Capítulo 15 - Mais um cúmplice para a viagem

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Meu coração batia descompassado naquele momento

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Meu coração batia descompassado naquele momento. Eu não poderia ser pega, não agora.

Continuei a me debater na tentativa de me libertar das mãos que me seguravam. Infelizmente, meus braços não alcançavam as adagas escondidas em minhas botas.

Foi então que me veio uma ideia e quando fiz menção de morder o corpo que me prendia, a mão que cobria minha boca virou meu rosto com cuidado.

Parei de lutar contra o homem que me segurava assim que identifiquei os olhos azuis de Isaac. Instantaneamente, uma onda de alívio percorreu por mim.

Ainda em silêncio, ele fez um gesto para que eu permanecesse quieta e o seguisse pelo corredor. Entramos em uma das portas e ele logo a fechou atrás de si.

Reparei que o cômodo era de tamanho incomparável ao meu. Tudo continha peças e tapeçarias caríssimas e muito bem-acabadas. Os vitrais das janelas eram bem mais limpos e bonitos que qualquer outro lugar que eu tenha adentrado no palácio.

De frente para uma lareira, uma enorme cama com um dossel estava magnificamente forrada. Sequer precisava tocá-la para saber que era macia e confortável.

Ao juntar todos aqueles elementos, concluí que estávamos nos aposentos do Príncipe Herdeiro.

Santas águas, que situação eu me meti...

— O que faz aqui a esta hora? Está louca? — a voz de Isaac chamou minha atenção. Ele parecia confuso e bem irritado.

O que raios eu diria? Que fui aos aposentos de seu irmão para aceitar seu pedido de casamento, mas ele estava com a sua noiva nos braços intimamente?

Não é uma boa ideia.

— Não. Quer dizer... — seu olhar compenetrado em minhas palavras me fez vacilar por um momento. — Eu precisava comunicar algo urgente ao príncipe Zen, mas encontrei alguns guardas no caminho e por isso me assustei.

Continuei sustentando seu olhar. Isaac parecia analisar minhas palavras e reações e eu só esperava que ele acreditasse nelas.

— Não poderia esperar até que o dia clareasse? — insistiu, desconfiado.

— Não, era urgente. Havia tratado de dizer a ele mais cedo, mas acabei dormindo ao final da tarde, acordando somente pela noite.

— O que precisava dizer a ele?

Deuses, o que eu faria? O que eu faria?

— Saphira. — sua voz soou mais inquisitiva e ele deu um passo à frente, aproximando-se.

Suspirei antes da tempestade e disse, por fim:

— Eu o diria que estava disposta a aceitar a proposta de casamento. O restante do que houve, você já sabe.

Sua postura séria e concentrada continuou a mesma, porém, suas sobrancelhas se franziram em um gesto de incredulidade. Isaac parecia se segurar.

— Eu não acredito. Diga-me um motivo. — soltou, certeiro e direto como uma lâmina.

Spéir: O Porto dos Sonhos [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora