Capítulo 27 - Casamento Real

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Tudo ao meu redor era escuro, frio e taciturno

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Tudo ao meu redor era escuro, frio e taciturno.

As únicas coisas que me faziam lembrar de que eu não estava morto eram os finos raios de luz que entravam pelas frestas da janela durante o dia; o reflexo do fogo que iluminava o cômodo durante a noite e um criado ou outro que abria a porta para deixar refeições como se eu fosse um animal.

Tentei escapar daquela jaula de toda forma. Tentei arrombar as portas das sacadas ou quebrar os vitrais, mas tudo fora devidamente fechado com tábuas de madeira e grossas correntes com cadeados robustos.

Depois de alguns dias — ou talvez semanas —, eu apenas desisti de pensar em como sair dali. Em meus pensamentos, existia somente Saphira agora.

Tudo naquele quarto me lembrava da noite em que passamos juntos: as juras de amor, as risadas espontâneas e o modo como meu corpo ainda continuava clamando por ela e somente por ela.

No entanto, minha mente repetia com mais frequência o momento em que senti mais medo na vida, que fora exatamente quando os guardas a levaram à força por uma coisa que ela certamente não fez.

Saphira jamais envenenaria alguém, mesmo que esse indivíduo fosse seu inimigo mais mortal. Seu coração era bom e muito justo, suas intenções sempre eram coletivas, não importando quem fosse, como fosse, o quanto tinha ou de onde vinha.

Lembro-me completamente de seus olhos espantados pela abordagem tão repentina. Ela estava em choque e não foi capaz de resistir nem com palavras. Senti-me impotente por não conseguir protegê-la de tantos olhares e insultos maldosos vindos dos membros da Corte.

Os Céus sabem por quanto tempo eu tenho pedido para que não deixem que nada de mau aconteça a ela onde quer que ela esteja. Não quero vê-la nunca mais da forma que vi naquela noite desastrosa. Meu coração doía somente por pensar na possibilidade.

Zen foi longe demais dessa vez e eu me certificarei de que ele pague por toda injustiça cometida a Saphira, seus amigos e todos os civis de Spéir. Se ser rei significa proteger o reino contra suas perversidades, eu abriria mão de meus sonhos para sê-lo.

Spéir: O Porto dos Sonhos [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora