A Cumplicidade No Olhar

37 7 45
                                    




  Amar. Quem dera eu ter o luxo de poder ter uma faísca desse sentimento tão belo e nobre que se carrega sobre tantos e tantas por aí.



A noite longa estava mais do que entediada para Briana, que naquele momento dançava uma valsa ao lado de seu pai. Não que fosse detestável dançar com o pai, muito pelo contrário, era incrivelmente prazeroso para ela poder desfrutar da companhia de seu pai que era muito rara, e deveras poderia ser mais compartilhada com sua irmã mais velha, que também alegava não ter a presença dele da forma que os mais novos imaginavam. Briana, sorria, entre os rodopios e descontração que havia entre eles naquele momento, mas, sentia-se tentada a pensar em algo mais perigoso. Na presença de um infrator da lei decretada através de um tratado de paz, na gôndola do palácio da paz, em uma ilha do pacífico. E aquilo descia rasgando por sua garganta, pois assim como sua irmã mais velha, ela detestava mentir para os pais, para preservar outras pessoas, que muitas das vezes eram mais egoístas e gananciosas, do que importantes para serem zeladas de verdade, de forma que ela pudesse se sacrificar de tal maneira, como deveras, tenha sido em tantas vezes, que era obrigada a aceitar situações desagradáveis em prol do bem estar de outros.

Mas com John, parecia estranho demais, algo dentro de si mesma implorava para que se confiasse nele. Entretanto, como era muito inteligente, não o tivera feito cegamente, quando ele lhe implorará ajuda e dissera a verdade, horas mais cedo, preocupado com o bem estar de todos e dele mesmo é claro, mas, isso não era evidência de que ele era um egoísta por completos, pois muitas das vezes enquanto se confessava, citava sobre amigos, seus pais e seu reino e o grande temor do rei do Sul.

Eles eram quatro e guardar para si um segredo daqueles, evidentemente mexia com seu emocional, e a tornava culpada por qualquer ato que se ocorre-se por debaixo de seus olhos.

Ela suspirou pesarosa, chamando a atenção de seu pai, que buscará em seus olhos a verdade que deveria ser emitida, porém, ela não se via com a capacidade de encará-lo e se mantinha totalmente alheia do que ele tentava demonstrar, concentrada nas pessoas em volta que os observavam, e nos músicos que tocavam ao fundo.

- Bri, minha filha, há algo de errado acontecendo? Você me aparenta preocupada e desconcentrada, isso não é recorrente, e...

- Está tudo bem, pode acreditar- mentiu ela, o encarando positivamente- é só cansaço.

- Espero que seja- disse ele, encerando a valsa- vá descansar, já cumpriu seu dever por hoje meu amor, amanhã terá mais no que se esforçar e necessitará de energia.

- Obrigada- disse ela sem mais delongas, depositando um beijo rapido e discreto na bochecha de seu pai.

Ele tinha razão, o dia seguinte exigiria muito dela. Mas, como havia prometido estar presente no jantar qual John, um infrator desconhecido a ela, prometera ser feito, e ela checará com os próprios olhos a verdade, e perderá o jantar servido por isso. Resolverá então comparecer e descobrir o que ele inventaria para se desculpara desta vez.

Era quase que impossível passar despercebida pelos convidados, quando na verdade ela era uma pessoa que estava sempre envolvida aos grupos envolta do salão, mas com a cabeça cheia de preocupação ela só sabia sorrir e acenar, assim como fazia quando estava diante dos súditos. Assim que entrou pelo corredor que levava a cozinha, seu coração acelerou mais do que o normal, com um medo fatal de alguém descobrir o que estava a acontecer e causar a ela ou a alguém algum mal. Obviamente poderia acontecer e tudo seria uma completa bobagem, entretanto, não correria um segundo se quer de riscos.

Série A Terra Nórdica- A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora