Nem tanto Boazinha

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Faça o que tiver de ser feito, mas, não toque no que para mim e mais valioso... minha família. Embora eu confesse estar em meu melhor momento, por estar tendo minha liberdade, ainda assim, não deixarei de ser uma Goldemberg.


Semanas Depois...


- Briana, eu acho que deixei aquele meu creme em cima da cama, e Camille, esqueceu de colocá-lo... - Miranda estava uma pilha de nervos, já faziam horas que estavam no avião, e já era dia, e já fora noite, e lá estavam os seis, em particularidade, cinco, já que a mente de Astra deveria estar em outro lugar. Desde a carta, e a conversa franca, na volta das férias na França, Artur estava diferente e parecia ter resolvido determinadas questões, mas, o que ela tinha de esperta, tinha de teimosa, e ela podia jurar, que isso estava em todos eles, como que um componente a mais em seus genes.

Miranda olhava impaciente para a segunda filha, respirava fundo, fazendo o peito subir e descer freneticamente. E toda aquela ansiedade, estava lhe contagiando. Já não bastava a perturbação dos últimos dias, agora ainda teria de aturar a lista de objetos esquecidos de sua mãe. Foram horas gastas com tecidos, roupas, decoração, lugares, sim e não, e muita dor de cabeça e falta de apetite, que acreditava ter eliminado dois ou mais quilos, em toda essa jornada.

Vira tantas pessoas, que nem imaginava o nome da designe de Joias, e ainda menos do Florista que falara pelo telefone. Ah, como desejava apenas entrar em uma banheira e ler um livro durante uma noite toda. Mas, que pudera lhe realizar tais sonhos. Agora seria definitivo, e ela estaria de vez até o casamento em Perth.

- Da pra imaginar que vamos voltar sem ela?- perguntou Dina, ajoelhando-se sobre a poltrona, e virando-se para elas.

- Eu não vejo o motivo de festa para isso- repreendeu Miranda, em tristeza- agora sente-se direito, já é adulta, deveria saber que não tenho de ficar lhe dando sermões.

- Tanto faz- ignorou Dina- eu nem acredito que verei com os próprios olhos a famosa Ilha de Ferro- ela empolgou-se, espremendo suas íris azuis, com suas bochechas avermelhadas, pela temperatura dos últimos dias- nem sei porque fiz tantas recusas.

- Porque é teimosa igual uma mula- Manifestou-se Clear, levando uma careta em resposta.

- Vai me falar que não está com medo de voltar sem vida para casa?- desafiou Dina, a encarando.

- Tanto faz, eu viva ou morta, não faz a menor diferença- comentou ela, em sua total negatividade.

- Não é o que Frederick pensa- Dina a provocou, e Briana jurou que ouvira Clear bufar de exaustão, sobre tal assunto.

- Dina, deixe-a em paz- pediu Miranda- encará-lo na noite de amanhã, será tortura o suficiente- ambas caíram na gargalhada.

- Mamãe- chamou Clear, indignada- eu não acredito que estão contra mim.

- Contra não- lembrou Briana- vocês até que foram uma boa diversão juntos.

- Definitivamente não dá pra aturar mais isso- resmungou ela, fechando a cortina, como se estivesse retirando-se para dormir.

- Eu não entendo ela, se alguém gostasse de mim desta maneira eu estaria feliz- comentou Dina, enérgica, olhando para o nada.

- Certamente, ela não seria a Clear, se estivesse de acordo conosco- brincou Briana.

Era horário de almoço em Perth, e tinha certeza, que haveria dezenas de jornalistas os filmando, era histórico, e ainda estavam com permissão para estarem presentes, em territórios que deveriam ser inimigos. A primeira a sair pela escada fora Dina, era comum ela não se conter em voos, estava admirada demais, com o que soube da viagem a França, já que ela pelos relatos estava muito bem-comportada. Ela parecia maravilhada dando giros no chão do aeroporto, onde parte obcecada pela engenharia moderna, e parte com a tecnologia de ponta nas mãos deles. Logo depois Astra desceu, não muito agradada pelo sol que cegava seus olhos, depois Clear, Ethan, Miranda e por último Briana. A espera estava John, e alguns seguranças, e logo a distância a imprensa e todos os flash que saiam da câmera, e suas anotações precisas. Sabia bem que quando o jornal fosse publicado no início da manhã seguinte, só haveriam meias verdades.

Série A Terra Nórdica- A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora