A ameaça chegou

166 9 0
                                    



JungKook POV

Da sala do interrogatório eu a via sentada em frente a Soy, seus olhos estavam em um branco vivido e, apesar de usar seu poder, a sala estava em um completo silêncio. Eu posso até dizer que prefiro o poder do Chanyeol, mas como Jin mesmo disse, S/N consegue ser assustadoramente poderosa e ninguém além do Heechul viu o seu poder quase no total. Pelo que me disseram esse é o mentor dela em Mintaka, tio do Chanyeol. As histórias ainda estão fazendo sentido em minha cabeça, em pensar que eu sou um príncipe e que estou predestinado a uma profecia, me assusta.

Hobi e Suga entraram na sala em silêncio.

— E então? — Hobi perguntou parando ao meu lado.

— Até agora nada. — Murmurei, eu me sentia impotente, queria fazer alto, queria meus poderes. E ninguém entendia porque não despertou ainda.

— Estão assim a quanto tempo? — Dessa vez foi Suga a perguntar.

— A quase duas horas. — Olhei para o relógio na tela.

— Ela deve estar fazendo uma faxina geral. — Hobi se sentou na cadeira de comando ao lado da minha. Franzi o cenho sem entender.

— Você não tem ideia do que ela pode fazer, não é? — Hobi se divertia com minha confusão, cerrei os olhos bravo.

Suga veio e se encostou na mesa, de frente pra mim e de costas pra elas.

— Ela consegue revirar todo o passado, usando só telecinese. — Pontuou. — Quando eu disse que ela era mais poderosa que o Chanyeol, eu estava certo. — Deu um sorriso ladino. — Não é porque eu sou tutor dela, mas ela tem muitas técnicas que nem chega aos pés de Dóro.

— Dóro? O pai dela? — Arregalei os olhos.

— Normalmente os reis são mais poderosos nas histórias contadas, mas em Órion a cada criança que nasce, ela pega o poder do pai, da mãe e o dela. — Hobi completou. — Ou seja, seu filho vai ser tão poderoso quando vocês dois.

— Meu filho? — Pisquei várias vezes.

— Hobi, não apresse as coisas. — Suga riu.

— Só tô dizendo a verdade. — Eles riram, eu acabei rindo também, afinal eu não me imaginaria sendo pai nunca.

Antes de fazer mais alguma pergunta, S/N se levantou e nos olhou.

— Acabei. — Falou com a voz abafada do vidro, tocou um botão na nave e o vidro passou a descer, virando assim uma sala só. — Eu tenho duas exigências.

Olhei pra Soy, que tinha o olhar baixo, lágrimas escorriam por seus olhos, olhei novamente para S/N atento a sua voz e seus olhos não estavam diferente, me pergunto o que aconteceu com elas.

— Faça, você tem todo o direito. — Suga falou de forma divertida.

— Não vai perguntar se ela conseguiu? — Perguntei estranhando.

— Olha pra Soyeong. — Hobi falou, meu olhar voltou pra ela, que mantinha a cabeça abaixada. — É nítido que S/N mexeu em alguma lembrança dolorosa, você acha mesmo que ela não conseguiu?

Me calei e observei S/N que mesmo afetada sorriu amorosamente pra mim, sorri de imediato, meu peito sempre se enchia de alegria quando estava com ela, não sei se por sermos predestinados ou qualquer outra coisa, mas sempre que estávamos juntos, era como se nada mais existisse.

— Eu gostaria que vocês deixassem ela livre. — Falou a primeira para a minha surpresa e a de Hobi.

— Você não acha que é um pouco demais? — Hobi perguntou cauteloso.

Orion  | JUNGKOOK  (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora