Assim que Antony foi embora Erick chega, eu estava jogado no sofá dele totalmente devastado, eu estava com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar, ele sentou-se ao meu lado então eu posicionei a minha cabeça em seu ombro e desabei a chorar, ele apenas me abraçava e dizia que tudo iria ficar tudo bem, eu estava começando a me apaixonar pelo Erick, a forma como é tão simples, resolvido e independente me encorajava e me inspirava, ele era diferente dos meus dois últimos amores, o Erick é um rapaz desprendido, mas o que me deixava muito amedrontado era a relação desse desprendimento, apesar de nos beijarmos sempre e transarmos também, mas eu sabia que tudo isso era casual, somos apenas amigos com benefícios, ele deve ter outros amigos com quem deve manter esse mesmo tipo de relação, mas nesse momento eu só tenho ele e a Carly é claro, porém eu moro com ele agora, eu o vejo acordar e adormecer, dormimos na mesma cama sempre que ele está carente e quer um carinho.
— Obrigado por tudo Erick, eu sei que desde que eu vim morar aqui eu estou atrapalhando a sua vida, poxa, você morava sozinho aqui e do nada tem um cara estranho atrapalhando toda a sua vida e rotina, me desculpa por fazer da sua vida uma merda, assim como a minha... — Disse me levantando de seu ombro.
— Arthur para com isso, você não tornou a minha vida uma merda, pelo contrário, eu sempre odeio viver sozinho nesse apartamento, você foi a melhor coisa que aconteceu comigo esse ano, no meio do mar de merda que é a minha vida você é a melhor coisa. — Disse Erick aproximando o seu rosto do meu.
— Erick, eu lembro da nossa primeira transa e no que conversamos depois, eu entendo que o isso que nós temos é uma coisa meramente casual, mas eu não posso negar, eu estou começando a gostar de você... — Disse afastando o meu rosto do dele.
— E? qual é o problema? — Perguntou Erick.
— O problema é que você deve ter outros amigos com quem faz as mesmas coisas e está tudo bem, o problema sou eu em começar a me envolver de uma forma... — Dizia quando fui interrompido por ele. — Eu não tenho outros caras com quem eu tenho essa relação que tenho com você, já até tive sim, mas a um bom tempo, as pessoas não curtem muito você quando descobrem que você trabalha em uma boate gay e eu me mudei a pouco tempo para cá lembra? Eu vim junto com o Matt, deixei tudo para trás na Califórnia. Então relaxa Arthurzinho e deixa rolar o que for para acontecer... Afinal eu também estou gamado em você. — Completou Erick me beijando delicadamente, um beijo doce, meloso e muito mais romântico do que todos que já demos.
Eu não consigo aguentar quando estou perto do Erick, é uma sensação de puro prazer sempre que começamos se quer a nos tocar, então naquele momento em que sentia a mão dele passeando pelo meu peitoral por dentro da minha camisa, já era motivo o suficiente para o meu pênis ficar ereto e ele sabia que ele tinha esse poder sobre mim.
— Uau senhor Arthur, de mocinho romântico a safado em um beijo, adoro. — Disse Erick pegando no meu pau por dentro da calça.
— Erick hoje não, eu sei que a barraca está armada, mas hoje não, podemos dormir juntos hoje? — Perguntei abraçando-o.
— Daqui para frente, vamos dormir sempre juntos. — Respondeu Erick devolvendo o abraço.
Acordo cedo, me arrumo totalmente em silêncio, para não acordar o Erick, tomo uma xicara de café, não curto café puro, mas hoje eu vou precisar, Antony já estava me esperando em frente ao prédio, ele estava dirigindo o "meu" carro, aquele carro que o meu pai comprou para mim mas eu nunca consegui tirar a carteira de motorista para dirigi-lo, como o transito ali era terrível corro para entrar no carro para irmos o quanto antes até o apartamento dos meus pais.
— Bom dia irmão. — Disse desconfiado.
— Bom dia Arthur, sobre ontem, evite contar sobre o seu novo "trabalho" nós estamos tentando arrumar as coisas e isso pode piorar tudo. — Disse Antony em um tom de aconselhamento.
— Tudo bem, eu não sei muito bem o que esperar dessa conversa, mas eu vou fazer a minha parte. — Respondi olhando a paisagem de Nova York, sim eu estava começando a ficar cansado dessa vista e dessa cidade.
Depois de um tempo chegamos no prédio onde os meus mais moram ao entrar pela portaria o Senhor Paul me comprimente, meu irmão mente dizendo que estava viajando, ao abrir a porta eu vejo os meus pais sentados no sofá da sala, eu e o meu irmão entramos sem dizer uma palavra, sentamos no sofá em frente a eles.
— Arthur, que bom que está bem, meu filho, eu te amo tanto, me desculpe por tudo, eu quase enlouqueci... — Minha mãe foi a primeira a romper o silencio, mas logo após as suas primeiras palavras ela começa a chorar, eu apenas a observava.
—Arthur, eu errei com você, a forma como eu quis resolver as coisas foi a pior possível, eu não deveria ter te posto para fora de casa, eu me arrependo, eu sinto muito, eu quero que você consiga me perdoar, eu sempre fui muito inflexível com vocês, com todos vocês e nunca parei para ver que as minhas atitudes eram toxicas e machucavam vocês, eu sinto muito, eu sempre acreditei que eu tinha que ser impetuoso para poder ser um bom pai, mas no final eu simplesmente machuquei vocês, principalmente você Arthur. — Desabafou o meu pai.
— Que bom que está revendo os seus conceitos, porem você sempre agiu dessa forma e naquele dia quando eu terminei com o David, eu não queria um pai impetuoso, eu queria um pai que entendesse, que me abraça-se e me consolasse, eu estava passando o pior naquele momento, mas o que você vez me marcou tanto, eu amo você, mas você é uma pessoa toxica, você manipula a minha mãe para que ela faça apenas o que você quer, por causa do seu ciúmes e machismo, por exemplo, você nunca incentivou ela a trabalhar ou procurar algo para fazer da vida. — Disse, olhei para a minha mãe e completei. — Mãe eu sei que é enlouquecedor ficar trancada vinte e quatro horas por dia dentro desse apartamento, eu sei que você tenta descontar toda a sua tristeza e depressão em compras e coisas fúteis, me desculpa por sempre te criticar e nunca parar para ver o seu lado, eu sei o quanto o meu pai pode ser tóxico, mesmo sendo um bom homem, então me desculpa mãe por tudo. — Olhei para o meu irmão então eu sorri para ele e disse. — Você sempre foi o meu refúgio, você sempre foi a pessoa pela qual eu procurava quando precisava de ajuda, você Antony me criou, você foi além de um irmão, mas tem um momento da nossa vida que precisamos parar de correr para o colo de quem nos protege e enfrentar a vida e eu não me arrependo de não ter ido chorar em seu colo, porque graças a isso, eu conheci pessoas novas, sai dessa bolha e agora estou me tornando a cada dia uma pessoa independente. — Conclui.
— Eu vou me policiar, para não machucar mais vocês, eu prometo. — Disse Bruce.— Eu amo vocês, meus filhos. — Completou ele vindo nos abraçar.
— Agora tudo vai voltar ao normal, com o Arthur de volta ao lar. — Disse Ashley vindo completar o abraço.
— Está tudo bem, eu perdoo vocês, porem eu não vou voltar a morar aqui, eu vou continuar morando onde estou... — Disse, engolindo seco.
— Como assim Arthur, onde você está morando? — Perguntou Bruce.
— Eu estou morando em um apartamento no Brooklyn, divido ele com um amigo, estou trabalhando para ajudar com as despesas. — Comentei, Antony me olhava como quem queria dizer "cala a boca menino".
— Arthur eu quero que você volte a morar com a gente! — Exclamou Ashley.
— Eu não posso, isso é importante para mim e para o meu amadurecimento. — Respondi.
— Tudo bem, você pode continuar morando com o seu amigo, porém, você vai ter que aceitar a ajuda que eu vou te depositar todo mês para você pagar o aluguel. — Disse o meu pai tentando segurar o seu nervosismo.
— Ok! Obrigado pai, eu posso pegar algumas coisas no meu quarto? — Perguntei.
— Pode sim, vai lá. — Respondeu Bruce.
Eu fui até o meu quarto, peguei as minhas duas malas e coloquei todas as minhas roupas, na minha mochila eu coloquei o meu iPad e o meu Macbook, peguei também os meus travesseiros, pois os do Erick ele não dividia.
— Obrigado, eu prometo vir visitar vocês sempre e qualquer dia vocês podem me visitar. — Disse abraçando os meus pais novamente.
— Ah! Arthur, você não vai ir para Stanford fazer advocacia, não é? — Perguntou o meu pai.
— Não, não vou, eu sinto muito pai, mas não é isso que eu quero, mas eu prometo que vou estudar alguma coisa que eu goste! — Disse abraçando-o fortemente. Antony me levou de volta para o apartamento do Matt, nos despedimos, subo as escadas com as duas malas e a mochila em minhas costas."Porra Arthur, você podia ter pedido a ajuda do seu irmão, como eu sou burro."
Subi as escadas com muita dificuldade, ao chegar no meu andar eu suspirei fundo, finalmente as escadarias haviam acabado, assim que eu abri a porta eu reparei que Erick estava sentado no sofá acompanhando por alguém que eu não conseguir identificar então eu me aproximei.
— David! O que você está fazendo aqui? — Perguntei surpreso deixando as minhas malas caírem.
**I'm not flawless, but I gotta diamond heart**
** X O X O **
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Diamond Heart (Coração de Diamante) - Romance Gay PT-BR (Em Revisão)
Teen Fiction(Romance/Drama/Aventura LGBT+) Arthur Salvatore Lucchesi, dezessete anos, mora com seus pais na cidade de Nova Iorque, um garoto comum, mas dono de uma beleza descomunal e um coração de diamante. Tem um bom coração e bons amigos, mas durante uma p...