, sentado no sofá e chorando.
— Amor, o que está acontecendo? Por favor... — Disse correndo em sua direção, mas ele sumiu da mesma forma que antes. Eu já estava começando a ficar com medo, quando ouvi vozes vindo da cozinha, me assustei, mas logo reconheci aquelas vozes, era da minha família, mais especificamente do meu pai, mãe e irmão.
— Ele abandonou os estudos. — Disse o meu pai.
— Ele me abandonou. — Disse o meu irmão.
— Ele abandonou os seus sonhos. — Disse a minha mãe. Olhei para eles, estavam com uma feição muito triste, eu tento abraça-los mas eles somem como vapor.
Acordo muito assustado, eu estava sonhando, olho desnorteado para tentar identificar onde eu estava, estava em uma casa estranha e diferente eu nunca estive aqui, olho melhor ao meu redor e era um quarto bem vazio, tendo apenas a cama onde eu estava deitado e uma estante branca.
— Bom dia Arthur, nossa ontem você foi além do que eu imaginei... Você realmente é um cara destemido, olha, fazer tudo o que você fez ontem, tem que ter coragem. — Disse um rapaz muito lindo entrando em meu quarto, ele tinha a pele negra e brilhante, um lindo sorriso largo e olhos apaixonantes, seus cabelos eram curtos e encaracolados, aparenta ter uns 27 anos.
— Bom dia, nossa que dor de cabeça, me desculpa, mas quem é você? — Perguntei me sentando na cama.
— Nossa, perdeu a memória Arthur? Eu sou o Anderson, Anderson Chapelle nós conhecemos ontem à noite, você deu um show de strip, foi o melhor show de strip-tease que eu já vi em toda a minha vida. — Disse Anderson.
— Como assim? Eu fiz um show de strip? — Perguntei confuso.
— Sim, o melhor de todos. — Respondeu Anderson sorrindo para mim.
— Ok... e como eu parei aqui? Aqui é a sua casa né? — Perguntei.
— Sim aqui é a minha casa, você veio comigo após ter uma briga terrível com o Matt, eu sou um amigo dele, mas ele realmente foi muito babaca com você, enfim, os seus amigos estão na sala, talvez conversar com ele possa te ajudar a lembrar das coisas, venha eu te ajudo. — Disse Anderson me ajudando a levantar, chegando na sala, estavam deitados no sofá Carly e Erick, ao me verem chegando eles se sentaram e começaram a me fazer um monte de perguntas.
— Calma, eu estou bem, agora me contém tudo que aconteceu, porque eu sinceramente não me lembro de nada. — Disse me sentando ao lado deles.
— Enquanto vocês conversam eu vou ir preparar algo para comermos. — Disse Anderson indo em direção a cozinha.
— Caralho Arthur, você não lembra de nada? — Perguntou Erick.
— Pior que não, eu só me lembro da gente fazendo as compras, depois o meu cartão foi bloqueado, provavelmente por causa do meu pai, ai eu me lembro também da gente indo até a balada para trabalharmos, eu me lembro que começamos a arrumar as coisas e o Matt a me dar muitas bebidas, depois disso tudo fica escuro e eu não me lembro de nada. — Contei o pouco que me lembrava de ontem, me esforçando ao máximo para conseguir buscar algo em minhas lembranças, mas sem sucesso.
— Assim que chegamos lá e começamos a organizar as coisas, o Matt ficou te chamando toda hora, para você beber com ele, até ai tudo bem, mas depois de algumas doses, você já estava realmente alcoolizado, você queria ficar comigo na portaria para receber os clientes, mas o Matt não deixou, você queria ajudar a Carly na cabine de Dj, mas o Matt também não deixou, até que você ficou extremamente nervoso e disse que iria fazer um show de Strip, não acreditamos muito, afinal era o seu primeiro dia trabalhando ali, mas você convenceu a Carly a colocar a música Gimme More da Britney e convenceu o rapaz da iluminação a acender as luzes do palco para você, quando o Matt descobriu que você iria entrar no palco ele tentou te segurar, mas você deu um empurrão nele e subiu com tudo no palco... e para a surpresa de todos, fez um dos melhores shows da noite, todos que estavam na balada foram ao pé do palco te "prestigiar" você tirou a roupa durante a música, ficou totalmente nu e de pau duro em meio àquela multidão, você ganhou mais gorjetas do que todos os strippers profissionais de lá. — Disse Erick, enquanto ele me contava aquilo, eu me lembrava desse momento como um flash.

" Eu estou sentindo o meu corpo livre, todas essas pessoas me olhando e jogando dinheiro em mim, desejando o meu corpo, isso é sensacional, olha para todos esses homens que pagariam para ter uma noite comigo, olha para cada cara solteiro, namorando, casado, pai e mais velho, todos me desejando como um pedaço da maça do éden, Arthur Lucchesi, você é o melhor."

Me aproximei de um cara muito bonito na beira do palco e perguntei o seu nome. — Eu sou o Anderson! — Exclamou o belo rapaz.
Puxei ele para cima do palco e o coloquei sentado no chão mesmo, como já estava totalmente pelado, eu o beijei primeiro depois coloquei ele para me chupar, no começo ele estava um pouco envergonhado, mas depois de um tempo ele começou a me chupar com vontade e a se exibir para o resto do público, brincando com o meu pau.
— Eu me lembrei, eu não acredito que eu fiz isso, o que deu em mim. — Comentei colocando as mãos no meu rosto.
— Eu não sei, só sei que você deu um show no palco, literalmente e ainda ao sair do palco, teve uma briga feia com o Matt, que estava morrendo de ciúmes de você, ele estava muito interessado em você, até que ontem você cortou ele por completo. — Comentou Carly.
Eu sai do palco me sentindo forte e desejado, não sei, essa sensação estranha de que todos ali estavam me desejando é algo muito gostoso, quando ao olhar para o backstage Matt estava lá me esperando com uma cara de poucos amigos, tentei passar por ele sem que ele disse-se algo, mas ele me segurou pelo braço e disse.
— Como você pode fazer uma coisa dessa? Sem a minha autorização! Não foi para isso que eu te trouxe aqui. — Disse Matt segurando o meu braço com força.
— Mas foi para isso que eu vim, me solta, a última pessoa que me segurou assim nunca mais viu o meu rosto! — Disse me soltando com um puxão.
— Eu não quero você fazendo essas coisas Arthur.
— Você não é o meu dono, eu faço o que eu quiser, você mesmo disse que eu sou "diferente" e eu sou mesmo, eu não sou esses garotos que caíram no seu joguinho de uso, abuso e jogo fora, eu não estou aqui para ser o seu próximo brinquedinho Matt, muito menos satisfazer os seus gostos, eu não sou esse tipo de pessoa, você achou que por eu estar passando por um momento vulnerável eu vou cair nas suas garras? Jamais, ou eu trabalho aqui como eu quiser, sendo stripper ou eu estou fora, eu não vou ser o seu chaveirinho sexual, se é para eu expor o meu corpo, que seja por muito dinheiro e você viu que eu consigo muito. — Disse, indo me vestir.
— Depois disso, a gente veio com você, até a casa do Anderson, já que o Matt enlouqueceu e então achamos melhor evitar de dormir no apartamento dele. — Completou Erick.
Anderson chamou para tomarmos café da manhã, comemos e então criamos coragem para voltar, sabíamos que o Matt estaria lá no apartamento esperando a gente, agradecemos ao Anderson por toda a ajuda e hospitalidade e partimos de volta ao apartamento do Matt no Brooklyn.



**I'm not flawless, but I gotta diamond heart**

** X O X O **

Diamond Heart (Coração de Diamante) - Romance Gay PT-BR (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora