Um Sentimento Avassalador

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Tudo é muito leve, tranquilo, e prazeroso. É como se uma corrente elétrica que me cerca, me neutraliza-se, e me deixa-se atônito, sorrindo pelos cantos. Por ter um anjo em minhas mãos, e em breve em minha vida.



Precisava descrever o que sentia, apesar de tudo que estava a sua disposição, papel e caneta soou muito mais seguro, e então guardou em um velho diário que pertencera ao seu avô. Briana Goldemberg. Seria ela, ele tinha a plena certeza disso.

Z-3 era um amigo antigo, estava com ele desde sua infância, mas, sempre que possível ele era desnecessário e incômodo, apesar de ser um bom amigo. Mas, levantá-lo ás seis da manhã, era crueldade, e tudo isso, em troca de que?

Não lhe deu bom dia, e nem dirigiu uma palavra se quer, até que terminasse sua higiene, não se sentia na obrigação de respondê-lo. E depois de cumprir com a rotina matinal, seguiu para a sala de jantar para desfrutar de um possível café da manhã. Aquele horário, era bem compreensível que não houvesse um desejum posto, mas, por ironia de sua negatividade, tudo estava sobre a mesa, com um prato a mais, e aquilo o intrigou, fazendo ele se sentar na mesa, com o cenho franzido.

- Bom dia, meu amor- disse sua mãe, depositando um beijo em sua bochecha. Ele suavizou a expressão e a encarou, com todo aquele bom humor matinal, era estranho, poderia muito bem ser um visitante inesperado, mas, se fosse ela teria dito de imediato, aquele silêncio todo, acompanhado de um sorriso, só indicava uma coisa apenas.

- Jhon- chamou a voz masculina qual ele sempre identificaria.

- Pai? Por aqui?- perguntou ele, levantando-se para dar-lhe um abraço.

- Dylan está bem ocupado, então resolvi vê-los esta manhã- ele ocupou seu lugar na ponta da mesa- na verdade eu cheguei tarde da noite- Jhon apenas concordou o entendendo.

- Filho, acha que ela vai tomar o café conosco?- perguntou Anne.

- Pelo horário, não sei dizer- ele sorriu, ao lembrar da noite anterior.

- E quem é está misteriosa visita que sua mãe não quis me revelar nada?- ele perguntou, bem, humorado e estendeu a mão para pegar um pedaço de torta.

- Bom, acho que seria melhor que a mamãe explica-se, porque o assunto não é tão simples...

- John, você não fez o que eu estou imaginando né?- perguntou ele, e Jhon o encarou confuso- filho eu... sei que viu que o sinal foi interceptado e sei que trabalhou mil vezes melhor que eu nisso mas, precisamos ter uma conversa franca sobre o que fez. Não, o que fizeram- corrigiu ele, mais sério do que antes, mas, ainda assim, com o sorriso estampado no rosto- Foi um risco imenso, e sabe muito bem, que isso vai haver consequências mais cedo ou mais tarde né?

- Dylan não tem como saber, a não ser que o senhor conte- ele rebateu erguendo uma das sobrancelhas, esperando um ajuda de seu pai.

- Filho eu... não trabalho sozinho nisso, sei que eu posso bem ficar em silêncio, mas...

- Eu posso arranjar um meio de os manterem calados- ele sugeriu sentindo um gosto amargo na boca, do erro que cometera em dizer aquela suposição.

- Como?- perguntou Anne, com o olhar semicerrado e bastante irritada.

- Jhon, não falo de nossos homens meu filho-ele pausou a brincar com a comida e depois o encarou- acontece que há traidores do outro lado que...- seu olhar cravou em algo que vinha a frente, e ele embranqueceu como um fantasma- Santo Deus.

Série A Terra Nórdica- A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora