CAPÍTULO 17

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— VOCÊ ESTÁ OLHANDO! — diz perplexa, terminando de vestir a calça preta de couro.

— Estou mesmo — digo dando um sorriso malicioso — já falei que você é linda?

    Ela me fita.

— Landon, eu vou te bater. Sério.

— Mas você já se vestiu, bobinha — caminho até ela a abraçando.

   Porém ela me empurra.

— Você é teimoso — fala como se estivesse lidando com uma criança, enquanto segura o riso.

— É verdade. Mas eu não consigo tirar os meus olhos de você — me defendo e ela acaba por rir.

— Tão idiota.

— Foi nisso que você me tornou — digo por trás dela, perto do ouvido — em um idiota perdidamente apaixonado.

   Beijo a pele do seu pescoço e ela suspira, inclinando-o para mim.

— Você sabe me desarmar muito fácil. Me deixa bolada.

    Eu rio.

— Está se libertando nas gírias? Senhorita Bridget da Inglaterra.

— Não ouse caçoar das minhas origens — se vira para mim, apontando o dedo.

    Eu rio de novo, e a selo, apertando sua cintura.

— Você é magrinha... tem um corpo espetacular — eu a olho — não entendo o por que dissera que sua mãe lhe chamava de gorda.

    Ela suspira.

— Acredite, nem sempre eu fui assim. E desculpe, mas eu... eu não quero falar sobre isso agora, okay? — há tristeza no seu tom de voz.

    Mesmo assim eu confirmo, e não toco mais no assunto.

— Tem uma coisa que eu preciso lhe contar antes de nós irmos — comprimo os lábios.

— O que é?

    Passo a mão sobre os cabelos, nervoso.

— Eu vou correr.

    Ela me olha por um momento.

— Por quê?

— Eu sinto falta. Talvez seja a última vez que eu faça isso.

— Realmente pode ser a última vez — ela se vira de costas para mim, escovando o cabelo.

    Mas eu sei que está chateada. Ela não quer que eu faça.

— Se não quiser que eu faça, então é só dizer. E eu não faço, Amélia.

    Ela volta a me encarar.

— Tenho medo que aconteça com você. Tenho medo de perdê-lo.

    Mordo o lábio, puxando-a para mim.

— Você não vai. Eu nunca vou deixar você, nunca mesmo.

    Seus lábios se comprimem em um sorriso pequeno, e ela apenas assente com a cabeça.

— Vamos agora? — eu pergunto.

— Sim. — responde, e eu pego chaves e a minha mochila antes de descermos.

    Vamos juntos até a garagem, e eu destravo o carro abrindo a porta para ela.

— Uau — murmura com admiração — esse carro é seu?

— Foi um prêmio — observo-a entrar colocando o cinto.

    Faço o mesmo. Colocando a mochila no banco de trás.

Sobre Você E Seu JeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora