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Taehyung deixou Jungkook na escola e ele se sentiu mais uma vez sozinho, sem amigos por perto. Era frustrante ter que passar o tempo na sala de aula, fingindo prestar atenção, quando na verdade sua mente vagava para longe. A falta de companhia tornava tudo ainda mais monótono.

Apesar disso, Jungkook tinha conquistado o respeito dos colegas. Dois anos atrás, alguns garotos tentaram fazer bullying com ele, mas acabaram se dando mal. Jungkook não teve medo de se defender e quase deixou os agressores com lesões graves. Um deles até quebrou o braço. Ele foi suspenso por causa disso, mas não se arrependeu nem um pouco, já que depois desse incidente, ninguém mais teve coragem de importuná-lo.

Enquanto a aula já estava em andamento, Jungkook se sentiu sortudo por o professor permitir sua entrada tardia. Ele escolheu um lugar no fundo da sala e colocou o fone de ouvido no ouvido direito, tentando acompanhar o conteúdo e fazer suas anotações. No entanto, sua mente estava longe dali, repleta de pensamentos perturbadores que o deixavam inquieto.

Se o professor pedisse que ele retirasse os fones de ouvido, Jungkook prontamente sairia da sala. Ele preferiria encontrar um lugar mais discreto para ouvir música, pois era uma das poucas formas de lidar com a sobrecarga mental que enfrentava. A música se tornava seu refúgio, capaz de acalmar sua mente e aliviar as tensões do dia a dia.

Apesar de ter habilidade suficiente para passar de ano sem precisar de aulas de recuperação, Jungkook não tinha interesse em estudar. Ele geralmente adotava uma postura de "foda-se" em relação aos estudos, buscando prazer momentâneo em outras atividades, como ouvir música, fazer sexo ou, quando está realmente mal, se embriagar.

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Mais um dia de provas para Jimin, o que significava que ele teria a tarde livre. E assim foi, após apenas quarenta minutos, ele já estava a caminho de casa.

No trajeto de volta, Jimin percebeu vozes altas vindas da igreja, o que mais uma vez o incomodou. Ele não entendia como algumas pessoas podiam ser tão desrespeitosas.

Jimin se aproxima lentamente, passando a observar aquilo de longe. Sim, Jimin sabe que é um baita de um curioso, mesmo que tenha ansiedade social.

— O que eu faço com meu filho?! Ele fugiu de casa! Eu vi tantas coisas erradas no quarto dele, e o pior de tudo é que descobri que ele assiste conteúdo homossexual na internet, que nojo! Meu marido até pediu para eu me acalmar, mas eu não vou! Isso é obra do diabo, tenho certeza! Meu filho não pode ser gay, eu ensinei desde cedo que isso é errado!

O padre chegou a arregalar os olhos com esse comentário.

— A senhora sabe o porquê do seu filho ter fugido de casa, não sabe?

— Lógico que não!

— Porque ele teme as consequências. A senhora o assusta tanto, que ele se fecha e não lhe conta nada. Por causa de suas atitudes, sua filha tem grandes chances de desenvolver depressão. Ele quer conversar com um psicólogo para se proteger de qualquer mal, mas a senhora não pode lhe proporcionar isso?

— Mas, mas...

— Não. Além disso, imagine o sofrimento que ele deve estar passando agora. Desde sempre, ele ouviu que gostar de pessoas do mesmo gênero é errado. Deve ser um tormento na cabeça dele. Quando seu filho voltar para casa, em vez de agredi-lo, acolha-o, porque é disso que ele precisa.

— Mas Deus é contra!

— Ele lhe disse isso? Porque na Bíblia está escrito para amar o próximo como a si mesmo. E esses versos desviam do verdadeiro propósito da Bíblia e da mensagem que ela quer transmitir aos cristãos.

Sin ( Pjm + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora