Agora?

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Sou legal e resolvi postar o capítulo logo

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"Podemos mudar os planos de hoje?"

Estava iniciando a ronda no hospital como sempre fazia depois de verificar e responder meus e-mails, quando meu celular vibrou no bolso do jaleco e eu saí de um dos quartos onde alguns médicos e residentes analisavam um paciente em estado crítico.

Rapidamente me afastei e entrei em um quarto vazio, ligando para Carol em seguida.

- O que aconteceu? - perguntei depois que ela atendeu. - Não está na aula?

- Não vou poder falar por muito tempo, está bem? Estou escondida no banheiro. Tinha esquecido completamente dessa visita com a escola. Daqui todos vão para um restaurante que a escola reservou e vamos almoçar por lá mesmo, mas a excursão deve terminar por volta de uma da tarde. Então vou direto para casa depois. Mas se você quiser, pode ir para lá no horário de sempre. Eu faço algo para você comer.

- Eu ia até te mandar uma mensagem avisando que não ia poder almoçar com você hoje - falei. - Tenho um almoço de negócios daqui a algumas horas que deve se estender até as duas da tarde.

- Ah, ok.

- Posso chegar mais cedo?

- Claro.

- Está combinado, então. Te vejo mais tarde, Ruiva.

Para minha surpresa, Carol não tinha ficado chateada com os presentes que lhe dei. Na sexta mesmo quando liguei à noite para falar com ela, levamos um tempo para abordar o assunto até que ela, entre um silêncio e outro, agradeceu pelos presentes e pediu desculpas por estar agindo de forma tão louca. Disse que já estava se sentindo melhor, tanto da dor quanto do enjoo, e que tinha adorado a mochila e o perfume. E depois disso não tocamos mais nesse assunto.

Depois que saí do almoço entediante, cheguei a pensar em comprar um buquê de flores para Carol - não rosas, porque ela já tinha dito que não gostava -, mas então lembrei que sua mãe provavelmente lhe faria mil perguntas se visse um buquê misterioso então acabei mudando de ideia, comprando apenas uma única tulipa vermelha, que segurei enquanto esperava Carol vir abrir a porta para mim.

Quando isso aconteceu, no entanto, aquela flor quase foi parar no chão.

Carol estava ali na minha frente usando nada mais que uma pequena camisola bege com detalhes de renda preta, suas pernas completamente de fora pela peça curta demais, seus pés descalços. Voltei a subir o olhar para seu rosto depois de terminar a inspeção e a encontrei com um pequeno sorriso e as bochechas levemente coradas.

- Carol...

Mas eu fui incapaz de continuar, apenas conseguindo deixar seu nome escapar outra vez da minha boca em nada mais que um sussurro.

- Bem vinda - Carol murmurou, aceitando a flor quando finalmente consegui estendê-la em sua direção, me sentindo como um robô ao entrar no apartamento quando ela deu um passo para o lado. - Vem aqui - ela continuou, me pegando pela mão e me levou até a sala. - Preparei algo para você, mas se sair muito desengonçado, não ria, está bem? Ensaiei um pouco, mas nunca fiz isso antes.

Ainda seguindo seus comandos - simplesmente por ser incapaz de reagir enquanto meu olhos não paravam um segundo de secar seu corpo - sentei no sofá maior e observei Carol andar até um pequeno aparelho de som.

A música logo preenchia o ambiente, ao mesmo tempo em que Carol subia na mesinha de centro, ficando de frente para mim. E então eu soube que estava perdida.

Não sei bem dizer o que aconteceu a seguir. Ou melhor, eu sabia, mas minha mente estava tão turva de prazer que não conseguia pensar em nada. Nada que não envolvesse a garota à minha frente que rebolava lentamente ao ritmo da música, devagar... Bem devagar. E então batia os quadris de um lado para o outro acompanhando as batidas da música no momento certo. Ela parecia evitar olhar para mim, como se tivesse medo de se perder nos movimentos se o fizesse, enquanto eu simplesmente não conseguia desviar o olhar. Eu mal conseguia piscar.

7 Minutos no paraísoOnde histórias criam vida. Descubra agora