Reconciliação

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No trajeto para casa de Michael fico pensando em tudo o que aconteceu entre nós. Seria possível o maior cafajeste se apaixonar em tao pouco tempo? Como assim ele esta se entregando à bebida para me esquecer? Como que depois de ficarmos juntos ele não ficou com mais ninguém? E essa história de relacionamento aberto?

São tantas perguntas em minha mente que não sei o que pensar. Enfim chego ao destino dado pela Priscila e realmente é a casa de Michael. Bato a porta e sou recebida por uma mulher, aparentemente parece ser a governanta da casa.

- Olá! Me chamo Nicolly, poderia falar com o senhor Michael? - Vejo um misto de surpresa e alivio passar pelos olhos da mulher.

- Perdoe me a pergunta, mas a senhora é a Nick?

- Sim. Sou eu. - Dou de ombros com um sorriso amarelo sem graça nos labios.

- Graças ao meu bom Pai. Senhora pelo amor que você tenha a Deus vá a biblioteca e fale com o Michael. Eu trabalho aqui há anos e posso afirmar que ele não trás mulher nenhuma aqui. Você é a primeira, se bem que aquele dia apareceu a tal Priscila mas garanto a você que ela nunca veio aqui antes. Depois que você foi embora conversei com Michael e ele me explicou tudo. Tenho o Michael como um filho e não suporto ver ele assim. Ele pode ser um pegador, é assim que vocês jovens falam não é? - Concordo com a cabeça e ela continua. - Mas te dou minha palavra que ele só é um garoto rebelde que esta louco para encontrar um amor. Na verdade estava, pois ele já encontrou você.

- Bom... Não sei nem o que pensar. Vou falar com ele, com licença.

Bato a porta da biblioteca e não ouço resposta então eu simplesmente entro e dou de cara com um Michael barbudo e largado numa poltrona.

- Já falei que não quero ser incomodado, Luiza! - Ele nem se vira para ver quem entrou. Sinto um forte cheiro de álcool no comado.

- Sou eu a Nick. - Ele levanta meio cambaleando e vem ate minha direção, mas acaba tropeçando e caindo. - Céus! Michael o que você pensa que esta fazendo? Você quer morrer de tanto beber?

- Se beber é o jeito que te trás ate mim... Luiza! Quero mais uma garrafa.

- Nada de álcool pra você! Você vai subir tomar um banho e dormir um pouco e acho pouco a ressaca que vai te tomar assim que você acordar.

- Só tomo se você for comigo! - Ele mal consegue ficar de pé. Meu Deus quantas garrafas ele secou?

- Muito engraçado da sua parte. Agora vamos...

- Eu to sonhando. Vamos dançar. Já te falei que você parece uma boneca? - Aquelas palavras me deixaram sem ar. Boneca? Como assim ele me chama exatamente como ele me chamava no meu sonho? Ele tenta pegar uma garrafa próxima a ele mas o impeço. Vou ter que usar outro método.

- Meu amor vamos subir la pra cima e tomar um banho juntos? Prometo ser bem boazinha com você. - Consigo prender sua atenção, uma mulher sabe como conquistar um homem mesmo ele estando podre de bêbado.

Luiza me ajuda a subir com ele e mesmo com toda relutância conseguimos por ele embaixo do chuveiro com roupa e tudo. Ele acaba tirando as peças e o impeço de tirar a cueca na frente da sua vermelha, quase roxa, governanta. Peço para ela ir buscar um café sem açúcar para ele que contra sua vontade bebe tudo.

Michael acaba apagando ali mesmo em seu quarto. Decido por esperar ele acordar pois sei que ele ira beber novamente.

- Onde estou? Puta merda que dor do caramba! - Ele finalmente percebe minha presença no quarto.

- Beba esse comprimido que esta no seu criado mudo, sei que sua cabeça deve estar latejando e acho pouco.

- Obrigada. Eu acho que exagerei na dose...

- Exagerou? O que você pretendia? Se matar? Você esta louco ou o que?

- Estou louco por você. - Ele se levanta e vem ao meu encontro. - Puta merda minha cabeça vai explodir, Nick eu sei que não sou o homem perfeito mas você virou meu mundo de pernas para o ar. Eu no começo queria apenas uma transa sim, mas esse seu jeito de menina e sua determinação de mulher fez minha mente pirar. Ai vejo você com outros dois caras me fez subir pelas paredes. Eu não imagino outro homem te tocando. Eu quero ser o único a fazer isso...

- Michael...

- Nao, não diga nada. Só por favor seja minha. Não precisa transar comigo eu só preciso do seu abraço, sentir seu cheiro. - Ele me abraça e cheira profundamente meu pescoço. - Você parece ser um cristal, uma boneca de porcelana. Tenho medo de tocar em você e você quebrar. Desde o primeiro dia que te vi eu pensei em você assim. Uma boneca de porcelana que todos admiram mas só um tem o privilégio de tocar e ter pra si.

Aquele discurso acaba comigo. Nunca fui comparada a nada apenas fui objeto de uso na vida de outro. Por fim nos beijamos e não fazemos nada. Apenas dormimos juntos e abraçados e posso dizer que isso foi melhor do que qualquer sexo já feito em toda a minha vida.

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