Capítulo 22

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Brunna PDV

Eu nunca pensei que um dia fosse acabar passando por tudo isso que estava acontecendo na minha vida desde que recebi a notícia que a Lud tinha sofrido um acidente e estava internada no hospital. Algumas das piores horas da minha vida foi enquanto estava abraçada a tia Silvana na espera de que um médico aparecesse para avisar o estado da saúde que a Ludmilla estava e me lembro como se fosse hoje.

Flashback On

Eu estava abraçada a Silvana enquanto esperávamos por noticias sobre a Ludmilla. O meu coração estava acelerado, as lágrimas molhavam o meu rosto e tudo que eu precisava agora era ouvir que a minha mulher estava bem. Queria tanto escutar a minha mulher reclamando de estar em um hospital. Um médico apareceu na sala de espera, ainda usava roupa de centro cirúrgico e a expressão que tinha em seu rosto não era das melhores

Médico: familiares de Ludmia Oliveira? - ele perguntou
Todos: nos - levantamos as mãos
Médico: marido? - perguntou olhando
Brunna: eu sou a esposa - respondi rapidamente - como a minha esposa está?
Silvana: como a minha filha está? - perguntou desesperada
Médico: eu sinto muito - ele falou nos olhando - as notícias não são boas
Brunna: não - gritei chorando - me diz que a minha Lud está bem
Médico: a paciente teve que passar por uma cirurgia - ele explicou - mais devido a uma pancada na cabeça a Ludmilla está em coma

Flashback Off

Naquele dia eu descobri que o amor da minha vida estava em coma e isso já faz uma semana que a Lud está em cima de uma cama. Desde que o médico liberou um acompanhante que eu passo o meu dia todo ao seu lado saindo apenas algumas horas para ficar com o Théo e pra deixar a tia Silvana ter o momento dela com a Ludmilla.

Estacionei meu carro em uma das vagas do estacionamento do hospital, entrei na recepção, cumprimentei a recepcionista e peguei o meu crachá de acompanhante para poder subir para o quarto onde a Lud estava internada. A minha rotina dentro daquele hospital estava tão comum que já conhecia alguns enfermeiros e médicos que cuidavam da Lud ou que eu simplesmente encontrava nós corredores.

Sai do elevador indo na direção do corredor onde ficava o quarto onde a Ludmilla estava internada, parei em frente a porta e a abri para encontrar uma cena que sempre considero fofa demais. O Yuri está sentado na cama fazendo um cafuné nos cabelos da Ludmilla e eu queria tanto que ela mudasse a expressão para a que ela sempre tinha por causa do jeito manhoso que ela ficava ao receber um cafuné.

Silvana: Oi Bru - ela falou ao notar minha presença
Brunna: Oi sogrinha - dei um beijo em seu rosto - como ela passou a noite?
Silvana: da mesma forma de sempre - suspirou - não aguento mais ver a minha filha dessa forma
Brunna: logo ela vai acordar, Sil - falei a abraçando
Silvana: que Deus te ouça - falou suspirando - como o meu neto está?
Brunna: um pouco melhor por que prometi que ia trazer ele pra ver a Lud - suspirei triste - não sei se ele vai entender

Fiquei conversando mais um pouco com a minha sogra e o Yuri que me falou que quando chegasse em casa já brincar um pouco com o Théo pra distrair o meu pequeno, eu agradeci e depois me despedi deles que iam para casa já que o Renato estava esperando lá em baixo.

Quando a porta se fechou a minha atenção ficou apenas para a Lud que estava imóvel na cama e parecia estar em um sono tão profundo. Era esquisito demais ficar vendo como ela estava quieta, logo ela que quase nunca dormia muito e ainda mais tão quietinha daquela forma. Me aproximei da cama para tocar o seu rosto que tinha alguns pequenos aranhões e uma marca roxa na testa. Toquei seu rosto fazendo um carinho leve, aproximei minha boca da dela e dei um selinho demorado

Brunna: bom dia, minha vida

Havia alguns fios espalhados pelo seu corpo que estavam ligados ao equipamentos que estavam acompanhando os batimentos cardíacos dela. O soro em seu braco, uma mão enfaixada e uma perna com curativo era todos os machucou que tinha visível já que a marca da cirurgia tinha sido na barriga e não era muito grande.

Meu celular começou a tocar, vi na tela que era o Cayo e atendi a ligação. Ele estava me ligando para saber como a Ludmilla estava e eu contei que ela ainda continuava da mesma forma. Cayo tinha ido visitar a Ludmilla no dia depois do acidente e também se despediu de mim já que ele estava indo embora do país com a nova namorada dele. Me despedi dele avisando que depois iríamos marcar algo lá em casa, desliguei o meu celular e me virei para encontrar a cena mais incrível da minha vida

Ludmilla: avisa a ele que eu ainda não morri - ela falou emburrada e com a voz fraca - você ainda é minha

Prontinho!!!


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