Capítulo 5: São Preciso Dois.

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(Revisado)

       Marquei de encontrar o Taylor cedo para tomar um café e conversarmos, afinal eu queria saber o que ele tem a dizer sobre tudo que aconteceu. Acordei, escovei os meus dentes, arrumei o meu cabelo e me troquei, meus pais já tinham chegado de viagem, minha mãe ainda estava dormindo e meu pai estava na cozinha, então, resolvo passar lá para dar um oi para ele.

"Às vezes eu esqueço que moramos em um apartamento de tão grande que isso é, eu preferiria morar em uma casa para poder ter os meus cinco cachorros, mas o meu querido pai nunca irá sair desse apartamento, afinal ele ama mais esse apartamento do que eu."

— Bom dia pai! Como foi de viagem? — Perguntei entrando na cozinha e roubando algumas torradas da mesa.
— Bom dia Arthur, foi legal... — Respondeu meu pai seco, sentado tomando o seu café e lendo o jornal.

"Eu venho até aqui para tentar ter um diálogo com o meu pai e tudo que recebo é um 'foi legal' seco?"

— Ok... — Disse olhando para ele, que sequer abaixou o jornal para falar comigo.
— Então, vou sair para tomar café com o Taylor, até mais... — Respondi saindo da cozinha.
— OK, cuidado. — Disse ele levantando a sua xícara de café. Saí de casa e entrei no elevador, desci e notei que estavam tirando coisas de um caminhão de mudança estacionado em frente ao meu prédio.
— Bom dia Paul, morador novo? — Perguntei ao Porteiro, um senhor de 70 anos, um doce de pessoa, sempre gostava de conversar com ele sobre os seus netos e essas coisas de avô.
— Bom dia Arthur, sim ele é o novo morador do 212, veio da Califórnia... — Respondeu Paul segurando uma rosquinha.
— Entendi. — Disse, quando eu vi um homem alto, branco com cabelos pretos, um rosto muito bonito e um porte parrudo, aparenta ter uns trinta anos.
— Oi, bom dia. — Disse o rapaz se aproximando de nós.
— Senhor Hudson, esse é o Arthur Lucchesi mora na cobertura. — Disse Paul, me apresentando.
— Olá, Arthur é um prazer. — Disse me estendendo a mão.

"Que perfume bom, nossa que delícia."

— Oi, prazer Senhor Hudson. — Respondi cumprimentando-o.

"Que mão macia e pele sedosa."

— Pode me chamar de Matt. — Respondeu soltando o nosso aperto de mão e passando a mesma em seus cabelos. — Você mora aqui há muito tempo? — Completou.
— Sim, eu nasci aqui em Nova Iorque e moro nesse prédio desde sempre. — Respondi olhando para o hall do mesmo.
— Entendi, eu queria muito comprar a cobertura, mas seu pai é invencível, ele não aceitou nenhuma proposta que fiz. — Disse Matt me olhando dos pés à cabeça.
— Eu sei, eu queria muito mudar daqui, apesar de gostar de morar aqui no centro, eu queria ir para uma casa... Mas fazer o que? Ele ama esse apartamento mais do que me ama. — Respondi sorrindo.
— Imagino o tamanho do amor dele por você. — Disse Matt.
— Bom agora eu vou indo tenho um compromisso, até mais Matt. — Respondi acenando para o Paul que já não estava mais próximo da gente.
— Até, depois passa lá em casa, 212, podemos conversamos melhor... Tchau. — Disse Matt se virando para me olhar. Apesar de ter achado estranho o convite eu achei o Matt um rapaz bem legal, diferente de todos que moram na aquela merda de prédio, vou até a cafeteria mais próxima e fico esperando o Taylor chegar. Ele chega parecia estar bastante nervoso.

"Lá vem o cão arrependido."

— Oi, Posso me sentar? — Perguntou Taylor, ele estava com uma aparência péssima parecia que estava chorando há dias pois estava com os olhos muito inchados, ele vestia uma calça de moletom e uma blusa de frio rasgada que ele só usava para ficar em casa.
— Claro, você me chamou aqui para conversamos. — Respondi sarcástico analisando a aparência dele. Ele não disse mais nada, se sentou, pôs as mãos sobre o rosto e tentou segurar o choro, mas logo estava escorrendo lágrimas pelas suas mãos.
— Taylor eu não vim até aqui para ver você chorar! — Disse ficando bravo com aquela cena.
— Eu não sei como começar... Não sei o que dizer, eu esperava que você me pedisse desculpas, resolvesse isso... — Disse Taylor chorando.

Diamond Heart (Coração de Diamante) - Romance Gay PT-BR (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora