Orion | JUNGKOOK (CONCLUÍDA)

O meu poder é MELHOR

Me sentei na cama ao seu lado, os gritos abafados dos meninos eu podia ouvir do quarto. Ele logo se sentou em minha frente, é tão estranho começar a história da sua civilização, contar para outra pessoa que não faz a mínima ideia de nada, contar a história dele, sem ele saber.

— Pode começar. — Falou animado, demonstrando um sorriso, deixando seu maxilar mais marcado que o normal, corri meus olhos por todo seu rosto e reparei em uma cicatriz em sua bochecha. Se ele tivesse vivido no reino, essas marcas seriam de puro treino, igual a do meu queixo. Toquei o queixo levemente. — Você está me deixando ansioso atoa.

— Hm? — Me despertei dos pensamentos e o olhei de novo. — Aaaaah! — Dei um soquinho em minha mão aberta. — Por onde eu posso começar...

— Pelo começo. — Falou de forma óbvia.

— Certo... — Agora eu me mantinha ansiosa, ansiosa para saber as reações dele, saber se ele ia pensar como eu. Maravilhado. — Há centenas de anos atrás, existia apenas um ser.

— Um ser? Era tipo o que? Um homem? — O olhei sem reação. — Pode continuar.

— Sim, um ser dono do universo, onipotente. — Comecei novamente. — O nome dele é Vulkox.

— Que nome legal.

— Eu também acho, combina totalmente com o que ele é. — Sorri.

— E o que ele é?

— Deixa eu continuar JungKookie! — Falei formando um bico nos lábios.

— JungKookiee... — Sibilou baixinho e rio. FOFO, ai eu não quero continuar contando, seria errado querer beijá-lo? Porque eu quero isso.

— Vulkox é o dono do universo, de tudo. TUDO! — Dei ênfase.

— Vulkox é dono da porra toda, já entendi.

Rimos.

— Certo, ele se sentia muito sozinho sabe, carentão. — Ri mais com ele. — E fez oitenta e oito constelações, fez oitenta e oito filhos.

— Caramba... E eu achando ruim que a minha amiga de escola tenha quatro irmãos.

— Nossa, pensa que aqui somos como irmãos. — Pensei, o que não deixava de ser mentira, pelo menos alguma parte.

— Agora eu sei porque ela reclama tanto... — Colocou a mão no queixo e formou um pequeno biquinho nos lábios. — Então rolou uma guerra, porque aqui já rola com vocês, explode tudo, um caos.

— YAH! — Ri. — Sim, aconteceu uma guerra, mas não foi com esses filhos. Eles não eram bagunceiros, muito pelo contrário, são seres especiais. — Respirei fundo. — Tão especiais que um de seus filhos desenvolveu habilidades excepcionais.

— Tipo quais?

— Poderes.

— Isso é coisa de filme S/N-ah. — Se jogou na cama.

— Espera, quando você ouvir a história toda, você julga ela. — Falei ríspida. — O seu filho acabou recebendo uma atenção especial, seu pai, Vulkox decidiu deixar ele ter seu próprio povo, dando a ele esta habilidade. Tornando seu filho um semi-onipresente.

— E qual é o nome desse filho? Você só falou o dono de tudo. — Seus olhos se encontraram com os meus, apesar de não querer parecer, ele estava sim curioso.

— Órion.

Seu tronco se levantou rapidamente. — Uwaaa....

— Com isso, Órion se tornou mais famoso. Ele criou seu povo e estava disposto a fazer como seu pai fez com ele.