amores e vícios

Capítulo quatro

GUSTAVO

Depois do pega que dei com a Babi dentro do carro eu entrei e fui logo pro banho para ficar mais relaxado. Coloquei só um calção e me joguei na cama.

A Bárbara é minha melhor amiga já faz uns 10 anos e desde que a gente ficou a primeira vez nossa amizade nunca mudou. Tudo começou com uma uma brincadeira, eu provocava a Babi dizendo que ela não sabia beijar e ela falava que sabia, sendo que ela nem na boca nunca tinha beijado, mas ela cismava em falar que sabia e que ela tinha aprendido vendo nos filmes. Um dia enquanto a gente assistia "10 coisas que eu odeio em você", por escolha dela, eu acabei provocando falando que não dava para aprender nada só olhando filme e ela pra mostrar que dava sim e me beijou. Babi no auge dos 13 anos super atrevida me beijou para mostrar que sabia sim. Óbvio que ela não sabia, mas depois do primeiro, o segundo já foi melhor e naquele dia acabamos esquecendo de ver o filme e ficamos só nos beijos.

Eu ria só de lembrar da cara dela quando minha mãe chegou do trabalho, ela achava que só de ver nossa cara ela ia descobrir, mas até hoje ninguém sabe de nada. Só eu e ela.

Tava deitado distraído, pensado, quando escuto batidinhas na porta do meu quarto.

- Entra! - gritei.

- Chegasse faz tempo? - perguntou minha mãe entrando no quarto.

- Mais ou menos.

- Vai sair de novo? - ela perguntou de novo e dobrou umas camisetas que estavam espalhadas na escrivaninha.

- Acho que sim, mas se eu for vou de Uber - olhei pro celular que tinha chegado uma notificação do snap - A Ba fica lavando quando bebo e dirijo.

- Tá certa ela, horas! Onde já se viu beber e dirigir - dona Ana começou com seu sermão sobre bebidas e logo parou quando viu que eu não tava prestando muito atenção - Não sei porque tu e a Bárbara não namoram, já vivem juntos.

Ela soltou e eu quase engasguei.

- Bárbara é minha melhor amiga, nem rola - falei e dei um risinho sacana esperando que ela não entendesse.

- Tá bem então seu Gustavo - ela me deu um beijo na testa e antes de sair do quarto falou - te amo, vou sair com a Madá, pega a tua chave - fechou a porta e saiu quando eu respondi que também a amava e concordava sobre a chave.

Eu não sou filho único, tenho uma irmã mais nova que se chama Maria Madalena, ela não gosta muito do nome e por isso optamos por chamá-la de Madá, ela tem 12 anos e eu faço tudo por ela. Se algum pirralho algum dia meter a mão nem sei o que sou capaz de fazer.

Fiquei fazendo onda até das 20:30 e fui tomar um banho e trocar de roupa, coloquei uma bermuda jeans preta, uma camiseta branca e um vans. Passei perfume e arrumei meu cabelo que era comprido e coloquei um boné para trás, peguei uma camisa xadrez e sai do quarto atando ela na cintura.

Mandei uma mensagem pra Babi avisando que tava pronto e ela me mandou subir porque ia demorar mais um pouco e como estávamos com tempo eu fui la.

Ela tava sozinha em casa então quando entrei fui direto para seu quarto, que tava tocando uma música muito alta.

- Quer ficar surda o caralho - fui logo baixando o som que tocava "4 da manhã - UM44K".