O carro, no entanto, parou antes que eu sentisse o seu impacto.
Atrás do volante, vi os olhos furiosos de James e quase desejei que ele tivesse me atropelado de verdade para que eu não precisasse lidar com toda aquela raiva.
Como não tinha tempo a perder, entrei no carro rapidamente e James arrancou, deixando para trás os meus perseguidores.
– James... – chorei.
O meu braço doía cada vez mais.
– Você está bem? – perguntou ele, com uma voz fria e seca.
Assenti.
– Talvez eu tenha quebrado alguma coisa – eu disse.
Ele continuou encarando a estrada.
– James... – repeti.
– Como você pôde ser tão burra, Evans? – perguntou ele.
Solucei.
– Você não atendeu a merda do seu telefone, Potter! – exclamei. – Te liguei o dia inteiro.
Ele bufou.
– Eu estava ocupado – ele disse. – Mas daí você resolve vir sozinha para o meio do nada, encontrar alguém que com certeza está quebrando algumas trocentas leis...
– Eu escutei Lucius e Peter conversando sobre uma reunião ilegal – expliquei. – Achei que pudesse ser algo sobre a nossa investigação.
James apertou o volante.
– E era? – ele perguntou.
Neguei.
– Era só a reunião sobre o cartel de drogas – murmurei. – Nada sobre Emmeline. O chefe inclusive disse que não sabia quem havia matado ela.
– O chefe? – ele perguntou. – Tom Riddle?
– Quem? – rebati.
– Tom Riddle – ele repetiu, como se eu fosse surda. – Homem alto, com a pele de porcelana e os cabelos bem pretos. Usa uns ternos chiques.
Assenti.
James mordeu o lábio.
– Você conhece ele? – perguntei.
– Todo mundo conhece ele – ele disse. – Ele é o nosso Pablo Escobar.
O encarei.
– Por que ele não está na cadeia? – perguntei.
James bufou novamente.
– Nosso departamento de polícia não é muito eficiente, eu suponho – ele murmurou, me provocando.
James estacionou o carro na frente do hospital.
Ele veio até a porta do passageiro e me ajudou a descer, para que eu não corresse o risco de pular do carro e machucar ainda mais minha mão.
Lá dentro, todos se preocuparam em tratar logo a filha de Camellia Evans. Fizeram meu registro rapidamente e trouxeram água e biscoitos para nós dois.
– Vamos, querida – uma enfermeira me chamou. – Precisamos fazer um raio-x dessa sua mão.
Meu olhar encontrou o de James rapidamente.
– Eu estarei aqui quando você voltar.
Assenti.
O exame foi bem rápido, mas confirmou minhas suspeitas: eu havia fraturado o punho. Voltei para a sala de emergência e James estava lendo uma revista de arquitetura, completamente compenetrado.
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Stolen Dance
FanfictionLily Evans se vê obrigada a se mudar para uma pequena cidade no interior da Escócia quando sua mãe é chamada para investigar o desaparecimento de uma adolescente. No entanto, as circunstâncias misteriosas do crime fazem com que ela una forças com o...