54. Vôo d🔞 Pavão

187 18 11
                                    


Corta essa!
Já ouvi o suficiente
Me mostre
quem é o chefe.
Bora, baby,
deixe-me ver
O que você
está escondendo
Estou tão despreparado.
Você tem
a melhor arquitetura
Tesouro no
final do arco-íris
Tal visão para ver
E é tudo para mim

Ainda tentando entender o que aconteceu, Mean levanta e faz sua higiene. Recapitulando o ocorrido.

Não foi nem perto do que ele considera uma transa bem sucedida. Plan estava descontrolado. Ele, Mean, se esforçando para sentir-se bem.
Plan precisou se finalizar se tocando. Depois atender Mean em sua boca. Mas nenhuma das duas foi "grande coisa".

- Você está bem?
Plan pergunta grudado à porta trancada.

- Por que não estaria? Já vou sair... Ah...

- O que você tem?!
Plan bate e tenta destravar a maçaneta.

- Eu só preciso de um banho.

- Vamos tomar juntos!

Sem resposta, Plan ouve o chuveiro e precisa esperar. O outro não sai de lá.
...

Plan está deitado na cama usando o celular, quando Mean sai enxugando os cabelos na toalha.

- Finalmente!
Plan joga o celular pro lado. - Será que agora você pode me contar o problema? Eu sei que fui horrível, mas foi azar de principiante. Dá pra relevar?

- Era uma tentativa. Eu avisei que não daria certo.

- Mas eu quero que dê certo.

- Quanta insistência! Não cansa ser assim?

-Assim? Como?

- Um irritante de marca maior.
Mean fala diretamente para o nada. Como se nem estivesse conversando com alguém. Como se tentasse falar com o próprio consciente. E ambos, Mean e consciente de Mean, sentem necessidade de sairem andando para fora do quarto.
Deixando um atortoado Plan sozinho.

- O que você quer dizer?
Plan pergunta aos calcanhares de Mean.

- Não finja que não sabe.

- Então... Você está imitando a cena dos nossos personagens. É isso? Me chamando de irritante.
Plan imagina que isso faça parte de algum fetiche maluco.

- Cantaloupe é irritante, mas é inocente. Você é diferente. É só um pavão irritante. Deve estar muito orgulhoso de si mesmo.

- Quando vamos parar de falar em código? Não tô entendendo nada! Por acaso eu não fiz você gozar? O que mais você quer? Quer de novo? Vamos lá! Eu já estou meia bomba, prontinho pra tu.
Plan aperta o próprio saco, em zombaria.

- Como sempre o "bebê monstrinho" pensa que tudo se trata disso. Como eu pensei, agora você vai querer sempre assim, correto? Você tirou algo importante de mim e não me deu nada em troca. Nem explicação.

- o quê?! Sobre quê?

- Não se faça de bobalhão.

- Isso aqui é o quê? Terceiro ano na escola? Por que essa agora?

- Tudo para você é brincadeira. Então definitivamente estamos de volta à escola.

- Eu sou brincalhão e você é um dramático. Pelo menos eu não fico de meias palavras esperando que um outro interprete as minhas incógnitas de merda.

- De merda você entende. Tá sempre com a boca cheia delas. Sua bunda deve sentir inveja da sua boca.

- Posso cagar mais pela boca do que pelo cu. Mas bem que você vive tentando chupá-lo.

- Deve ser por pena, pois ninguém mais iria querer um ânus falante como você.

- Mas você quer.

- Eu não "bato bem", como você costuma falar. Você sempre fala que sou obcecado. Talvez eu seja mesmo um grande sanitário para aguentar alguém como você, um...

- Um merda como eu?

- Sim!

- Um merda que só serve pra comer?

- O... O quê...

Mean não tem tempo para perguntar. Plan é quem sai andando sem rumo. Pelo menos essa é a impressão. Uma vez que o garoto não está em casa. Acaba pegando o único rumo que conhece: o de volta ao quarto.

*Estrondo de relâmpago*

Plan Rathavit treme e corre tropeçando nos próprios pés descalços. Com a sensação que o raio vai puxá-lo pelo (?)chão(?) e desaparecer com ele. Nesse momento, ele bem adoraria ser levado para sempre dali, porém, não por algum "desconhecido" como um raio raivoso do céu.
Temeroso, ele sobe na poltrona creme. Mantendo-se abraçado e escondendo a cabeça. Não importa como, ele não quer deixar que puxem seus pés. Ressoa baixo, som camuflado pela chuva que vem em seguida.

***
Durante uma crise de pânico, um indivíduo pode ter sintomas como taquicardia, dificuldade para respirar e tremores, que são os sintomas físicos. Mas também existem sintomas psíquicos, como sensação de morte eminente, uma angustia muito grande e muito medo
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53562-como-identificar-um-ataque-de-panico
***

Não tem motivo. Pelo menos, não um visível e palpável. Plan tem a certeza que o mundo vai acabar ali, em chuva, como os ancestrais. Ele quer fugir. Não existem cavernas. E, se cavernas existissem, ele morreria dentro de uma, na escuridão, de hipotermia ou tensão...

O pavão voou alto e rápido demais para o que costumava ser, apenas um
quiuí, raro que não voa

O pavão voou alto e rápido demais para o que costumava ser, apenas um quiuí, raro que não voa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(W.EngVer)MYIO: Era LBCOnde histórias criam vida. Descubra agora