Capítulo 23

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Ludmilla PDV

Fazia um mês desde que eu tinha sofrido o meu acidente e hoje o doutor tinha finalmente me liberado para ter uma vida normal, porém ainda não podia fazer grandes loucuras como andar com a minha mulher pela casa toda no colo. Nesse momento estou parada em frente a parte do closet onde ficavam as minhas camisas e a indecisão estava grande.

Domingo era dia de almoço de família e a Brunna resolveu fazer um almoço em comemoração a liberação que o médico tinha me dado. Nossos amigos mais íntimos tinham sido convidados, a família Coelho e outros integrantes da minha família. A casa estava cheia, o pagode rolava lá fora e eu podia ouvir os gritos animados do Théo.

Brunna: a minha esposa é muito linda

Ouvi a voz da Brunna atrás de mim, virei o meu rosto e sorri ao ver a minha esposa parada na porta do nosso closet. Ela estava linda demais, o sorriso em seu rosto fazia o meu coração disparar e sem dúvidas eu era uma mulher de muita sorte. Ela sorriu caminhando na minha direção, ficou nas pontas dos pés e me deu um selinho.

Ludmilla: só isso? - perguntei a olhando
Brunna: o que você quer mais? - perguntou sorrindo
Ludmilla: um beijo daqueles

Falei olhando para a Brunna que sorriu aproximando o rosto dela do meu, colou os nossos lábios e no minuto seguinte já estávamos trocando um beijo cheio de carinho. Era incrível como a boca dela parecia se encaixar perfeitamente a minha, a minha língua explorava a boca dela e minhas mãos apertavam a cintura dela. Estávamos curtindo o nosso momento, porém acabamos sendo interrompidas

Mia: viada - ela deu um grito - abaixa o fogo e vamos logo
Brunna: Mia - gritou
Mia: até hoje você ainda mia - revirou os olhos - Oi norinha
Ludmilla: Oi sogrinha - eu sorri a olhando - atrapalhou viu
Mia: norinha, eu e a sua mãe vamos no mercado com essa garota - apontou pra Brunna - ela nos deixou dentro do carro pra vim pegar uma camisa e não apareceu
Brunna: queria que eu fosse vestindo ao a parte de cima do biquíni? - perguntou olhando para a mãe
Mia: o que tem demais? - perguntou olhando pra Brunna e depois me olhou - sua esposa tinha o costume de puxar a minha blusa pra baixo e deixar meus peito tudo pra fora pra mamar
Brunna: Mia - ela gritou morta de vergonha
Mia: dois minutos esteja lá em baixo ou eu vou contar outras coisas suas

A minha sogra saiu do quarto, mas antes ameaçou a Brunna mais uma vez e eu apenas consegui dar risada da cara que a minha esposa estava. A minha sogrinha era um ícone e ninguém podia descordar disso. Troquei um beijo rápido com a Bru, ela pegou uma das minhas camisas e saiu praticamente correndo do quarto com medo da Mia vim atrás dela.

Quando cheguei a área do jardim onde estava acontecendo o churrasco em minha comemoração. Logo algumas pessoas vieram falar comigo, me perguntando como eu estava e eu fiz questão de responder a todos da melhor forma possível. Foi impossível não dar uma risada quando eu vi o meu cunhado ensinando o Renatinho a dançar. Por acaso eu já cometei que o meu cunhado era dançarino quando mais novo? Na família coelho só tinha dançarino e quem sabe o meu pequeno vá nesse rumo.

Théo: mamãe Lud

Ele gritou todo animado, eu sorri olhando na direção e ele estava na piscina com o Renatão que babava demais no meu moleque como se fosse neto de sangue dele. Me aproximei da beirada da piscina onde peguei o Théo no colo para o tirar da piscina e depois o coloquei no chão para pegar o roupão dele que estava jogado por ali.

Théo: quero carne

Ele não negava ter o dna da Brunna, peguei na mão dele e fomos para perto da churrasqueira onde o meu sogro estava conversando com o Tio Roberto. Seu Jorge rapidamente atendeu o pedido do neto por carne pegando um pedaço e cortando em vários pedaços que fez a felicidade do meu menino. Assim passei algumas horas curtindo o churrasco com todo mundo que estava em volta de mim.

Eu estava sentada em uma cadeira em volta de uma mesa redonda onde se encontravam também o Marcos, Renatinho, Romulo, meu sogro, meu cunhado e o tio Roberto que estava com o Michel dormindo no colo dele. Não podia falar nada do tio Roberto já que o Théo estava dormindo tranquilamente no meu colo, eu tinha dado um banho nele e colocado uma roupinha pra ele poder brincar com o Michel na grama. Porém dos dois foram vencidos pelo cansaço.

Brunna: Oi, oi – ela falou com aquele sorriso lindo – vou levar esse rapazinho pro quarto dele

Ela falou pegando o Théo no colo, porém estranhei que nenhum momento ela olhou para mim. Fiquei apenas observando a Brunna entrar em casa com o Théo no colo e suspirei já imaginando que tinha acontecido alguma coisa. Tomei o restante da minha cerveja zero álcool, me levantei da cadeira e fui na direção da porta. Quando entrei me assustei ao ver a minha sogra toda seria de braços cruzados

Mia: olha aqui, Ludmilla – ela nunca me chamava pelo nome – se você subir naquele quarto e a minha filha descer chorando – ela apontava o dedo na minha cara – eu posso ir presa, mais quebro essa sua cara de pau

Não pude responder nada já que a minha sogra saiu igual um furação da sala, respirei fundo já me preparando para uma possível briga e subi para o meu quarto onde esperava encontrar a Brunna. Entrei no nosso quarto onde realmente a minha esposa estava. Ela se encontrava sentada na cama mexendo no celular

Ludmilla: amor – a chamei
Brunna: eu só quero que você me explique o motivo de ter ido procurar a Isabelly naquele maldito dia – falou me olhando – você mentiu pra mim dizendo que ia encontrar com o Alexandre e foi encontrar aquela maldita – gritou
Ludmilla: eu posso te explicar – falei calmamente
Brunna: explica, Ludmilla – falou se levantando da cama – agora explica direito antes que eu vá embora e não volte mais
Ludmilla: eu fui apenas para ver se fazia ela parar de ficar falando aquelas mentiras – suspirei – eu só queria que aquele inferno acabasse de uma vez – falei a olhando – mais ela não aceitou e começou a falar várias bobagens - suspirei novamente
Brunna: mais você mentiu pra mim – falou magoada – mentiu pra onde ia e com quem estaria
Ludmilla: Bru, não me deixa – falei com lagrimas nos olhos
Brunna: me deixa sozinha, Ludmilla 

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