Capítulo 007

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Ludmilla PDV


LUDMILLA ESTÁ SOLTEIRA!
A cantora Ludmilla está solteira segundo fontes próximas a cantora. Segundo a fonte a separação ocorreu a quinze dias atrás depois de uma discussão do casal e a blogueira Brunna Gonçalves acabou saindo de casa. Procuramos a acessória da cantora que não quis se pronunciar.

Eu acabei me segurando para não jogar o meu celular na parede mais aquilo acabaria não ajudando em nada. Desliguei o aparelho, coloquei ele em cima da casa e m

e xingando mentalmente umas dez vezes. Meu mundo estava piorando mais a cada segundo e agora todos iriam saber da minha separação com a Brunna. Me deitei na cama, fechei os olhos e soltei um longo suspiro.

Desde que a Bru tinha ido embora de casa que tentei várias vezes falar com ela pelo celular, porém sempre fui ignorada e trocavamos mensagens para ela me dizer como o Théo estava e quando ia mandar o Brunno vim deixar o meu pequeno aqui em casa. A Brunna tinha se magoado ao máximo e se não fosse pelo Théo pelo jeito nem teríamos contato.

Ouvi a porta do meu quarto sendo aberta, abri o olho e dei um pequeno sorriso ao ver o Théo no colo do Marcos. O meu pequeno era o único que conseguia me animar nessa vida de droga, me sentei na cama e sorri quando ele correu na minha direção. O peguei no colo, me joguei de costas e ele gritou quando caímos na cama.

Théo: mamãe - ele falou dando risada
Ludmilla: meu pequeno - falei o abraçando aperto
Théo: vai me matar - resmungou
Ludmilla: eu estava com muita saudades de você - falei beijando o rostinho dele
Théo: também - se sentou na minha barriga - mamãe
Ludmilla: Oi pequeno - falei o olhando
Theo: eu queria dormir com você e a mamãe Bru - fez um bico
Ludmilla: por enquanto não pequeno - apertei o nariz dele
Théo: porque? - perguntou curioso
Ludmilla: cadê a sua mamãe Bru? - perguntei o olhando
Théo: com a vovó - respondeu simples
Ludmilla: a Mia veio com a Brunna te deixar aqui? - perguntei novamente
Théo: não - sorriu - vovó Sil

Opa! A Brunna estava aqui em casa? Era isso mesmo? Dei um pulo da cama segurando o Théo que apenas deu risada achando divertido e levou aquilo como uma brincadeira. Desci as escadas quase que correndo mais com cuidado por causa do Théo, olhei na sala mais estava vazia e fui na direção da cozinha onde provavelmente ela estaria.

O meu coração acelerou como da primeira vez que tinha a visto naquela sala onde estava acontecendo     a seleção para o meu primeiro ballet como Ludmilla. Suspirei enquanto ficava olhando para a Brunna que estava concentrada comendo algo que logo identifiquei ser o doce que a Luane sempre fazia. Ela estava linda e o sorriso que ela tinha em seu rosto fazia o meu coração acelerar.

Théo: mamãe Bu - ele gritou - a mamãe Lud

Quando o Théo parou de falar a Brunna virou o rosto na nossa direção e o sorriso dela sumiu do rosto ao meu ver. Aquilo fez o meu coração sentir que estava sendo furado em milhares de buracos, coloquei o Théo no chão que correu na direção dela e eu suspirei totalmente sem jeito. Brunna estava me evitando nos telefones, porém agora estava na minha frente

Ludmilla: Oi Bru - falei e suspirei
Brunna: Oi Ludmilla - ela falou seria - príncipe, cadê o seu boneco?
Théo: não sei - fez um bico
Silvana: vamos procurar meu gostoso

A minha mãe ofereceu a mão para o Théo que saiu todo animado e eu dei um sorriso já que sentia falta demais do meu pequeno correndo pela casa aprontando alguma arte. Respirei fundo olhando para a Brunna que se levantou da cadeira onde estava sentada e foi na direção da pia onde colocou o potinho que antes estava comendo.

Ludmilla: Bru - falei me aproximando de onde ela estava
Brunna: Oi - falou sem me olhar
Ludmilla: eu sinto a sua falta - falei sincera - está sendo horrível ficar sem ter você por perto
Brunna: eu pensei que já estava acostumada - ela falou ligando a torneira e levando o potinho
Ludmilla: eu jamais me acostumaria com isso - falei seria
Brunna: mais você se acostumou durante um bom tempo - virou o rosto na minha direção - quando estávamos casadas, você passava tempo longe em turnês e quando chegava em casa acabava saindo para todos os eventos possíveis
Ludmilla: faz parte do meu trabalho a rotina cansativa e agitada que eu tenho - me defendi
Brunna: entendo - suspirou - e quanto a me afastar do ballet? A não me deixar te acompanhar nos shows?
Ludmilla: não tinha como continuar sendo bailarina depois que tivemos o Théo - argumentei - você precisava ficar em casa pra cuidar dele e não pode ficar indo pra todos os cantos comigo
Brunna: você está se comportando como um homem machista - reclamou - eu não me casei com a droga de uma pessoa machista
Ludmilla: eu não sou machista - me defendi
Brunna: eu não quero mais uma vez discutir com você - falou cansada
Ludmilla: eu não quero brigar com você - toquei no ombro dela com as pontas dos dedos - eu amo você - suspirei - amo tanto que me chega a doer - aproximei minha boca da sua orelha - você ainda me ama, Bru?
Brunna: óbvio que ainda te amo - suspirou e se afastou - mais nem sempre apenas o amor é suficiente para um relacionamento
Ludmilla: o nosso amor é maior que tudo - peguei na mão dela - juntas podemos arrumar toda essa bagunça
Brunna: primeiro você tem que procurar arrumar essa bagunça - falou tocando na minha cabeça - depois que podemos conversar
Ludmilla: o que você tá querendo dizer? - perguntei um pouco confusa - tá me mandando fazer o que?
Brunna: terapia - suspirou - preciso ir trabalhar e o Théo vai ficar por aqui - falou me olhando - tem problemas?
Ludmilla: se eu começar a fazer terapia - parei um pouco para pensar - você teria um encontro comigo na semana que vem?
Brunna: se você mudar esses pensamentos durante a terapia - falou me olhando - tchau Ludmilla
Ludmilla: tchau, Bru

Suspirei passando a mão pelo meu rosto e agora eu precisava procurar um terapeuta para que ajudar a ter a minha esposa de volta. Eu ainda não o seguia acreditar que estava sendo uma total idiota sem ao menos perceber. Eu tinha sido tão idiota ao ponto de perder a minha esposa por uma bobagem ou paranóia?

Desculpa a demora

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