52. Ele que lute

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O que tá acontecendo aqui? Eu estaria sendo muito dramático neste momento se dissesse que me sinto prestes a ser comido, jantado, almoçado, lanchado e, por fim, assado em todos os sentidos?
Pois parece que é isso que ele quer fazer comigo!

Plan me guia à cama apertando todo meu entorno como se precisasse das carnes das minhas coxas e bunda. Faz-me deitar na cama e me "colhe" em beijos e chupões no pescoço. Não posso dizer que a sensação é ruim, ele me esfregando igual a lâmpada do gênio. E me amolecendo em sua língua travessa.

-Plan... Eu...
Tento falar e ele se curva, começando a arrancar as próprias roupas. Eu sei o quanto o corpo dele é lindo, mas ganha tons de selvageria. Noto umas cicatrizes na barriga que não havia percebido. Ou estou imaginando?

- Me toca.

O que ele disse?
Ele pega minhas mãos e, encarando meus olhos, as esfrega contra o peito dele. Eu obedeço e massageio seus mamilos, circulo os peitos.

- Aqui. Como eu faço em ti.
Ele aponta pra nuca dele. Então a seguro, com receio. Ele me beija. Pára.
- Eu tenho esse toque leve? Tem certeza?

Definitivamente não estou imitando da maneira certa. Talvez eu tenha medo. Aperto um pouco mais os fios sentindo a maciez e relaxo enquanto ele me beija. É assim que ele sente? Uma vontade incontrolável de arrancar meu couro cabeludo quando estou em cima dele, devorando-lhe a boca?
Tenho vontade de bagunçar o cabelo dele. E ele está "bagunçando" comigo, me massageando por cima da calça até começar a retirá-la.

- Espera. Deixa eu tirar isso.
Tento levantar para tirar minha blusa.

- Eu não deveria permitir. Você adora me torturar suando igual um porco.
Ele zomba.
Mas até me ajuda a tirar. Eu já estou suado. Ele brinca beliscando meus mamilos antes de cair de boca em um deles. Vou-me deixando à disposição dele que me chupa por completo até chegar na área sensível.

- Que foi?
Ele me encara lá de baixo, sorrindo. - Pensou que eu não agradaria meu passivo?

Eu quero responder que sim, mas não falo nada. Ele deve ter lido minha expressão nervosa. Como eu pude pensar que ele não me agradaria? Eu não sei o que eu pensei, realmente não sei.
Não quero imaginar o que será depois. Aprecio o boquete dedicado dele.

(...)
Estou nas nuvens, mas quero descer. Ele levantou meus joelhos e encaixou minhas pernas nos ombros dele. E agora me mama com voracidade. Meu instinto é agarrá-lo agora mesmo. Meu quadril quer mover. Não aguento mais.

- Só um pouco em você. Calma...
Tento levantar. Ele me impede.
- Só um...

- Tá querendo me enganar?

- Juro que não!

- Você é mais forte. Não posso arriscar.

- Não deite. Assim você confia em mim?
Ele suspira e me permite levantar. Ele se mantém de joelhos sobre o colchão e eu rapidamente começo a chupá-lo também. Ele tenta não se envolver muito na sensação para não deixar brecha para eu dominar.

- Isso também me excita, sabia? Ouvir seus orgasmos vai ser ótimo se precisamos que eu fique sedento de tesão.

- Aff... Tá bem. Mas nada de gracinha...
Ele baixa e senta na alavanca dos próprios joelhos. Se permitindo relaxar e, assim, apreciando minha boca. Não demora para ecoar do jeito que eu gosto e me deixar orgulhoso.
É inevitável imaginar eu usando da minha força para virá-lo, morder-lhe a bunda e massagear sua entrada até fazê-lo desistir dessa ideia maluca.
Sabe o que é mais maluco que a ideia dele?
Ele mesmo!
...
Faço o diabo para dar-lhe bastante prazer. Numa inocente tentativa de extrair toda a energia dele e ele não usá-la toda dentro de mim. Sabe o que é mais bestial que a minha tentativa?
Eu mesmo!

(W.EngVer)MYIO: Era LBCOnde histórias criam vida. Descubra agora