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Era tarde, eu não tinha relógio e a bateria do meu celular havia acabado depois de eu ter tirado umas 800 fotos, mas eu imaginava que fosse perto das 3h da manhã. Carlos e eu havíamos saído da coroação a cerca de meia hora atrás e agora estávamos no campus de Auradon Prep deitados na grama olhando as estrelas. Eu acariciava os cachos de seu cabelo enquanto Carlos tentava achar algumas imagens nas estrelas.
— Olha, aquela ali parece um cachorro — Ele disse apontando para um amontoado de estrelas. Dude latiu ao ouvir sua espécie ser mencionada.
— Pra mim é só um monte de estrelas — Respondi.
— Annie! Você está vendo errado. Olha só, aquelas cinco estrelas ali em cima são o rabo, viu? —Assenti — E tem aquelas ali mas pro meio que são o corpo — Ele apontava para o céu tentando me fazer enxergar o que ele via.
— Pra mim parece um rato — Falei depois de analisar bem.
— Não tem graça brincar disso com você! Você nunca vê nada — O garoto disse se levantando do meu colo e ficando sentado na grama com os braços cruzados.
— Ok... Eu vou procurar alguma coisa — Disse olhando bem pro céu — Olha ali, bem pertinho do seu cachorro — Apontei e o mesmo seguiu com o olhar — Parece uma borboleta, viu?
— Você tá inventando isso, não tem borboleta nenhuma ali — Ele revirou os olhos me fazendo rir. Eu realmente havia inventado.
— Ok, sr. Expert em constelações. Eu desisto disso, não tenho imaginação o suficiente — Cruzei os braços e fiz um biquinho fingindo estar emburrada.
Carlos riu do meu drama e me puxou de forma que eu me sentasse entre suas pernas, depois abraçou minha cintura e beijou minha nuca.
— Eu vou te ajudar, pode ser? — Assenti, sentindo todos os meus pelos se arrepiarem por sua respiração próxima de minha pele desnuda do pescoço.
— Olha ali, bem perto da lua, parece um laço, conseguiu ver?
— Acho que sim — Fechei um olho e ergui minha mão contornando as estrelas com meu dedo —Eu consegui sim! — Disse animada me virando pra ele.
— Isso me lembrou de uma coisa —Ele disse analisando cada pequena parte de meu rosto. Seus olhos negros ficavam ainda mais bonitos a luz do luar.
— O que? — Perguntei em um sussurro me controlando para não beijá-lo.
— Uma vez na ilha, quando estávamos descarregando alguns mantimentos, eu encontrei um livro dentro de uma caixa. Era um livro de lendas, na época eu achei uma bobagem porque todas as histórias falavam de amor e felizes para sempre. Mas hoje até que elas fazem sentido pra mim — Ele acariciou minha bochecha — Tinha uma lenda que falava sobre um Deus, ele tinha um nome estranho, mas ele era conhecido como o Deus do amor e do casamento —Arregalei os olhos ao ouvi-lo falar de casamento. Ele só podia estar ficando louco — Calma, não é isso que você tá pensando — O garoto explicou rindo — Esse Deus só aparecia a luz do luar, de acordo com a lenda quando uma pessoa nasce esse Deus amarra um fio vermelho invisível nos tornozelos dos homens e mulheres que estão predestinados a ser a "alma gêmea" um do outro — A cada palavra que o garoto dizia eu sentia que o amava mais e mais — Tinha um poema junto, que dizia alguma coisa tipo "Um fio invisível conecta as pessoas que estão destinadas a se conhecer. Sem importar o tempo, lugar ou circunstância, o fio pode se esticar ou embolar, mas nunca irá se partir."
— Carlos...Isso é lindo — Falei segurando em seu rosto e o puxando para que nos beijássemos.
Para mim essa era a coisa mais mágica que existia, beijar Carlos era como ter milhões de fogos de artifício estourando em meu estômago, era uma adrenalina sem fim, não existia nada pra mim que se comparasse a beijá-lo.
— Como você se lembrou de tudo isso? — Perguntei depois que nos separamos.
— Eu sou um gênio esqueceu? E tenho memória fotográfica o que significa que eu nunca esqueço nada.
— Isso é muito bom, significa que você vai lembrar de todas as nossas datas comemorativas e a gente não vai precisar brigar por isso — Disse de brincadeira.
— Datas comemorativas? — Ele perguntou sem entender.
— É, você sabe. Dia em que nos conhecemos, primeiro encontro, quando começamos a namorar, primeiro beijo... Essas coisas, mas não vai ser difícil pra você. Você é um gênio, esqueceu? — Perguntei da mesma forma que ele dando um sorrisinho maligno.
— Droga! Porque eu fui abrir minha boca — Ele disse coçando a nuca e voltando a olhar pro céu. Apertei sua bochecha antes de me levantar e estender a mão para o mesmo.
Assim que estávamos de pé, peguei Dude no colo, o mesmo já havia voltado a dormir. Era o cachorro mais folgado que eu conhecia, e eu tinha mais de 101 dálmatas em casa.
— Vamos, eu estou morrendo de frio e a gente ainda tem aula amanhã. A fada Madrinha não dá um dia de descanso — Revirei os olhos.
O garoto tirou o blazer que ele usava e colocou por cima de meus ombros desnudos. Depois disso segurou minha mão e me puxou para mais perto dele.
Naquele momento e daqui pra frente nada poderia dar errado.
Ou era o que eu imaginava...
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Então gente... É isso, chegamos ao final da primeira parte da fanfic. Eu gostaria de agradecer a todos que acompanharam, votaram e comentaram na história, se chegamos até aqui foi por conta do apoio de vocês.
Então, o que vocês esperam para a segunda parte?? Logo mais sairá um capítulo explicando como ela vai acontecer e eu espero que vcs também a acompanhem pois iram haver vários novos acontecimentos no romance de Carlos e Annie. Enfim, a principio é isso, mais uma vez obrigada a todos os leitores. Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar e votar e até o próximo capítulo.
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𝗦𝗧𝗥𝗔𝗡𝗚𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘 ᶜᵃʳˡᵒˢ ᵈᵉᵛᶦˡ
FanficCONCLUÍDA 𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲 | onde Carlos Devil se apaixona pela filha dos maiores inimigos de sua mãe 𝖤𝗆 𝗆𝖾𝗆𝗈𝗋𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝖢𝖺𝗆𝖾𝗋𝗈𝗇 𝖡𝗈𝗒𝖼𝖾, 𝗏𝗈𝖼𝖾 𝖾𝗌𝗍𝖺𝗋𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗌𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾 𝖾𝗆 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈𝗌 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼𝗈𝖾𝗌 ...