09. Boa madrugada

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Estamos — Lili e eu — no Drive In, vendo Hustlers, em cima do capô do meu carro, enquanto comemos o mundialmente famoso hambúrguer do Pop's.

— Está gostando do filme? – pergunto.

— Sim. — diz seca.

Ela está assim comigo desde que eu saí de sua sala hoje mais cedo, o que é estranho, até porque a gente estava bem. Será que foi algo que eu disse?

— Por que você tá assim?

— Assim como?

—Estranha...

— Talvez porque eu achei que estava gostando de um cara, mas ele me deu um fora de forma indireta.

— Pera, você tá falando de mim ou...

— Sim, eu tô falando de você. — ela me interrompe.

— Me desculpa, mas eu não te dei fora nenhum.

— E quando você disse "Não, não, mais tarde" e se esquivou de mim? Olha, eu achei que a gente estava tendo um "lance", mas parece que eu estava errada.

— Eu realmente não queria ter transparecido isso, me desculpa. Só achei que não era um bom lugar e momento pra gente...você entendeu.

Lili não responde e volta sua atenção para o filme, que inclusive, já estava no final. Quando o mesmo acaba, entramos no carro e vamos em direção a casa de Lili. No meio do caminho, decido tentar chamar a atenção dela novamente. Coloco minha mão em sua coxa e sinto a mesma arrepiar.

— Lili, por favor, fala comigo.

Ela olha em meus olhos e cola seus lábios nos meus, iniciando um beijo apaixonado e doce.

Acabamos o beijo e seguimos rumo a casa de Lili. Ao chegar lá, a mesma se vira pra mim e se aproxima do meu ouvido.

Quer entrar?

Sorrio e assim entramos na imensa casa a nossa frente. Lili fecha a porta da sala e vamos até seu quarto.

Ao chegar em seu quarto, iniciamos mais um beijo lento, com selinhos no meio, e assim também começamos a tirar nossas roupas.

A deito na cama e fico por cima da mesma, distribuindo beijos por todo seu pescoço e a vendo arrepiar.

Já sem roupas, desço meus beijos até sua intimidade e estimulo, fazendo Lili gemer alto.

— Cole...

Ela puxa meus cabelos, enquanto se contorce com prazer.

Ouço um barulho de campainha e Lili se afasta de mim de uma vez.

— Quem será? Já são mais de meia noite... — diz a mesma.

— Queria muito apenas ignorar a campainha, mas é melhor você ir ver quem é.

Nós vestimos uma roupa rapidamente e fomos até a sala.

— Boa madrugada. Lili Reinhart? — diz um homem de terno quando a mesma abre a porta.

— S-sim, sou eu. Mas quem é você?

— Sou Frederic Jonhson, o secretário pessoal de sua mãe. — ela arregala os olhos quando o homem diz a palavra mãe. — A senhora Reinhart sofreu um acidente e precisa que você esteja no hospital.

— Por que não ligou? Era realmente necessário vir aqui pela madrugada?

— Emergências não têm hora para acontecer.

— Ok. Amanhã eu vou pra aquela merda de hospital. — diz Lili fechando a porta, mas Frederic coloca seu pé no meio, impedindo a mesma de fechar.

— Desculpe, senhorita Reinhart, mas acho que não entendeu. É uma emergência. Precisa estar lá agora.

Lili olha para mim e depois volta o olhar para Frederic.

— Ok, vou me arrumar e meu...meu...meu namorado vai comigo até o hospital. — depois de falar, a mesma fecha a porta.

— Namorado, é? — digo me aproximando dela, quando chego perto, seguro sua cintura e a puxo para mais perto ainda.

— Sim. Namorado. — diz com um sorriso malicioso, me puxando para um beijo um pouco demorado e cheio de selinhos.

Subimos para o quarto e vestimos uma roupa decente para ir ao hospital. Saímos de casa e vamos direto para o meu carro.

— Aí, o que você tem com sua mãe? Agiu estranha quando o tal de Frederic mencionou o nome dela. Quer conversar sobre? — digo enquanto dirijo.

Lili vira seu rosto para mim e me fita por um bom tempo, sem quebrar contato visual.

— Bom, talvez seja uma história para outra hora. — diz com um leve sorriso.

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𝗔 𝘁𝗿𝗮𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 | sprousehart Onde histórias criam vida. Descubra agora