A LONG WAY

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- Há um tempo em nossas vidas para retornar, sacrificar.. a grama selvagem cresceu muito nos caminhos entre nossas vidas. 

Faço uma pausa e de joelhos eu olho pra cima, há uma luz nas árvores. Está mais perto agora, estou de joelhos! 

- Oh pai, perdoa-me por favor!

Imploro sentindo meu peito se contrair. Eu oro pra que Ele traga Amra pra mim. Pra que Ele tenha misericórdia de minha pobre alma corrompida e escute meu último pedido.

- Eu percorri um longo, longo caminho de volta pra casa para salvá-la! 

As mãos do Pai trabalham na terra, revolve o solo, arruma-o de novo e sussurra pra mim. "Viva além do passado e da morte!". Essas palavras foram passadas pra mim de geração em geração como uma canção abençoada. E é assim que eu tenho feito desde o dia em que me tornei o que sou hoje. Mas Amra, ela despertou o humano em mim que há muito eu havia perdido dentro da besta que corrompeu meu corpo e espírito. Ela conseguiu fazer eu sentir coisas, sentimentos como amor, medo, tristeza, saudades e sei que ainda tem muito mais a ser despertado através dela. 

- Jon, ela acordou! 

Abro meus olhos e me levanto, viro com o coração pulando em meu peito e encaro o Doc

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Abro meus olhos e me levanto, viro com o coração pulando em meu peito e encaro o Doc. Ele sorri pra mim e acena para acompanha-lo. Andamos juntos rapidamente pela estrada de flores silvestres até o acampamento, passo pelas pessoas absortas em suas tarefas, as pressas eu subo a colina até minha casa. Subo a escada de madeira e abro a porta, ando a passadas firmes dentro do lugar, passo pela sala e subo mais um lance de escada, bato na porta e entro. 

Nora me encara séria e se afasta da cama, ando até Amra e a encaro com medo. Ela fixa seus olhos nos meus e tenta sorrir um pouco, suspiro aliviado e me sento ao seu lado. Pego sua mão e beijo a palma muitas vezes agradecendo ao Pai por ele atender meu pedido.

- Jon..

Ela sussurra e eu ergo minha cabeça, a encaro com um sorriso nos lábios. Ela acaricia meu rosto com seus dedos gélidos e eu pergunto. 

- Como você se sente meu amor?

Ela geme e diz com a voz ainda muito baixa.

- Estranha. Meu corpo todo dói! 

Travo a mandíbula e olho pra trás procurando o olhar do Doc. Ele me encara com um semblante preocupado, suas sobrancelhas unidas a cima de seus óculos de tartaruga formam um grande vinco em sua testa. Isso não é um bom sinal! 

- Como você me salvou?

Me viro pra ela novamente, acaricio seu rosto lindo e digo. 

- Eu pressenti que você precisava de mim, foi como se eu ouvisse você chamando por mim. Por ajuda.. eu segui o seu cheiro e cheguei até a praia. Por pouco não foi tarde demais! 

Intocável CHAPTER IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora