35. Último Dr🍸nk no Paraíso

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Não havia a menor possibilidade de evitar o último gole.

Quando cheguei à sala e vi Rathavit lá sentado com as pernas para cima, assistindo Harry Potter, a única coisa que eu queria era tomá-lo para mim de novo, independente de o que ou como faríamos.

Ele não pode negar isso. Quero a pele dele novamente. Ninguém mandou ele estar usando a blusa branca de pijama. Ninguém mandou ele fazer aquela voz cansada. Eu sei que é maldade pura forçar mais suas cordas vocais. Porém, maior seria o pecado de resistir a uma despedida. No caso, de ele estar irredutível na decisão, no combinado.

Desculpe, menino obediente, mas você me deixou com a impressão que, nas entrelinhas, o "Phi" a quem você deve obediência sou eu. Então vou fingir pelo menos hoje, por uma última hora, que não estamos sendo obrigados a conviver por causa do nosso Phi, New.

Vou te deixar mais estragado. Mesmo que você fique sem voz. Quero saber que foi por minha causa. Foi por mim, PARA MIM que você gemeu.

Ele começa a levantar a blusa.

- Não. Fique com ela.

- Aaai. De novo isso?

Ele resmunga reclamando.

- E as meias também.

- O quê?! Vou morrer de calor. Elas já estão me pinicando. Aaai...

Retiro as calças dele e o deixo só de cueca.

- De quem é a rodada mesmo?

Pergunto apertando.

- Que obsessão a sua! Como eu vou negar? Essa sua mão intrometida...

Ele aperta a própria mão por cima da minha. Me forçando a maltratar seu pênis. Quer com violência? Aqui vamos nós...!

Deslizo meus lábios no pouco comprimento dele. Tive uma ideia!

- Você pode colocar seus óculos?

- O quê? Pra quê?

Ele me olha com uma expressão que claramente se pergunta "O que esse louco tá dizendo"?

- Por causa dele.

Falo indicando a televisão que continua ligada.

- Mas vai embaçaaar.
Ele suplica.
- Hmmm. Verdade. Que pena. Talvez numa próxima... Ah é! Esqueço que não terá próxima.

Talvez eu jamais volte a ter a chance de vê-lo fazendo cosplay de Harry Potter para eu lhe ensinar uns truques com a varinha. Mas se eu não deixá-lo imaginando como seria, eu não seria eu 55555

Volto às minhas atividades massageando com as pontas dos dedos e boca. Retirando sua cueca com os dentes assim que a agonia dele começa a soar e suar revelando sua pele por baixo do tecido. Levanto um pouco a blusa apenas o suficiente para lamber aos ossos de seu quadril. Estou tão próximo dos seus pés de meias compridas e !roxas! 55555. Ele é extravagante na escolha das meias e cuecas. Já havia reparado nisso. Todo um personagem. Todo mágico.

Como eu poderia não me sentir atraído se ele me remete diretamente aos anos finais da infância, quando filmes que até então eram inocentes, deixaram de ser coisa de criança e passaram a ganhar tons de fantasias eróticas?

Eu posso não penetrar nele hoje. Nem nunca mais. Mas exijo enlouquecê-lo e lembrar dele assim: Blusa fofa, meias e bumbum de fora. Igual o bebê que era para eu ter pervertido. Tendências pedófilas ou nem?

Ele não aguenta mais. Ensopado demais.

- Vai pedir? Começar aqui ou aqui?

Eu indico chupando levemente cada lado das bolas.

- Porra!

- Está ruim? Então vou parar...

- Direita!

Ele responde desesperado.

- A sua ou a minha?

Ele ri.

- A que a sua boca maravilhosa preferir.

Eu acho que levei um tiro aqui.

Um elogio?

Sinto que se não começar logo, terei um troço. Era para ele ser afetado e provocado. Não eu.

Chupo a direita por alguns momentos e sigo subindo. Dou beijinhos e, enfim, fodo ele entre meus lábios.

E não demora. Claro que não demora. Entre suspiros e grunidinhos, Rathavit segura os cabelos da minha cabeça. Pensei que os puxaria, mas não. Ele está...

Me fazendo cafuné?

(...)

O maior afago a um homem não é no corpo. É na alma. E a alma de um homem é o ego dele.

Meu saco está pesado. Pesado também está meu ego por fazer Rathavit Kijworalak gozar gostosamente na minha boca. Após todo um desmanchamento sonoro. Burro fui eu de não ter deixado o celular gravando ao menos o áudio dessa despedida.

Levo o leite dele nos meus lábios. A Santa Ceia, o néctar. Ele me beija. Eu o beijo. Como posso fazê-lo cravar essas garras tão gentis nos meus cabelos e na minha nuca para sempre?

Levanto e preciso me aliviar. Banheiro dele. Coisas dele.

"..."
Volto e anuncio:

- Até o trabalho, P'

Ele me olha surpreso. E me acompanha até a porta.

- Desculpe não ter terminado bem pro seu lado.

Puxo sua cintura e mordo seu lábio inferior.

- Vou fingir que não ouvi isso.

Sorrio entre nossos lábios e vou embora.

(W.EngVer)MYIO: Era LBCOnde histórias criam vida. Descubra agora