CONCLUÍDA
𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | onde Carlos Devil se apaixona pela filha dos maiores inimigos de sua mãe
𝖤𝗆 𝗆𝖾𝗆𝗈𝗋𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝖢𝖺𝗆𝖾𝗋𝗈𝗇 𝖡𝗈𝗒𝖼𝖾,
𝗏𝗈𝖼𝖾 𝖾𝗌𝗍𝖺𝗋𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗌𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾 𝖾𝗆 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈𝗌
𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼𝗈𝖾𝗌
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Annie Radcliffe
— EU AINDA NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ESQUECEU DE OLHAR A QUANTIDADE DE GASOLINA — Eu disse desacreditada. Carlos e eu andávamos lado a lado, ele empurrava a moto enquanto tentávamos encontrar algum posto.
Eu não estava contando, mas minha percepção me fazia acreditar que já haviam se passado pelo menos 20 minutos desde que a gasolina acabará.
— Eu não imaginei que Ben iria emprestar a moto sem gasolina — Ele falou. Havia uma mistura de decepção e irritação em sua voz — Esse é provavelmente o pior encontro da sua vida.
— Com certeza não é o melhor — Falei com um sorriso fraco no rosto — Mas esse também é meu primeiro encontro então não tem muita coisa pra comparar — Uma risada triste escapou de seus lábios.
— Eu queria que hoje fosse perfeito sabe? — Ele explicou me olhando enquanto continuava a andar empurrando a maldita moto — Isso aqui tá muito longe de ser perfeito — Novamente uma risada triste se fez presente em meio a sua fala.
— Se você quer saber, eu não gostaria de estar em nenhum lugar que não fosse aqui com você —Vi seus olhos se arregalarem e suas bochechas corarem levemente. Carlos eram tão fofo que às vezes eu tinha vontade de apertá-lo.
Eu gostava dele, talvez pudesse até dizer que estava começando a me apaixonar por ele, porém eu nunca havia me sentido assim antes. Mamãe sempre dizia que quando ela conheceu papai sua barriga parecia estar cheia de borboletas e suas mãos suavam frio... Claro que depois de terem caído no lago por causa de Pongo ela não sabia diferenciar o que era água e o que era suor, mas isso realmente não importava.
Quando eu estou com Carlos, é assim que me sinto. Quando estou ao lado dele é como se eu estivesse flutuando e saltitando em nuvens cor-de-rosa feitas de algodão doce.
Me perguntei se Branca de Neve, Cinderela ou até mesmo Aurora haviam se sentido dessa forma quando viram seus príncipes pela primeira vez.
Talvez isso fosse amor. Não! Amor não! Era um carinho muito grande. Mas não era amor.
— Annie! — Ouvi Carlos berrar, parecia estar me chamando a muito tempo — Tem um posto de gasolina ali na frente — Ele falou.
Senti meus olhos se iluminarem por saber que já não estávamos mais no fim do mundo. Aceleramos o passo até lá e eu quase chorei de alegria quando senti o cheiro bom e enjoativo do gás entrando por minhas narinas.
