Capítulo 12 - Uma noite de sonhos

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A minha primeira reação foi uma gargalhada

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A minha primeira reação foi uma gargalhada.

O que ele quis dizer com "roupas de criada"? Por acaso, o futuro rei de Spéir tinha algum fetiche pelas vestes?

No entanto, minha risada foi cessando aos poucos e o momento de humor não durou tanto quanto pensei que duraria.

Instantaneamente, vi-me pensando no que deveria fazer. Deveria encontrá-lo após o ocorrido de ontem? É certo de que minha parte racional diria "não", mas dessa vez, pensei que seria uma bela oportunidade para conversar e fazê-lo entender que não poderíamos mais ser tão próximos.

Essa era a decisão correta a se tomar. Não queria que Isaac se envolvesse em meus problemas com Zen a ponto de correr riscos por suas ameaças e também não desejava que rumores sobre nós se espalhassem, ferindo os sentimentos de Lady Sullivan. Ela não merecia.

Sem pensar mais, dobrei o papel e o guardei em minha caixinha de joias.

— Santo mar, preciso de Heilee, Mabel e Fiore aqui, agora mesmo.

Depois de tê-las em meus aposentos no tempo mais ágil que pude, as três me encaravam com uma interrogação em suas testas.

— Por que precisa de roupas de criadas? — Heilee atirou, direta como sempre.

— Eu prometo contar quando retornar. — devolvi com uma breve resposta. Ela zombaria de mim até a morte, caso soubesse do meu pequeno encontro com o príncipe.

Heilee estreitou os olhos, fitando-me em desconfiança.

— Não.

Pelos mares, Heilee.

— Vai explicar para mim ou proibirei que Mabel ou Fiore lhe empreste as roupas. — completou, cruzando os braços.

Soltei um suspiro em derrota.

— Certo, você venceu. — um sorriso convencido brotou em seus lábios. — Vou me encontrar com o príncipe.

— O QUE?! — ela gritou. Um dia ficarei surda pelos berros dessa garota. — Isaac?

Assenti em silêncio.

— Saphira, — começou em um tom de advertência. — apenas brinco sobre ter aventuras com os intocáveis da nobreza, mas não desejo que se envolva com eles. Excepcionalmente, nós, garotas sem títulos ou qualquer respeito na sociedade. Homens maus se aproveitam de nós.

— Não vou me envolver com eles. — soltei um suspiro. — Além do mais, a rainha está a meu favor pela safira e Isaac não é um homem mau.

— Talvez não seja, mas Zen Harrington sim. Ele pode querer fazê-la algum mal, caso descubra que é próxima do irmão dele. — um pequeno bico se formou em seus lábios. — Temo que não poderei aguentar se algo acontecer à minha irmã.

Sorri com suas palavras.

— Eu também não suportaria que lhe machucassem, Heilee. Farei de tudo para protegê-la, mesmo que custe a minha vida. — puxei-a para um abraço. — Eu prometo que tomarei cuidado. Apenas quero encerrar essa história antes mesmo que ela tenha a chance de começar.

Spéir: O Porto dos Sonhos [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora