36. A Domicílio

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Acabei de levar um soco dele 5555555

Plan e eu filmamos um dos golpes que Can dá em Tin. Desta vez numa tentativa de beijo perto do campo de futebol. Ele usava a blusa de uniforme amarela e azul. Nem preciso dizer, não é?

Ele usando tons claros é convidativo.

A última semana foi agitada e não conversamos sobre o que fizemos. Mas ficamos tão bem que tenho certeza que ele não se arrependeu.

- Não o provoque muito. Baixinhos são temperamentais 55555

Ouço a voz de P'Payot ao longe. Enquanto nos direcionamos para a ilha.

- Logo vou domar Can. Espere e verá.

A equipe ri da minha contra provocação.

Estou com sede e pego algo para beber nas caixas.

- Vem cá, Nong.

P'Chansuda me chama para me salvar com seu lenço. Ela seca o suor da minha testa.

-Khopkumkrap, P'

- E desde quando você deixa alguém escolher por você? 5555

Escorados a um dos carros, estão Plan e duas pessoas da produção. Eu não estava prestando atenção na conversa deles. Mas, ao me ver, estão zombando Phi Payot e estão escandalosos.

- A gente faz o que pode, companheiro.

Phi Payot responde a Phi Antwaan que havia lhe feito a pergunta em tom de desafio. Mas... ao invés de olhar para Antwaan, Payot fixa seus olhos no MEU RATHAVIT.

Eu não sou idiota. Por dias ele tem encarado. Aqui vou eu de novo. Aqui vou eu, meu povo.

- Não é para qualquer um, N'Plan 55555. Não é qualquer que decide por ele.

- Sei de nada, P'Waan, rs.

- Por favor, escolha um lugar legal para a gente dar o rolê desse sábado. Ou eu terei que dar bolo e deixar vocês mais... "à vontade"...

O assunto não é comigo.

O resumo é que Antwaan, que Plan já chama intimamente de P'Waan, está ajudando Phi Payot a manter boas conversas com o pequeno gafanhoto "entrosa-fácil".

(...)

- Quanto esforço, hein, "companheiro"?

Estamos no camarim nos arrumando para sairmos.

- Ah. Não começa.

Plan ri tentando manter a atenção na blusa que coloca dentro da mochila.

Sim. Eu estou imitando e zombando a forma que Payot conversa quando liga o tom obstinado em agradar.

- Começar, eu? Imagiiine... Eu não quero atrapalhar. Escolha um local bem discreto para vocês. Mas tenha cuidado pro seu companheiro de crime não entregar o ouro na mão do bandido.

- E essa agora... Tá insinuando o quê?

- O que você acabou de pensar.

Falo chegando perto dele e segurado o zíper da mochila, na verdade, pousando a mão na mão dele. - Ele não vai com vocês. Vocês ficarão sozinhos.

- Por acaso você acha que sou um dominado? Que não sou capaz de dizer não se ele flertar?

- Ele já flertou bastante.

- Aquilo é brincadeira.

Continua tonto e fofo tentando ser esperto.

- Não é brincadeira. Não para ele. Pra você, pode ser. Sempre com esse seu jeito tão...

- Tão...?

Ele quer que saia da minha boca que eu vejo ele como alguém "atirado". Assim ele terá motivo para ficar bravo e brigar comigo. Eu não resisto a ele brigando comigo. Eu já aguentei bastante. Mas chega disso.

- Quer saber o que ele pretende fazer?

Eu giro o corpo dele. É brusco, mas também (?)amável(?) a cafungada que dou em seu pescoço por trás.

- Nem todo mundo é assim, pervertido.

Ele fala sentindo cócegas. Mas não foge. Ele não está fugindo. Ele sabe muito bem que quando se trata dele, todo cão ataca uma perna pensando que é um amante.

- Não quero me intrometer. Curiosidade jornalística: o que você vai fazer? Como vai agir?

- Quer que eu detalhe ou interprete?

- Você sabe que sou visual. Tenho que ver pra entender.

- Hmmm. Uma demonstração rápida?

Ele sai me puxando. Entramos atrás das araras cheias que mais parecem paredes. E ele se enrosca em mim com seus braços.

(...)

Está anoitecendo. Estou no carro a caminho do apartamento. Estou lembrando daquele beijo pacífico. Qualquer um pensaria que seria beijado com paixão, puxado e beijado. Mas com ele, não. Ele nunca faz o que pensamos. Me beijou tão docemente e cheirando a todo o suor seco que acumulou durante o dia, que se eu não me controlasse, seria teletransportado sabe-se lá para onde. Nem ele deve saber para onde guia sua presa.

- Eu acabei de avisar a eles. Não vou mais.

Ele falou desgrudando nossos lábios. - Se quiser passar lá em casa... Espere eu chamar.

- Como você sabia?

- Eu não sabia. Eu ainda não sei. Eu só sei que quero minha casa hoje. Se ele me quer, amanhã não será tarde para sairmos, P'Payot e eu, com ou sem o P'Waan de "vela".

- Chantagista...

- Massagista 5555

Ele riu. Lambeu meus lábios de baixo a cima igual uma serpente e me largou lá.

Esse "massagista" aqui está indo atender a domicílio.

Esse "massagista" aqui está indo atender a domicílio

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(W.EngVer)MYIO: Era LBCOnde histórias criam vida. Descubra agora